Sony Ericsson W705 é movido a chacoalhada


Opa, olha aí um aparelho do tipo slider que navega por Wi-Fi e 3G, se vira bem no lugar da câmera digital, é fera como tocador de MP3 e tem acelerômetro para trocar de faixa com um movimento de mão. Seria o W705 um N95 que chacoalha? Mais ou menos. O brinquedo da Sony Ericsson até lembra o campeão da Nokia pelo visual (ganha dele em elegância e finura, inclusive), porém está no limiar entre celular e smartphone. Vem cheio de recursos para cair na internet, mas possui a interface igual à de qualquer Walkman. E por não ser tão smart assim, custa 1 099 reais, pouco mais da metade do valor cobrado por um N85.

Fininho e com boa empunhadura, o W705 é daqueles que você quase não sente quando está no bolso. Ele tem botões dedicados para foto e para o player multimídia, mas nada além do esperado para a categoria. Os controles são legais, com um botão do tipo roda para trocar faixas e navegar pelas opções. Pena que ele não funcione como o círculo do iPod, com comandos sensíveis ao toque. Mas a maior reclamação vai para o teclado, muito apertado e com botões quase planos, dificultando a digitação de texto somente pelo tato.

O chacoalhômetro trabalha assim: basta manter pressionado o botão da parte superior e mexer o aparelho para qualquer lado. Quando você faz um movimento para a frente, ele avança uma faixa. Para trás, retrocede. Para cima ou para baixo, ele aumenta ou diminui o volume. Na teoria, é a coisa mais linda. Mas, na prática, o negócio não funciona muito bem. Você precisa balançar o celular com muita vontade para executar qualquer ação – logo, se não quiser parecer um sujeito maluco, não tente fazer isso num ambiente de convívio social.
Música no sangue


Como o W705 não possui um teclado QWERTY físico ou virtual, ele não é aquela maravilha para mandar e-mails ou navegar pela internet. Mas o aparelho usa muito bem as conexões para se integrar de forma inteligente com a web. A conexão Wi-Fi torna-se útil para baixar músicas, podcasts e vídeos, além de assistir clipes do YouTube diretamente por um aplicativo pré-instalado no celular. Todo o conteúdo multimídia pode ser armazenado no cartão de memória M2, com 4 GB de espaço para você entupir.

A grande mancada desse telefone é não usar fones de ouvido no padrão P2. O encaixe para eles é proprietário. Para amenizar a bobagem, a Sony Ericsson manda junto um adaptador, que te deixa usar aquele fone legalzão. Porém, se a ideia for apenas curtir um som dentro do ônibus ou andando por aí, o modelo que acompanha o celular está de ótimo tamanho. Numa primeira olhada, você não dá nada por esse fone intra-auricular minúsculo. Mas, por ser tão pequeno e discreto, o nível de graves que ele produz é bem satisfatório.

Quando os fones não estiverem por perto, o som do celular quebra um galhão, embora sua qualidade não se compare com a do N95. Faltam graves mais convincentes e mais definição nos volumes altos. Nessa situação, o W705 também distorce mais que o normal. Dois aplicativos melhoram bastante a sua curtição musical: o SensMe te ajuda a escolher músicas tristes, alegres, lentas ou rápidas, enquanto o TrackID é uma bobeirinha interessante para descobrir qual música está tocando no ambiente. É uma boa para quem curte rádio FM, mas não gosta de ficar esperando até o locutor dizer qual faixa está rolando.
O que mais é legal


Se não dá para considerar o W705 um smartphone, pelo menos a navegação na internet usando o aparelho é melhor que o esperado para um celular comum. O navegador ajusta as páginas à tela de 2,4 polegadas, evitando a rolagem horizontal, mas não é aquela beleza para fuçar em sites com três colunas, por exemplo. Nas páginas mais simples, ou nas preparadas para um display pequeno, como as do Google, você consegue se virar muito bem com o botão redondo, que comanda o cursor.

Tudo seria melhor se o teclado tivesse botões um pouco maiores e com relevo fácil de identificar apenas pelo tato. Neste modelo, você precisa ficar olhando para as teclas na hora de enviar um torpedo. O jeitinho da Sony Ericsson foi colocar no aparelho aquela sugestão de palavras, que enche o saco no começo, mas depois torna sua digitação mais ágil. Ao menos as letras tecladas aparecem grandes na tela, numa interface que seria bem legal, caso o aparelho fosse sensível ao toque.

Um último recurso que vale a pena citar é a câmera de 3,2 megapixels. As fotos produzidas por ela não são muito melhores que a média. Porém, o celular vem cheio de recursos para dar um trato especial, como ajuste automático de brilho e iluminação. É possível, ainda, fazer imagens seqüenciais, com até quatro cliques de uma vez, ou montar panorâmicas, colando três fotos uma ao lado da outra para montar a figura completa de um ambiente.

W705
Sony Ericsson Prós: Tem Wi-Fi, 3G, player legal e fone de boa qualidade. O design é fininho e elegante
Contras: Conector proprietário para fone de ouvido e carregador. Teclado pequeno demais
Conclusão: Celular musical avançado, com ótima integração com a internet
Avaliação técnica: 7,9
Preço: 1 099 reais
Ficha técnica
GSM/HSUPA > Wi-Fi > 4 GB (cartão M2) > Tela de 2,4” > Câmera de 3,2 MP > Bluetooth > 5,4 x 11,1 x 1,2 cm > 93,7 g > Duração da bateria: 395 minutos

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