Porque os "iPhone killers" não assustam a Apple

Fabricantes como Palm, Samsung e RIM já tentaram lançar aparelhos que brigassem

de verdade com o popular smartphone, mas ainda não conseguiram desbancar o equipamento



Todos os meses surgem especulações da chegada de um novo "iPhone killer", celular que promete desbancar o aparelho da Apple do título de objeto de desejo dos amantes de tecnologia. Acontece que as novidades não chegam nem aos pés do número de vendas do celular da Apple.

Com relação ao recém-chegado Palm Pre, um dos novos rivais, analistas estimaram a venda de 50 a 100 mil unidades, na semana de lançamento. Já a primeira versão do iPhone, em 2007, vendeu 146 mil unidades em pouco mais de dois dias. Muito? O iPhone 3GS bateu o recorde de vendas, com mais 1 milhão de unidades comercializadas nos dois primeiros dias após seu lançamento.

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Palm Pre: vendas do novo "iPhone killer" não se comparam às do celular da Apple

A Palm não deve ficar chateada com esse fenômeno, já que outros fabricantes, como a RIM, com BlackBerry Storm; Samsung, com o Instinct; e a HTC, com o G1, tentaram o mesmo e não conseguiram "matar" o iPhone. A pergunta que fica para esses fabricantes agora é: o que é preciso fazer para derrubar o iPhone?

Assim que o iPhone foi lançado, há dois anos, ele era visto como um aparelho revolucionário, principalmente na execução de jogos e na troca de informações. Na época, a empresa já fazia sucesso com a venda de iPods e era de se esperar o lançamento de um celular. Segundo a analista Carolina Milanesi, da consultoria Gartner, “o mercado oferece aparelhos com funções capazes de superar o iPhone, mas, não há nada que integre todos os recursos oferecidos pelo iPhone e se compare a ele em matéria de experiência de uso”.

Um passo importante que a Apple deu contra seus concorrentes foi graças à loja de aplicativos App Store, permitindo que desenvolvedores criassem e vendessem seus próprios aplicativos. Desde o lançamento oficial da App Store no ano passado, foram vendidos mais de 1 bilhão de aplicativos, com mais de 50 mil programas diferentes. Ao contrário da Apple, a Palm decidiu esperar mais para liberar seu software de desenvolvimento de aplicativos, o kit webOS, que ficou para setembro.

“Essa atitude da Apple impulsionou a venda do iPhone. Em dois anos a empresa disponibilizou 50 mil aplicativos e em nove meses consegue vender mais de 1 bilhão deles”, destaca o analista Ted Schadler, da Forrester Research. “Não há somente aplicativos para consumidores comuns, mas também softwares corporativos como o Cisco WebEx, Salesforce e Oracle”, ressalta.

A única empresa que ficou próxima da Apple nesse ponto foi o Google. Meses antes do kit de desenvolvimento para o iPhone, o Google já havia liberado o Android Software Development Kit. Mas há uma questão quanto ao Android: como ele é apenas um sistema operacional, não estando atrelado a um aparelho, como acontece com o iPhone, não consegui atingir uma grande disseminação.

De acordo com Carolina, do Gartner, o ponto forte do Google é fornecer um software capaz de integrar todos os recursos para quem usa seu sistema. “Não havia interesse por parte do Google para produzir um celular. E, mesmo que houvesse, ele não possui o mesmo carisma que a marca Apple”, afirma a analista.

Gaming phone
Quanto às maneiras de superar o iPhone, ao invés de tentar imitá-lo, talvez seja melhor a criação de um “gaming phone”, algo que mude o modo como as pessoas jogam nos celulares. Existem rumores de que a Sony está preparando um aparelho desse tipo. A especulação é sobre um Sony PlayStation Portable que oferece uma experiência bastante superior em relação aos jogos do iPhone. Resta saber se um celular/videogame será capaz de incomodar a Apple. A Nokia já tentou fazer um dispositivo nesse estilo com o N-Gage e não teve bons resultados...

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