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O smartphone está preparado para substituir o cartão de crédito?

Especialistas dizem o que precisa ser feito antes de tornar os celulares meios de pagamento de uso em larga escala.

Agora que as operadoras americanas AT&T e a Verizon decidiram capacitar seus smartphones para serem usados como cartões de crédito, você deve estar se perguntando: "Isso é realmente uma boa ideia?"

De fato, não é difícil imaginar um pessoa com más intenções tomando posse de seu aparelho esquecido em um restaurante e indo às compras com ele. Como, exatamente, as operadoras e fabricantes de celulares planejam tornar a operação segura o bastante para ser utilizada no mercado de massa em transações financeiras cada vez mais frequentes?

A resposta é que os consumidores terão de adotar práticas e passar a usar aplicativos tradicionalmente presentes no meio corporativo. Por mais que as transações com cartões de crédito sejam criptografadas antes de serem enviadas às redes, isso não impedirá que alguém roube seu aparelho e o use como bem entender, nem que algum arquivo malicioso invada o dispositivo a fim de obter os dados de sua conta. Em outras palavras, o smartphone terá de ser tão seguro quanto o software usado pelas companhias de cartões.

"A segurança de uma transação será tão boa quanto a segurança do dispositivo", afirmou Dan Hoffman, CTO da Smobile, empresa especializada na proteção de dispositivos móveis. "Deve-se olhar para os smartphones da mesma maneira que para os computadores", defende.

A princípio, os usuários que forem utilizar seus aparelhos como cartão de crédito deverão instalar um aplicativo que permitirá apagar todos os dados neles, mesmo remotamente. Esse tipo de recurso é muito popular na linha BlackBerry, mas tem ganho destaque em iPhones e Androids há pouco tempo. Além do aplicativo, os clientes precisarão se inscrever em algum serviço de backup para celulares, de modo que possam recuperar as informações deixadas no smartphone perdido, transferindo-as para o novo.

Ainda assim, acesso remoto e serviço de backup são apenas o começo da história. Em uma época em que os usuários podem baixar para seus celulares programas com arquivos maliciosos, um cuidado muito maior será necessário para que vírus e malwares sejam evitados.

"Com a proliferação dos aplicativos, é difícil decidir quais são seguros", admite George Kurtz, CTO da McAfee. "Entre muitas outras coisas, estamos especialmente preocupados com os programas maliciosos que, ao serem baixados para o smartphone, infectam o dispositivo e podem roubar informações financeiras e usar tais credenciais para cometer fraudes".

Precaução
Como prevenção, os usuários terão não só de tomar cuidado com os arquivos que baixam, mas também deverão instalar programas que protejam o software de ataques, como antivírus e firewall. Khoi Nguyen, da equipe de segurança móvel da Symantec, por sua vez, diz que a as companhias que coordenam as lojas de aplicativos também devem se responsabilizar pelo o que oferecem, garantindo que não haja códigos maliciosos nos programas disponíveis. 

O especialista, por exemplo, afirma que admira a política de uso da Android Market, mas pensa que a Google terá que rever suas práticas a partir do momentos que mais pessoas passem a utilizar os celulares como meio de pagamento.

"Eu acho problemático para o Google manter essa conduta, já que nesse sistema qualquer um pode colocar um aplicativo no Android Market e, só depois, as pessoas que o baixarem descobrirão que ele, na verdade, é um software que prejudica o usuário. A questão é que, ao mesmo tempo, a empresa tenta manter tudo aberto para que a inovação não cesse. Deve-se encontrar um equilíbrio", conclui.

Kurtz acredita que, se operadoras, fabricantes e usuários tomarem as devidas precauções – de acesso remoto aos dados, passando por senhas bem construídas e finalizando com um bom antivírus instalado – não há o que temer: os smartphones podem ser usados por muitos como cartão de crédito e serem seguros. No fim das contas, os celulares já são utilizados para transações financeiras na Europa e na Ásia, cita o CTO da McAfee.

Operadoras WiMAX querem expandir serviços, mas faltam aparelhos

Baixo número de smartphones com capacidade WiMAX é o principal responsável pela demora na massificação do serviço, diz estudo.

A maioria das operadoras de WiMAX (4G) planeja oferecer seus serviços móveis até 2012. No entanto, a falta de smartphones que suportam essa tecnologia wireless tornará o processo um desafio, diz estudo divulgado pela consultoria Infonetics Research.

De acordo com o estudo, dois terços das 25 prestadoras de serviço entrevistadas planejam usar o WiMAX para banda larga móvel até 2012. Além disso, 90% também esperam oferecer serviço de Voip (Voz sobre IP).

Mas antes que este serviço avançe é importante que existam mais smartphones no mercado. Hoje, a falta de produtos 4G habilitados é a maior preocupação destas companhias, indicou a pesquisa.

Entretanto o incentivo para as corporações deve crescer assim que o número de potenciais usuários aumentar também.

O lançamento do Evo HTC 4G, pela empresa de telefonia Sprint, mostra que há uma demanda reprimida por smartphones WiMAX. O aparelho foi o terceiro mais popular entre os telefones baseados em Android nos Estados Estados, durante o segundo trimestre. O produto esteve atrás apenas do Droid da Motorola e do HTC Droid Incredible, disse a empresa de pesquisa de mercado NPD Group. 

Mas, de acordo com a pesquisa, a falta de smartphones é a maior, mas não o único desafio. E para isso, as operadoras estão se esforçando para encontrar uma maneira de lançar e distribuir canais e oferecer serviços de baixo custo para países em desenvolvimento. 

"A indústria de WiMAX está lutando contra o tempo para enfrentar esses desafios", comentou Richard Webb, analista da Infonetics.



Líbano também decide investigar BlackBerry por questões de segurança

Presidente da agência que regula telecomunicações no país diz que sistemas encriptados como estão sendo usados para espionagem.

A reguladora de Telecom do Líbano anunciou nesta sexta-feira (6/8) que iniciará negociações com a Research In Motion (RIM) para fornecer às agências de segurança do país acesso à tecnologia de e-mails do BlackBerry.

"A atitude segue a avaliação de segurança das redes de telecomunicações nacionais", disse Imad Hoballah, presidente em exercício da Lebanon Telecommunications Regulatory Authority (TRA).

"Colocamos sob investigação os serviços encriptados da instituição canadense, e estamos procurando maneiras para as agências de segurança do país acessarem os dados quando necessário", declarou Hoballah.

De acordo com ele, as negociações com a RIM devem começar na próxima semana e uma opção seria pedir à fabricante para ter um servidor próprio no país.

"O Líbano pode também contatar outros países que têm problemas semelhantes para encontrar outras soluções possíveis em nível regional. Futuramente será pedido a outras empresas para adotarem essas medidas também", comentou Hoballah.

O Líbano aderiu a uma onda crescente de nações que estão exigindo acesso maior aos serviços do BlackBerry. 

A suspensão dos serviços do aparelho na Arábia Saudita está prevista para começar hoje, enquanto nos Emirados Árabes Unidos o mesmo deve acontecer no próximo dia 11 de outubro.

A Índia também faz a mesma exigência para a corporação, pois teme que os terroristas estejam usando a rede para planejar suas atividades. Na Indonésia, também foi pedido a criação de um servidor locado no país. 

No ano passado, o Líbano prendeu um grande número de pessoas no país sob a acusação de espionagem para Israel. "Nós tivemos uma grande infiltração em nossas redes de comunicação, que se tornou evidente a partir da prisão de espiões", finalizou Hoballah.

Nas últimas semanas, o Líbano prendeu também três pessoas, incluindo funcionários de uma operadora de telecomunicação, sob a acusação de espionagem, de acordo com relatórios.


(John Ribeiro)

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