Empresa brasileira implementa sistema de pagamento pelo celular na Nigéria

A solução, usada por 4 milhões de pessoas, permite fazer depósitos, transferências, pagar contas e até sacar dinheiro pelo dispositivo mó
 
Tatiana Americano

Desde de dezembro do ano passado, a fornecedora brasileira Freeddom – criadora do sistema de pagamento móvel da operadora Oi (Oi Paggo) – iniciou um projeto-piloto na Nigéria, país mais populoso da África, para permitir transações financeiras pelo celular. A ideia nasceu da necessidade de reduzir o volume de dinheiro em espécie movimentado no país, onde só 10% da população utiliza o sistema bancário.

"É um país de 150 milhões de habitantes, onde ninguém usa cartão, só dinheiro", relata o presidente da Freeddom, Cicero Torteli. Por outro lado, estima-se que existam cerca de 80 milhões de usuários de telefonia móvel na Nigéria, o que levou o Banco Central daquele país a optar pela implementação do conceito de mobile payment (pagamento por dispositivos móveis04), como uma alternativa ao uso de dinheiro em espécie.

A Freeddom, em parceria com o UBA (United Banking of Africa) – maior banco africano –, participou da concorrência para ser uma das prestadoras do serviço de mobile payment na Nigéria. Após cinco meses da implementação de um projeto-piloto, em abril deste ano, a empresa brasileira recebeu a licença definitiva, juntamente com outras três empresas, para oferecer os serviços de pagamento móvel.

Torteli explica que o U-mo, como foi batizado o serviço fornecido pela Freeddom na Nigéria, se diferencia das plataformas tradicionais por permitir tanto operações de crédito como de débito. "Nós criamos uma espécie de dinheiro virtual", conta o executivo.
 
Na prática, o U-mo funciona como uma conta virtual, na qual, pelo celular, os usuários conseguem efetuar depósitos, realizar transferências – mesmo para pessoas que não sejam clientes do banco UBA e do U-mo –, pagar contas, fazer recarga e sacar dinheiro em caixas eletrônicos. Sempre que realiza uma transação, o cliente precisa autorizá-la por uma mensagem curta de texto, na qual informa sua senha pessoal, que está atrelada ao número do telefone. 

O principal executivo da Freeddom conta que os resultados do serviço têm sido surpreendentes. Segundo ele, em apenas alguns meses, o U-mo já conta com uma base de aproximadamente 4 milhões de clientes. Além disso, há uma expectativa de que o banco UBA expanda esse serviço para outros 18 países africanos em que atua.



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