Redes LTE serão mais inteligentes para reduzir investimentos, prevê Nokia Siemens

As redes de quarta geração (4G) que serão instaladas no Brasil a tempo de entrar em serviço na Copa das Confederações em 2013 não permitirão apenas maior velocidade no tráfego de dados, mas serão também mais inteligentes no uso de espectro e de potência. Segundo Sandro Tavares, executivo chefe da área de inteligência de negócios da Nokia Siemens Networks, dificilmente as operadoras brasileiras construirão redes no padrão LTE (Long Term Evolution) sem adotar um conceito chamado SON (Self-Organizing Networks). O SON consiste em dar inteligência à rede de acesso celular, permitindo que as antenas ajustem automaticamente suas potências e feixes de sinal de acordo com a demanda. "Otimizando recursos de rede é possível diminuir os investimentos", explica Tavares. A novidade é particularmente importante em redes 4G, dado que elas utilizarão no Brasil uma faixa de espectro mais alta, em 2,5 GHz, o que demanda mais antenas para cobrir uma mesma área.

No caso da Nokia Siemens, a funcionalidade de SON faz parte de um novo conceito de arquitetura de rede, batizada pela empresa como "liquid network". Nela, a capacidade de processamento de um grupo de antenas é concentrada em um único local, comunicando-se com as ERBs através de fibras ópticas e controlando à distância a potência de cada uma, de acordo com o trânsito de assinantes. A Nokia Siemens recomenda também o uso de redes heterogêneas, isto é, a combinação de pico e microcélulas, inclusive de Wi-Fi, com macrocélulas LTE. Completa a proposta uma tecnologia de "antenas ativas", que conseguem criar feixes direcionais de cobertura controlados eletronicamente.

Redes inteligentes terão também a capacidade de se autoconsertar. Se por acaso uma antena sair do ar, as demais à sua volta elevam automaticamente as suas potências para cobrir a área, prevenindo o surgimento de uma região de sombra, relata Tavares.

Brasil

A maioria dos testes de campo com LTE no Brasil já foi concluída. As operadoras neste momento estão solicitando informações extras para os fabricantes, as chamadas RFIs, que devem ajudá-las a planejar suas propostas para o leilão das frequências em 2,5 GHz, que acontecerá em junho. Só depois de compradas as licenças serão feitas RFPs (requests for proposals) para a contratação dos equipamentos. Os cinco principais fabricantes que disputam o mercado de 4G no País são: Alcatel-Lucent, Ericsson, Huawei, Nokia Siemens e ZTE.



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