São Paulo ganha clube de proteção de celulares

Quem já teve o celular quebrado sabe a dor de cabeça que é enfrentar longos processos de conserto junto a fabricantes e assistências técnicas. Dependendo da demora e do custo, muita gente prefere comprar um aparelho novo. Um empreendedor norte-americano radicado no Brasil enxergou nesse cenário uma oportunidade de negócios: Daniel Hatkoff, ex-investidor do setor financeiro nos EUA, se mudou para o Brasil um ano e meio atrás, aprendeu português e fundou o Pitzi, que classifica como um "clube de proteção de celulares". Os consumidores pagam uma mensalidade para proteger seus aparelhos e o Pitzi garante o conserto deles em até uma semana, mesmo em caso de acidentes. Hatkoff garante que não se trata de um seguro. "É um clube de serviços. Também ofereceremos descontos sobre produtos e conteúdos especiais", afirma. Por enquanto o Pitzi se restringe ao estado de São Paulo, mas será expandido para outras cinco unidades da federação nos próximos meses. A meta é atingir 100 mil assinantes no primeiro ano de operação.

A assinatura varia entre R$ 5 e R$ 25 por mês, dependendo do modelo do aparelho. Celulares mais simples como o Nokia Asha 200 custam R$ 5. O mais caro é o iPhone 4S, cuja proteção sai por R$ 25/mês. A mensalidade da grande maioria dos smartphones gira em torno de R$ 10 ou R$ 15. Para participar do clube é preciso registrar o aparelho até 30 dias após a sua compra. Vale qualquer celular adquirido em qualquer loja no Brasil. Para utilizar o serviço é preciso enviar uma cópia da nota fiscal para o Pitzi.

Se o aparelho precisar de conserto, o consumidor deve entrar em contato com o Pitzi, mesmo se ainda estiver na garantia de fábrica. Um técnico do serviço ligará para saber o que aconteceu e planejar a melhor maneira de consertar. Só são aceitos problemas de hardware. Se for algo coberto pela garantia de fábrica, o Pitzi cuida da intermediação do conserto junto ao fabricante. Em qualquer outro caso, o conserto é feito por técnicos do Pitzi ou por uma rede de assistências técnicas associadas ao clube. "Para cada tipo de problema ou de aparelho, temos um parceiro especializado", explica Hatkoff. O cliente, contudo, tem contato apenas com o Pitzi. O serviço inclui o envio de uma caixa pré-paga por Sedex para que o cliente encaminhe seu aparelho. Se não for possível consertar em uma semana, o Pitzi dá um aparelho novo, do mesmo modelo, para o consumidor. Não há período de carência. Cabe destacar que em caso de acidente, é cobrada uma taxa adicional de R$ 75.

Hatkoff conta que o problema mais comum são telas touch screen quebradas por causa de quedas, o que corresponde a 80% das ocorrências. Outros 15% são problemas gerados por entrada de água no aparelho. De acordo com o executivo, 25% dos iPhones quebram dentro de dois anos. Nesse início de operação do Pitzi, um terço dos aparelhos registrados são iPhones e metade são smartphones Android.

Marketing

Para atingir a marca de 100 mil assinantes em um ano, Hatkoff aposta mais na qualidade do seu serviço do que em campanhas de marketing. Para o lançamento, criou apenas dois vídeos para divulgação na Internet, confiando na sua distribuição viral. Em um deles um iPhone é solto nos céus de São Paulo, pendurado por balões com hélio, para filmar a cidade do alto. Ao fim, aparece o lema da empresa: "divirta-se com seu celular como quiser e sem preocupações: nós o protegemos".


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