QSAlpha Quasar IV, que quer ser o smartphone mais seguro do mundo




QSAlpha Quasar IV
Mais um projeto de smartphone apareceu no Indiegogo, só que desta vez com uma meta bem mais pé no chão: 3,2 milhões de dólares, dez vezes menos que o valor que a Canonical tentou obter para o Ubuntu Edge. Estou falando do QSAlpha Quasar IV, cuja proposta é ser um smartphone à prova de invasões e interceptação de dados (ou quase isso). Uma boa pedida em tempos de NSA?
Para cumprir com a sua promessa, a chinesa QSAlpha pensou em vários recursos, começando por um sistema proprietário de nome Quatrix capaz de criptografar automaticamente todas as informações armazenadas no aparelho. Como extensão, o dono de um Quasar IV terá à sua disposição 128 GB de espaço nas nuvens, cujo acesso também promete ter segurança reforçada.
A cereja do bolo está em chip responsável por todo o processo de autenticação e encriptação. O componente armazena uma matriz capaz de gerir até 10^77 (10 elevado a 77) pares de chaves públicas e privadas, sem necessidade de recorrer a soluções de terceiros para isso.
Olha o tal chip aí
Olha o tal chip aí
Desta forma, o usuário pode limitar a sua comunicação apenas com outras pessoas que também têm um Quasar IV, situação útil para uma empresa, por exemplo. Nestas circunstâncias, a comunicação só é estabelecida quando o aparelho obtiver a chave pública do dispositivo do outro indivíduo e, na sequência, decifrar os dados envolvidos com a sua chave privada.
Dá para fazer isso com e-mails, chamadas via VoIP, troca de documentos e assim por diante. É claro, também é possível se comunicar com aparelhos convencionais, mas com estes não há criptografia, obviamente.
O sistema operacional completa o arsenal. Trata-se do QuaOS, que a própria QSAlpha reconhece como sendo uma mistura de Linux, Android 4.3 e o software de criptografia Quatrix. O resultado final é uma plataforma com várias melhorias no aspecto da segurança, segundo a companhia, e que possui uma loja de aplicativos própria – a QuaStore -, também bastante protegida. De modo geral, a ideia é a de que o usuário possa utilizar recursos online deixando a menor quantidade possível de rastros.
O Quasar IV roda "QuaOS" (mas a foto parece ter apenas uma ilustração da interface)
O Quasar IV roda “QuaOS” (mas a foto provavelmente tem apenas uma ilustração da interface)
Para incluir um pouco de diversão no aparelho, a QSAlpha promete também duas câmeras traseiras de 13 megapixels para que o usuário possa usufruir de aplicações de realidade aumentada e até mesmo gerar imagens 3D. Este é um detalhe que pode até não passar de perfumaria, mas está lá. A câmera frontal, com 8 megapixels, parece ser mais promissora.
Sim, o detalha na traseira do Quasar IV é a câmera
Sim, este detalhe na traseira do Quasar IV é a câmera
Para dar conta de tudo isso e mais um pouco, o QSAlpha Quasar IV conta um hardware de respeito: tela de 5 polegadas (1920 x 1080 pixels) com Gorilla Glass III baseada em uma tecnologia chamada IGZO, processador Snapdragon 800 de 2,3 GHz (quad-core), 3 GB de RAM e uma generosa bateria de 3.300 mAh.
Para armazenamento de dados, há 64 GB ou 128 GB expansíveis com microSD (além do já mencionado espaço em nuvem). No quesito conectividade, há GPS, Wi-Fi 802.11ac, Bluetooth 4.0, NFC e 4G. Nada mal, né?
Por que é legal? Pelo menos no que se refere ao hardware, o QSAlpha Quasar IV é um baita aparelho e a sua proposta de segurança, se não é infalível, promete ser melhor do que o padrão do mercado.
Por que é inovador? Porque se propõe a utilizar vários recursos de proteção, não se limitando a único software ou serviço.
Por que é vanguarda? Ao mesmo tempo em que bate na tecla da segurança, a QSAlpha aposta na experiência do usuário, propondo um smartphone (ou um “cipherphone”, como a companhia gosta de chamar) com especificações generosas – talvez para evitar que o Quatrix consuma todos os recursos do aparelho.
Vale o investimento? Para quem tem uma preocupação maior com segurança e quer algo mais de um smartphone, vale, mesmo não dando para saber se o Quasar IV cumprirá tudo o que promete (crowdfunding, no final das contas, é um risco). Pode garantir um aparelho de 64 GB quem desembolsar pelo menos 495 dólares. A versão de 128 GB custa a partir de 665 obamas. Em ambos os casos, estão incluídas as despesas de envio para qualquer lugar do mundo, com esta etapa devendo começar em 2014.
O problema é saber se o projeto verá a luz do sol. A meta de 3,2 milhões de dólares pode parecer palpável, mas como a campanha dura pouco mais de 30 dias (começou ontem e vai até 17 de outubro de 2013), é necessário arrecadar cerca de 100 mil dólares diariamente. Estamos no segundo dia e, no momento de publicação deste post, o montante ainda não havia superado 30 mil dólares.

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