BlackBerry Z30


Blackberry Z30
Em um mundo de gadgets Android e iOS (e, mais recentemente, Windows Phone), a BlackBerry ainda luta pelo seu lugar ao sol. Ela ainda não faz parte dos top 3 (Google, Apple e Microsoft), mas pelo menos está em um lugar melhor do que os Tizens, Ashas e Firefox OSs, lançando aparelhos de alta qualidade e melhorando sua plataforma em pontos bastante relevantes. Hoje vamos conhecer o Z30, aparelho mais avançado da empresa até então, que nos fez mudar completamente nossas previsões sobre o futuro da BlackBerry depois de passarmos alguns dias com ele.
Vantagens
  • Excelente design;
  • Processamento de sobra para qualquer tipo de app;
  • Bateria que dura tranquilamente 2 dias (uma raridade nos dias de hoje);
  • Câmeras de qualidade;
  • 4G, NFC, GLONASS... o pacote completo.
Desvantagens
  • Seu preço ainda não foi anunciado oficialmente;
  • Ele roda apps do Android, um avanço e tanto, mas não tem acesso nativo às lojas e o desempenho é um pouco prejudicado.

Design
Críticas em relação à plataforma à parte, é inegável que o Z30 é um dos aparelhos mais bonitos da atualidade. Seu design é elegante e ao mesmo tempo não traz um visual estritamente corporativo, mas sim de propósito geral, sendo basicamente um Z10 maior com a tampa traseira do Q10, mas sem o teclado físico do Q5 (apenas para mencionar todos os aparelhos), e sendo o primeiro modelo da plataforma com 5 polegadas, passa a ser uma opção interessante para quem já se acostumou com os tamanhos de tela de dispositivos Android e Windows Phones.
Quem já se acostumou com as telas Super AMOLED HD (1280x720) da Samsung também irá gostar do Z30. A resolução não é tão grande como a do Galaxy S4 (e não chega nem perto da quad-HD esperada no Galaxy S5), mas o resultado é bastante bom, em especial nos níveis de preto. Os botões ficam localizados nas mesmas posições do Z10, não exigindo uma nova curva de aprendizagem, trazendo as mesmas conexões micro USB e micro HDMI nas laterais e o conector P3 na parte de cima.
A BlackBerry controla o hardware e o software de seus modelos, o que permite um certo nível de diferenciação sem abandonar a padronização. Essa é uma característica que muitos usuários de iOS gostam nos iPhones: trocar de aparelho para ter acesso a mais recursos, mas sem necessariamente usar o modelo completamente novo. Para usuários mais conservadores essa é uma excelente abordagem, sendo uma proposta diferente da oferecida pelo Android e até pelo Windows Phone.

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Desempenho
A atualização de hardware do Z10 para o Z30 é apenas incremental e a diferença de desempenho mal é percebida. Todos os BlackBerries novos são modelos dual-core com 2 GB de memória RAM e rodam o BB 10 sem qualquer lag da mesma forma como um Lumia 920 faz com o Windows Phone 8 e o iPhone 5 faz com o iOS 7. A configuração é basicamente a mesma do Moto X sem o chipset X8: processador Snapdragon S4 Krait dual-core de 1,7 GHz, 2 GB de memória RAM e GPU Adreno 320.
Por ser o aparelho mais avançado, é natural que o Z30 rode qualquer aplicativo disponível na Blackberry World (também conhecida como Play Store da BlackBerry). Até aí nada de novo. Porém, essa é uma configuração com um excelente gerenciamento de energia, que combinada com a bateria massiva de 2880 mAh do Z30 faz dele um dos primeiros modelos em que realmente não requerem um carregador sempre a postos na mochila.
Câmera
Podemos chutar que as duas câmeras do Z30 são exatamente as mesmas que equipam o Z10 e o Q10: uma de 8 megapixels na parte traseira que filma em 1080p@30fps (com LED, HDR e OIS) e uma frontal de 2 megapixels que filma em 720p@30fps. Nada de novo. Ambas são perfeitamente capazes de atender ao usuário com qualidade, mas não trazem avanços em relação aos modelos anteriores.
Extras e som
Por ser um modelo top de linha lançado recentemente, é natural esperar que as tecnologias mais recentes estejam todas presentes. São as siglas de sempre: 4G, NFC, Bluetooth 4.0, GPS com A-GPS e GLONASS (ainda que os mapas da BlackBerry não funcionem tão bem no Brasil) e assim por diante. Vale destacar que o som das duas caixas localizadas na parte traseira não é apenas bastante alto, como também nos parece de excelente qualidade, algo bastante raro em smartphones e que só observamos em poucos modelos, como o HTC One.

O Z30 vem de fábrica com o BB 10.2, sendo uma atualização equivalente aos incrementos do Android Jelly Bean no Android. Algumas otimizações de performance aqui, alguns bugs corrigidos ali, a história de sempre, mas alguns recursos essenciais foram adicionados nessa versão. Temos um artigo dedicado à versão 10.2 do BB, mas vale destacar dois deles que nos chamaram bastante a atenção.
Ainda que os BlackBerries não contem com uma área de notificações ao estilo Android (e iOS 7 mais recentemente), novos e-mails, mensagens e atualizações em redes sociais são notificados assim que aparecem na parte de cima da tela com título e primeira linha (notificações push) ao invés de simplesmente começar a acender o LED. Isso elimina a necessidade de entrar no Hub para olhar o que chegou, já que nem todas as mensagens precisam de atenção imediata.
Outro ponto é o Hub prioritário. O Hub por si só já é uma ferramenta bastante poderosa, agregando tudo em ordem cronológica em uma tela só (desde e-mails até mensagens no WhatsApp), e o Hub prioritário dá um passo à frente. Ele "aprende" quais são as mensagens que o usuário considera importantes e as organiza em uma aba separada. Ficamos apenas 2 semanas com o Z30 e não chegamos a ver se esse recurso funciona bem ou não, mas acreditamos que depois de alguns meses ele já começa a funcionar bem.
Boas vindas ao Android!
A versão 10.2 vem com um recurso que por si só já coloca todos os BlackBerries em uma posição de mercado bem melhor: o suporte a aplicativos Android. Isso mesmo, qualquer aplicativo que roda na versão 4.2 Jelly Bean em diante está apto a ser instalado no Z30 ou em qualquer outro aparelho que rode a versão BB 10.2. Esse era um movimento já esperado da BlackBerry, corrigindo uma (de duas) das grandes falhas da plataforma, que é a falta de aplicativos em relação às maiores.
E outra: esse suporte faz sentido, já que os apps escritos para as duas plataformas utilizam o Java como base. Em nossos testes os apps não funcionam com o desempenho nativo esperado no Android, muito menos podem ser instalados diretamente das lojas que oferecem apps Android (como Amazon e Play Store), mas é um primeiro passo importante. No momento é necessário acessar as lojas via navegador, e esperamos que nas próximas versões esse acesso seja mais fácil e transparente para o usuário.

Não encontramos o BlackBerry Z30 à venda em lojas do varejo na data de publicação deste artigo, mas podemos fazer algumas previsões sobre o seu preço. O Z10 foi lançado por R$ 2.449 e o Q10 era encontrado por R$ 2.999 sem contratos com operadora, então é difícil ser otimista em relação ao Z30. O fato é que a plataforma está se desenvolvendo rápido e os aparelhos são interessantes, então, se a BlackBerry não errar no preço do Z30 ele pode representar uma guinada da empresa para se tornar novamente relevante no mercado de smartphones.
No exterior ele é encontrado por uma média de US$ 500 (cerca de R$ 1.150 antes de doar algumas taxas para o Estado), sendo mais competitivo do que boa parte dos modelos top de linha por lá. Dependendo do preço de lançamento por aqui (em especial, considerando que R$ 1.500 é um modelo "barato" por aqui), é possível que se torne comum ver pessoas na rua usando BlackBerries novamente, algo que não acontece atualmente.

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