Conhecendo o Chrome OS: entenda o sistema operacional do Google
O que é o Chrome OS?
É um comportamento padrão de muitos usuários ligar a máquina, fazer o login e abrir um navegador, e o Chrome OS é basicamente uma personificação desse fato. Imagine que você tem um netbook (ou Chromebook, como é chamados o notebook com Chrome OS) cujo sistema operacional é o próprio Google Chrome e os "programas" são as extensões disponíveis na Chrome Web Store. Adicione um player de música (sincronizado com o Google Music, naturalmente) e uma aba de configurações (a mesma do navegador) que inclui algumas funções adicionais, além de um gerenciador bastante simples de arquivos. Esse é o Chrome OS.Por que é legal?
Novamente, independentemente do sistema operacional, utilizar um computador requer um mínimo de conhecimento do sistema (algo observado em pequenos momentos, como quando sua avó pergunta como procurar uma receita de bolo), e, mais do que isso, exige uma certa dedicação a manter o sistema sempre rápido, seja rodando um CCleaner para remover os arquivos temporários e desfragmentando o disco até manter o sistema atualizado.O Chrome OS se destaca nesse ponto exigindo tanta manutenção como o seu smartphone necessitaria (nenhuma, na maioria das vezes). O usuário não precisa se preocupar com atualizações, otimizar o sistema ou qualquer tipo de gerência. Basta ligá-lo e ser feliz, o que o torna ideal para pessoas que querem uma máquina para viajar e não querem ficar lidando com as mudanças de humor de seu sistema. Basta apenas ligá-lo e utilizá-lo sem maiores complicações.
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Outro ponto é que, por ser basicamente um navegador com algumas funções extras e construído em cima de um kernel Linux, qualquer Intel Celeron está apto a rodá-lo sem enfrentar lentidões. Como dissemos acima, o Chrome OS roda em processadores ARM também, os mesmos que equipam o seu smartphone ou tablet, caso do Samsung Chromebook que traz um Exynos 5 dual-core. A performance relativa em relação aos processadores Intel (não encontramos opções equipadas com CPUs AMD) é consideravelmente menor, mas eles possuem algumas vantagens interessantes.Em primeiro lugar, eles não precisam de um sistema de refrigeração ativo com cooler, o que, com o armazenamento SSD, faz deles os primeiros representantes de uma geração de laptops sem partes móveis. Não emitem ruído, nem esquentam demais e são menos propensos a defeitos mecânicos (com exceção da dobradiça da tela, claro). Além disso, chips ARM são perfeitamente capazes de decodificar músicas de alta qualidade e vídeos em HD com processamento via hardware, isso quase sem consumir energia.
E quais são os problemas dele?
Como nem tudo são flores, é natural esperar certas limitações do Chrome OS, especialmente considerando que ele é um sistema bem mais novo do que o Windows, o Linux e o OS X. A principal crítica que vem à mente da maioria das pessoas é a sua forte dependência de uma conexão de internet, que de fato é justificada, mas merece uma análise mais completa.Afinal, o que você costuma fazer com seu computador quando está sem conexão? Qualquer máquina vira um enorme (e caro) peso de papel sem internet, umas mais do que outras. O Chrome OS inclui alguns apps que funcionam sim de forma offline, algo que vale a pena deixar claro. Você não precisa de uma conexão com a internet para escutar músicas e ver filmes armazenados no disco, como em qualquer outro sistema.
Outro ponto: o Chrome OS não é uma máquina de produção. Não é uma máquina para qualquer usuário que precise fazer alguma tarefa mais avançada. Por exemplo, ele inclui alguns apps bacanas, como o Pixlr TouchUp mencionado acima, capaz de fazer algumas edições básicas, mas está longe de ser uma máquina em que você ficaria confortável ao utilizar no escritório. Como segundo computador, por outro lado, ele começa a ser uma boa opção.
O que poderia melhorar?
A Chrome Web Store conta com uma infinidade de apps, mas ainda está longe de atender aos usuários que precisam de um pouco mais de suas máquinas. Uma adição útil ao Chrome OS seria o suporte nativo aos apps do Android, afinal, além do fato de estes rodarem em chips ARM, ambos os sistemas pertecem à mesma empresa, então por que não? Um primeiro passo, porém, seria adicionar versões offline dos apps do próprio Google, o que já ajudaria significativamente a sua adoção.Outro ponto: a versão mais "top" que roda o Chrome OS é o Chromebook Pixel, um modelo com processador Intel Core i5, 4 GB de memória RAM, tela de 12,85 polegadas com densidade de pixels maior do que os Macbooks Retina e que ainda por cima é touchscreen. É uma máquina excelente, de construção impecável, mas preço alto até mesmo para os padrões americanos (cerca de US$ 1.300) e que também só funciona bem online. E é a única.
Isso seria facilmente resolvido se o Google disponibilizasse o Chrome OS para download. Ele não é um sistema como o Windows ou o Linux, que pode ser encontrado na internet, baixado e instalado pelo próprio usuário, e o motivo de o Google manter um controle tão forte sobre o sistema, disponibilizando-o apenas para OEM, ainda é um mistério. Certamente muitos usuários ficariam contentes em dar uma vida nova àqueles netbooks com Atom de primeira geração, dando-o vida e oportunidade de ser útil em seu dia a dia como uma máquina portável.
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