Com possível venda de ativos, TIM tenta se manter fora dos lances


Folhapress / Folhapress

TIM tem aprovação do conselho para procurar compradores para suas torres

O conselho de administração da TIM Participações avançou no processo de gerar receita extra, ao aprovar a venda de torres de telefonia móvel no Brasil. A iniciativa ocorreu dois dias antes da realização da reunião do conselho da controladora Telecom Italia, marcada para hoje, em Milão.

A TIM utiliza 13 mil torres para sua operação no Brasil, das quais 7,5 mil são próprias. O conselho recomendou a "adoção das medidas necessárias para a solicitação de ofertas de terceiros em relação aos ativos (torres) da TIM Celular S/A, com base nos estudos apresentados".

Uma importante fonte ligada ao grupo disse ao Valor que a venda desses ativos pode ser uma saída para o grupo italiano não só diminuir seu endividamento líquido de € 26,81 bilhões, mas também buscar uma solução para que não precise vender a subsidiária brasileira.

A operadora italiana terá que fazer alguns ajustes para melhorar seus resultados financeiros. Essa fonte considera que o grupo tem uma série de opções, inclusive algumas mais triviais, como a venda da sede em Milão, realizada em março, por € 75 milhões. Obviamente, a empresa possui ativos mais valiosos, entre os quais as torres e a rede fixa, que pode ser oferecida na Itália a um investidor institucional.

Outras teles também têm recorrido à venda de ativos para reduzir o endividamento. No último ano, a Oi vendeu mais de 9,3 mil torres por R$ 4 bilhões para a SBA Communications, dos EUA, em lotes diferentes. Além disso, a tele vendeu a unidade de redes de cabos submarinos GlobeNet para o BTG Pactual por R$ 1,745 bilhão. Todas essas iniciativas poderão aumentar os vencimentos e maturidade da dívida da Oi que, no quarto trimestre, atingiu R$ 30,4 bilhões.

O grupo Telefónica diminuiu seu endividamento pela alienação de ativos. A dívida líquida caiu 1,6% para um total de € 45,38 bilhões em 2013. A empresa vendeu uma parcela ou a totalidade de operações em vários países: Alemanha, China, Irlanda, República Tcheca e Eslováquia, e América Central, além da Atento, no Brasil. A empresa espanhola vendeu ainda mais de 3,4 mil torres no Brasil para a American Tower e para a gestora de fundos GP Investments.

Cada operadora tem seus problemas específicos. Mas, tanto a Telecom Italia quanto a Telefónica têm uma relação da dívida sobre o Ebitda (lucro sobre juros, impostos, depreciação e amortização). Por isso, quem acompanha o grupo italiano de perto opina que será preciso realizar um processo similar ao da Telefónica para levantar recursos e diminuir seu endividamento. Pode significar que a temporada de vendas está apenas começando para os italianos, e a TIM luta para sair do alvo.

Curiosamente, a estratégia dos grupos italiano e espanhol está entrelaçada. A Telefónica faz parte do grupo de investidores que comprou a Telco, controladora da Telecom Italia, da qual detém 24% de participação. Portanto, se a empresa espanhola avançar no controle da italiana, no Brasil terá o controle da Vivo e da TIM. Em dezembro o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) informou que só vai aprovar a aquisição da participação da Portugal Telecom pela Telefónica na Vivo se a espanhola encontrar outro sócio para dividir a Vivo ou sair da TIM Brasil. O prazo para a decisão não foi revelado e a Telefónica mantém sua estratégia em segredo.

O conselho e a administração da TIM têm demonstrado que não ficarão parados até que haja uma decisão. O conselho também recomendou à diretoria da TIM "participar ativamente na fase de consulta pública, bem como e em todas as fases sucessivas em preparação do processo de leilão das frequências". Trata-se do leilão das faixas de 700 MHz para serviços de quarta geração (4G), previsto para ser realizado em agosto.

"A frequência de 700 MHz é um recurso muito importante no Brasil e no resto do mundo para o fortalecimento das redes móveis 4G", disse o presidente da TIM, Rodrigo Abreu, por meio de nota.

Na reunião de hoje em Milão espera-se que o novo conselho da Telecom Italia tome posse. Os acionistas deverão escolher o presidente. O favorito é Giuseppe Recchi, presidente da empresa de energia Eni, indicado pela Telco, que tem como rival Vito Alfonso Gamberale, apoiado pelo investidor minoritário Marco Fossati.





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