Brasil faz Carlos Slim faturar mais
O Brasil impulsionou a receita da mexicana América Móvil - dona da Claro, Net e Embratel, e controlada pelo bilionário Carlos Slim - no primeiro trimestre deste ano. O crescimento foi de 8,5%, para R$ 8,6 bilhões.
A receita de serviços móveis no país cresceu 3,8% em relação a igual período de 2013, e a de dados 15%. A de voz ficou estável, apesar do corte de 25% nas taxas de interconexão em fevereiro e do preço por minuto ter declinado 5,3%. A receita consolidada do grupo cresceu 1,3%, para 195,4 bilhões de pesos (R$ 33,4 bilhões).
Apesar de os serviços móveis terem tido menor expansão em relação aos demais serviços, o CEO da América Móvil, Daniel Hajj, disse na quarta-feira, a analistas: "Não estamos preocupados com quantidade, mas com a qualidade dos assinantes." O Brasil representou 25,23% dos assinantes móveis do grupo ante 26,94% do México.
Além disso, o Brasil respondeu pela maior parcela da receita nos 18 países em que o grupo atua, com 48,7 bilhões de pesos. Em seguida está o México, com 47,9 bilhões, e Telmex, 26,4 bilhões.
O executivo atribuiu à estagnação da economia no México e às medidas regulatórias adotadas pelo governo do país para aumentar a competição a queda no lucro consolidado de 48,3%, para 13,88 bilhões de pesos (US$ 1,06 bilhão). Com isso, as atenções do grupo se voltaram para as subsidiárias, como Brasil, para sustentar o crescimento do grupo. A margem de lucro no Brasil evoluiu 1,5 ponto percentual, para 26,1%.
A América Móvil alcançou 342,9 milhões de conexões no primeiro trimestre, 4,5% a mais que em igual período do ano passado. No Brasil, o número de conexões cresceu 6,6%, para 102,3 milhões.
A Telefônica, que também já divulgou seus resultados do primeiro trimestre, registrou lucro líquido no Brasil de R$ 3,715 bilhões em 2013, queda de 16,6% na comparação anual. A receita totalizou R$ 34,72 bilhões nos 12 meses, com alta de 2,36%.
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