Correios devem lançar nova operadora de telefonia celular no Brasil em 2014

Correios

O mercado de telefonia móvel no Brasil pode ganhar mais um concorrente em breve. O Ministério das Comunicações liberou os Correios para prestar serviços de telecomunicações, assim como já fazem outras operadoras de celular. Isso significa que a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos está autorizada a agir como uma operadora virtual (conhecida como MVNO), ou seja, não terá infraestrutura própria, mas utilizará a rede de outra companhia para vender aparelhos e fornecer serviços com sua marca.
A decisão foi publicada nesta quinta-feira (8) no Diário Oficial da União. Assinada pelo ministro Paulo Bernardo, a Portaria nº 416 permite que os Correios busquem algum parceiro que esteja disposto a alugar sua rede para a plataforma da entidade. Segundo a portaria, a empresa pode explorar o serviço de MVNO "mediante a constituição de subsidiárias ou a aquisição de controle ou de participação acionária em sociedades empresariais já estabelecidas".
As MVNOs são bem populares na Europa, mas no Brasil ainda são pouco conhecidas. A Porto Seguro Conecta, que faz uso das antenas da TIM, foi a primeira operadora virtual a vender planos a consumidores em agosto do ano passado e já possui 101 mil clientes. Já a Datora, outra operadora virtual recém-chegada ao país, tem 19,6 mil. Segundo Antonio Luiz Fuschino, vice-presidente de Tecnologia e Infraestrutura dos Correios, não será difícil alcançar um grande número de usuários, pois a empresa conta com uma grande rede de distribuição já instalada e pronta para vender chips e aparelhos.
O investimento previsto é de R$ 150 milhões dentro de cinco anos. Para sustentar a operação, os Correios têm um acordo com a holding do Grupo Poste Italiane, o serviço de correio da Itália, que vai pedir à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) autorização para se tornar uma operadora virtual. Fuschino espera faturar R$ 1,5 bilhão com o negócio a partir do quinto ano de operação. "A operadora vai ser mais uma fonte de faturamento para que as receitas do mundo concorrencial superem as do mundo postal", diz.
De acordo com o G1, o projeto usará as cerca de 12 mil agências espalhadas por todo o Brasil para levar serviços de telefonia a milhares de usuários. Neste caso, as agências serão transformadas em quiosques que venderão aparelhos de celular, envelopes, cartões de recarga e selos, além de funcionar como balcão de atendimento. Outra ideia é associar vários serviços dos Correios a aplicativos móveis com o objetivo de facilitar o envio de telegramas ou rastreamento de encomendas.
Fuschino afirma que já iniciou conversas com outras operadoras, como Vivo, TIM e Claro, para ceder infraestrutura e só depois de escolher uma prestadora é que os planos e pacotes de celular serão construídos. A expectativa é que o programa comece a funcionar até novembro de 2014.
"Além do baixo custo, nós pretendemos oferecer serviços de valor agregado. Nós imaginamos que em um intervalo de cinco anos conseguiremos alcançar até 8 milhões de clientes", afirmou. A estratégia dos Correios em vender produtos relacionados à telefonia celular é para evitar prejuízos futuros. Segundo a empresa, a entrega de cartas, que corresponde a 50% do faturamento, é vista como um negócio em declínio. 

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