Huawei planeja avançar com 4G



Li Ke, presidente da Huawei para a América Latina (à esq.), e Jason Zhao, que comanda a companhia no Brasil



Responsável pelas redes de telefonia 4G de quase todas as operadoras no Brasil, a fabricante chinesa Huawei quer usar essa proximidade com as companhias para avançar no disputado mercado de smartphones no país. "Nossos telefones são otimizados para funcionar nas redes 4G porque conhecemos muito bem essas redes. E no 4G a experiência de navegação é o que mais importa" disse ao Valor, o chinês Jason Zhao, presidente da companhia no Brasil, em sua primeira entrevista desde que assumiu o cargo, há cinco meses.

Ele substituiu seu conterrâneo Veni Shone, que comandou a operação nos últimos dois anos. Esta é a segunda passagem de Zhao pelo Brasil. Entre 2008 e 2012 ele foi o responsável pelo escritório da companhia em São Paulo.

A fabricante realizou ontem na cidade um evento com jornalistas e parceiros de operadoras e redes varejistas para apresentar o primeiro aparelho lançado dentro da nova estratégia, o Ascend P7. Com 4G e tela de 5 polegadas, o aparelho será vendido por R$ 1,5 mil.

A tecnologia 4G começou a funcionar no Brasil no ano passado e somou 4,1 milhões de linhas em serviço em agosto, segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Para Zhao, esse número vai crescer muito no ano que vem e nos próximos por conta da demanda do consumidor e também da necessidade das operadoras de aumentarem suas receitas com serviços de dados.

A estratégia de crescimento no Brasil está em linha com as pretensões globais da fabricante de diversificar suas operações para além das operadoras e de se tornar uma marca relevante no mercado de smartphones. Até o começo do ano, a fabricante era a número três do mercado global, mas perdeu posições com o avanço das também chinesas Xiaomi e Lenovo (que acabou de concluir a aquisição da Motorola).

A Huawei vinha se dedicado a vender grandes volumes de aparelhos baratos. Agora, ela quer ser reconhecida por produtos de preço mais elevado, tanto no mundo, quanto no Brasil. "Vamos ter diferentes opções de modelos dentro da categoria de aparelhos 4G, com modelos mais caros e mais acessíveis", disse Li Ke, presidente da Huawei para a América Latina. De acordo com Zhao, a expectativa é lançar entre quatro e cinco novos celulares no país no ano que vem. Alguns deles, de acordo com o executivo, terão produção local.

Com o investimento em smartphones, a fabricante pretende acelerar seu crescimento em um ano que, a princípio, entregará resultados bastante semelhantes aos de 2014. A projeção da companhia é ter US$ 1,5 bilhão em vendas no ano que vem, 10% a mais que o esperado para este ano. "Se os celulares forem bem, os números podem ser maiores", disse Zhao.

Para conseguir isso, a empresa pretende fazer um grande investimento em marketing ao longo do próximo ano, envolvendo mídias tradicionais e também internet. Em outubro a fabricante fechou um contrato de patrocínio com o time de futebol Santos. Zhao não quis revelar valores.

A expectativa é que os smartphones representem 75% dos 69 milhões de telefones celulares vendidos no Brasil neste ano.

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