Xiaomi tem os preços realmente mais baixos? veja o comparativo



A Xiaomi (lê-se cha-ou-mí), fabricante chinesa de smartphones e produtos eletrônicos, estreou ontem no Brasil anunciando o smartphone RedMi 2 e dois acessórios: uma pulseira inteligente e uma bateria externa. Em termos de configurações, o aparelho compete com Moto G (da Motorola), Zenfone 5 (da Asus) e Lumia 730 (da Microsoft).

É no preço, no entanto, que a empresa chinesa aposta todas as fichas. O Redmi 2 estará à venda a partir do dia 7 de julho por R$ 500 (ou R$ 550 a prazo), o que o coloca à frente de seus principais concorrentes com certa folga.

Segundo Hugo Barra, vice-presidente global da empresa, a empresa consegue oferecer preços baixos graças à lealdade de seus fãs. Com a imagem positiva que eles constroem da marca, a empresa não gasta com publicidade e realoca verba para chegar a valores agressivos.

O Olhar Digital comparou os preços praticados pela empresa no Brasil com os de seus concorrentes diretos. Confira o resultado abaixo:

RedMi 2

Em vez de trazer um smartphone mais top de linha, a Xiaomi optou por iniciar sua presença no Brasil com o intermediário Redmi 2. Nós já mostramos como ele se compara aos seus principais concorrentes em termos de performance. Agora, vamos ver como os preços se comparam.

O Redmi 2 custa R$ 500 (ou R$ 550 em 10 vezes) no site da empresa no qual é preciso se inscrever antecipadamente para poder comprar o aparelho na primeira leva (que foi importada para o Brasil enquanto os modelos fabricados aqui não ficam prontos). Como ele só é vendido pelo site da fabricante, deve ser menos comum vê-lo em promoção.

O Moto G de segunda geração, por sua vez, fica na faixa de R$ 600 a R$ 800. O preço sugerido pela Motorola é a partir de R$ 800, sendo que os valores abaixo deste aparecem em promoções de curta duração, e costumam só valer para compra à vista.

O aparelho da Asus fica um pouco mais perto do RedMi 2. A Asus sugere um preço de a partir de R$ 700 para o Zenfone 5, mas existem promoções de lojas que abaixam esse valor para até R$ 550 - embora à vista. A própria Asus realizará uma promoção na qual venderá o aparelho por R$ 490 por um tempo limitado. A situação do Lumia 730 é semelhante: embora o preço sugerido seja de R$ 700, ele costuma aparecer em promoções por valores de até R$ 550.

Por enquanto, o Redmi 2 leva vantagem no preço. Mas essa vantagem é um pouco contrabalanceada pela relativa escassez do aparelho: é necessário se inscrever no site da Xiaomi para ter a chance de comprar um. Além disso, o fato de ele só ter um revendedor pode ser um problema. Exceto se a empresa adotar a mesma estratégia que adota no mercado chinês de ralizar promoções-relâmpago nas quais vende seus produtos a preços consideravelmente menores. Nesse caso, será difícil competir com o RedMi 2 nesse quesito.

No entanto, a Motorola deve anunciar a terceira geração do Moto G em breve e, até o final do ano, ela também já deve chegar ao mercado. Com isso, a geração anterior provavelmente diminuirá de preço, dando mais trabalho para a Xiaomi. É até mesmo possível que a Motorola ofereca o Moto G 3 por um preço menor, o que faria dele um concorrente difícil para o RedMi 2.

Mi Band

Além do smartphone, a Xiaomi traz ao Brasil também sua pulseira inteligente, a Mi Band. À prova d'água, ela é principalmente voltada para saúde (ajuda a monitorar sua queima cotidiana de calorias e frequência cardíaca durante exercícios) e custa R$ 95.

Ela funciona em conjunto com o aplicativo Mi Fit, disponível para Android 5 ou superior. Por meio deles, é possível saber quantos passos você deu no dia, quantas calorias queimou durante uma sessão de exercícios, entre outros dados. É possível também comparar esses dados a metas pré-estabelecidas e com informações semalhantes de amigos seus que também usem o produto.

Além disso, ela também monitora seu sono, para saber a qualidade de seu descanso, e pode ser programada para vibrar alguns minutos antes do despertador, para que ele não te acorde com um susto.

As suas principais concorrentes são as pulseiras Vivofit (da Garmin) e a Smartband (da Sony), que têm funcionalidades bastante semelhantes e, assim como a Mi Band, também são voltadas para saúde.

Com relação a preços, as diferenças são consideráveis: a SmartBand da Sony custa entre R$ 300 e R$ 500, e a Vivofit também não sai por menos de R$ 300. Por mais que essas outras pulseiras ofereçam funcionalidades adicionais, o preço da Mi Band é bem mais baixo.

Mi Power Bank

Outro produto que a Xiaomi trará para o Brasil é banco de energia (ou carregador portátil, ou bateria externa) Mi Power Bank. O carregador portátil da empresa oferece 10.000 mAh de capacidade (o que permite três cargas completas em smartphones intermediários) por R$ 100.

Uma bateria externa de mesma capacidade da Sony, por exemplo, custa R$ 350. Mesmo uma de capacidade consideravelmente menor (como essa, de 2800 mAh) não chega a R$ 100 no site oficial da empresa. Um carregador de 3200 mAh da Microsoft / Nokia custa R$ 140.

Se os preços dos carregadores portáteis de marcas conhecidas ficam muito acima dos do Mi Power Bank, é possível achar outros por valores mais próximos, ou até menores. Essa bateria externa da TP-Link, por exemplo, oferece 10.400 mAh por R$ 150; essa , da marca Pineng, oferece 10.000 mAh por R$ 70.

Como já mencionamos, é importante tomar cuidado ao escolher uma bateria externa, já que um produto de má qualidade pode danificar seus dispositivos. Assim, a novata Xiaomi ainda enfrenta o desafio de se colocar como uma marca confiável em relação a outras que eventualmente ofereçam carregadores portáteis a preços semelhantes.

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