As Operadoras Tim Vivo Oi Claro CTBC Algar Nextel não estao investindo

Operadoras investem menos e devem mais Por Ivone Santana Após iniciativas para reduzir custos e melhorar a rentabilidade, as operadoras de telecomunicações mostraram em seus resultados financeiros referentes a 2015 que ainda há muito trabalho por fazer em 2016. No ano passado, as dívidas aumentaram e os investimentos recuaram. Juntas, as cinco maiores operadoras investiram pouco mais de R$ 27 bilhões no ano passado, 20,5% a menos do que em 2014. Com exceção da TIM, os aportes das demais teles encolheram. Em relação ao endividamento, só a Telefônica Vivo conseguiu diminuir seu débito. TIM, Claro, Oi e Algar aumentaram suas dívidas. A linha relativa ao lucro também foi emblemática. A Algar, que opera regionalmente, foi a única do bloco que apresentou crescimento no lucro (8,1%). As demais tiveram ganho menor que em 2014 ou redução do prejuízo. Os balanços das teles de 2015, divulgados até o fim de março, sofreram impacto de diversos fatores, isolados ou somados. Entre eles estão a perda de clientes, principalmente pré­pagos, migração do consumidor de voz para dados, ajustes contábeis devido a baixas de ativos, redução da tarifa de interconexão (cobrada de uma operadora quando a ligação de seu cliente tem terminação na rede de uma concorrente), desvalorização cambial e menor volume de juros sobre o capital próprio. Tudo isso agravado pelo cenário macroeconômico e político do país. Prestes a começarem a publicar os resultados do primeiro trimestre de 2016, os grupos seguram o fôlego enquanto tentam melhorar os números diante da crise político­econômica. Alguns deles ainda não tiraram do horizonte as possibilidades de consolidação, seguindo a fórmula de que com menos jogadores, a fatia de mercado aumenta para cada um. Só que não é fácil concluir as jogadas diante dos obstáculos impostos por investidores e agências antitruste. Com dívida líquida superior a R$ 38 bilhões, receita de R$ 27,35 bilhões e caixa de R$ 16,83 bilhões em 2015, a Oi precisou mudar sua estratégia. A Telecom Italia frustrou seus planos, ao bater o martelo e desistir de qualquer processo de fusão envolvendo a TIM Brasil e a Oi. Consequentemente, o fundo russo Letter One abandonou o projeto de fazer uma capitalização de US$ 4 bilhões na Oi. Agora, a Oi espera que a consultoria financeira PJT Partners, que contratou em novembro, apresente propostas para a reestruturação de sua dívida. A TIM tem seus próprios problemas, pois depende de movimentos que ainda estão acontecendo na Europa. Há muita expectativa em torno da gestão de Flavio Cattaneo, novo executivo­chefe (CEO) da Telecom Italia, cuja nomeação deve ser aprovada pelo conselho da companhia amanhã. Os acionistas, liderados pela francesa Vivendi, que tem fatia de 24,9% do capital da empresa italiana, depositam esperança no tato financeiro de Cattaneo para pôr fim ao prejuízo de € 72 milhões e reduzir a dívida de € 28, 4 bilhões. Perda de clientes, redução da tarifa de interconexão e migração de dados para voz afetaram resultados O mercado está atento ao destino da TIM. Marco Patuano, que renunciou ao cargo de CEO da Telecom Italia em 21 de março, resistiu às investidas de Vincent Bolloré, chefe da Vivendi e também seu maior acionista, para vender a TIM. Isso atrelado aos resultados financeiros considerados insatisfatórios pressionou a saída de Patuano. Com a Vivendi mais forte no grupo italiano, a pergunta é se Cattaneo, que já integrava o conselho da empresa há dois anos, vai olhar agora para a TIM como um ativo a ser liquidado para reduzir o endividamento do grupo. Os próximos passos da Telefónica da Espanha também são conduzidos por um novo CEO. Na sexta­feira, o conselho da empresa aprovou a nomeação de José María Álvarez­Pallete no lugar de César Alierta, que anunciou seu afastamento no dia 29 de março. Mas há diferenças nos processos sucessórios dos dois grupos com presença no Brasil. Na Telefónica, Alierta preparou o sucessor, considerado seu "braço direito". Portanto, espera­se uma gestão de continuidade. Na vizinha Itália, Bolloré defende a descontinuidade, com menos foco operacional e mais no financeiro e retorno para os acionistas. Ou, na interpretação mais suave de funcionários da Telecom Italia, "um equilíbrio entre continuidade e descontinuidade". Na Telefónica, a dívida de € 50 bilhões comprometeu a flexibilidade financeira para aquisições. Agora, a empresa espanhola busca alternativas para uma melhor performance. No Brasil, o endividamento da Telefônica Vivo caiu quase 36% e ficou em R$ 4,5 bilhões. A subsidiária do grupo espanhol ainda está digerindo a GVT. Na sexta­feira, a marca GVT vai desaparecer do mercado e a Vivo passa a representar todos os serviços junto aos clientes. Na esteira, seguem as promessas de redução de custos e maior competição com os grupos Claro e Oi, que já funcionam como negócios integrados. Na Vivo, ainda há o desafio de reposicionar o lucro, que caiu 36,4% em 2015, para R$ 3,3 bilhões. No grupo, o lucro de € 2,7 bilhões diminuiu mais de 8%. No Brasil e na Espanha, a Telefónica fala a mesma linguagem. Defende a continuidade da consolidação de mercado, para eliminar um competidor, e isonomia regulatória com empresas que oferecem serviços sobre suas redes ­ como Google, Facebook e Netflix, por exemplo. Uma das reclamações é que o serviço dessas empresas, conhecidas como provedores "over the top" (OTTs), não é regulado nem taxado. O grupo espanhol trabalha para que as OTTs arquem com obrigações tributárias, entre outras. Ao mesmo, procura moldar seus aplicativos para que funcionem na mesma linha das OTTs. Os desafios para este ano se estendem aos resultados operacionais das teles. A recessão econômica acertou em cheio os clientes de menor poder aquisitivo. O segmento pré­pago perdeu mais de 28 milhões de clientes no setor em 2015. Na Vivo, do total de 73,3 milhões de clientes, a base pré­paga caiu de 51,6 milhões em 2014 para 42,2 milhões em 2015. No pós, ao contrário, passou de 28,3 milhões para 31 milhões no período. TIM e Claro ficaram empatadas com 66 milhões de clientes na base celular. A TIM perdeu 12,5% e a Claro 7,2%, na comparação anual. A Oi, com 45,9 milhões, perdeu 5,4%

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