Telecomunicações

Nokia: vendas de celulares devem chegar a 52 milhões de unidades em 2008

De acordo com presidente da fabricante, crise afeta o crédito no varejo, o dólar e pode afetar a renda do brasileiro, principais fatores que impulsionaram o mercado nos últimos anos.

Por Fabiana Monte, do COMPUTERWORLD

27 de outubro de 2008 - 13h44
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A Nokia espera que a venda de aparelhos celulares fique em 52 milhões de unidades em 2008. A projeção para 2009 é de estabilidade nas vendas, sem crescimento ou redução. De acordo com a fabricante, o mercado de celulares vai encerrar o ano com 148 milhões de usuários.

Para Almir Narcizo, presidente da Nokia no Brasil, em um cenário de crise, a estabilidade nas vendas para o próximo ano é uma boa notícia. Segundo o executivo, a Nokia não está sentindo os efeitos da crise econômica, pois tem nível de caixa alto e baixa dependência de crédito.

O presidente ressalta que 95% dos custos de um celular são atrelados ao dólar, por isso, com a pressão sobre o câmbio, quando os estoques forem renovados haverá aumento de preços. “É difícil estimar quanto, porque o câmbio muda toda hora”, afirma.

Narcizo enumerou três razões que contribuíram para o grande crescimento nas vendas de celulares nos últimos anos: crediário, aumento da renda e o barateamento do dólar. Segundo ele, a crise enxugou o crédito no varejo, com os parcelamentos passando de 10 vezes para 3 vezes, o câmbio está contra o negócio e o avanço da renda é uma dúvida.

No entanto o presidente da Nokia informou que a empresa tem abastecido normalmente seus clientes. “Estamos prestes a quebrar um recorde de produção este mês em Manaus. Não fomos afetados”, comemora o executivo. A planta da fabricante na capital manauara continua com três turnos de produção. Narcizo acrescentou que os picos do câmbio não são repassados imediatamente para o consumidor. “A cadeia acaba absorvendo, foi o que aconteceu agora”, disse o executivo.

Narcizo afirma, ainda, que o aumento do dólar é um dos fatores que credencia a Nokia Brasil a exportar mais. De janeiro a setembro, a planta de Manaus exportou 334 milhões de dólares, um crescimento de 93% em relação ao mesmo período do ano passado. A unidade pode exportar de 20% a 30% de sua produção. Atualmente, o porcentual está em 22%.

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