De olho na portabilidade, Oi acaba com cláusula de fidelização de contratos pós-pagos

Novas regras valem para atuais e novos clientes da operadora, que atualmente tem cerca de 2 milhões de usuários pós-pagos.

A Oi extinguiu cláusulas de fidelização de seus contratos pós-pagos de novos e atuais clientes. Atualmente, a operadora tem cerca de 2 milhões de usuários pós-pagos de seus serviços e as multas praticadas para esses planos variavam entre 100 reais e 400 reais, em função do tipo de serviço contratado, com prazo contratual mínimo de 12 meses.

Com o anúncio, a empresa acaba com as multas contratuais que os clientes pagam caso decidam cancelar o vínculo com a operadora, ou mudar de plano, antes do vencimento do contrato.

"Acreditamos que este movimento tem tudo a ver com a portabilidade. Esperamos uma grande quantidade de clientes que neste momento podem escolher uma outra operadora e vão querer, no mínimo, experimentar", afirma João Silveira, diretor de mercado da Oi. "Agora vimos a grande possibilidade de conquistar o cliente que estava preso ao número", completa.

O executivo preferiu não informar a expectativa de clientes que a Oi espera conseguir com o fim da multa de fidelização, mas acredita que nos primeiros 60 dias a operadora sinta um aumento em seu percentual de churn (perda de assinantes).

"No primeiro momento sempre há um certo represamento de clientes insatisfeitos. Por isso esperamos pela entrada da portabilidade entrando nos grandes DDDs, para casar os dois movimentos", diz, referindo-se à etapa final do cronograma de implantação da portabilidade numérica, que chega a São Paulo em março e ao Rio de Janeiro em fevereiro.

Segundo Silveira, a extinção da multa contratual não provocará impacto nas receitas da operadora, pois, "a receita de multa não é significativa". O executivo ressaltou que, com a ação, a Oi fortalece seu plano de focar em serviços, deixando cada vez mais de lado a preocupação em comercializar aparelhos. No entanto, o diretor da operadora negou que a empresa planeje deixar de vender telefones celulares em suas lojas.

Ele explicou que a estratégia da operadora em relação à prática de subsídio é oferecer bônus por meio do cartão de crédito ou da conta de telefone do cliente - com valores entre 100 reais e 1.300 reais -, e não utilizando descontos ou gratuidade no valor dos aparelhos, como é a prática do mercado.

A operadora manterá a política, mesmo com o fim da multa de fidelização. "Como damos o subsídio em dinheiro, a gente dá o subsídio parceladamente. Ele acaba sendo proporcional ao tempo que o cliente fica conosco", argumenta Silveira.

A medida vale para clientes pós-pagos da Oi em todo o País, menos na região da Brasil Telecom, recém-adquirida pela operadora. Segundo Silveira, a tendência é que os usuários da BrT também sejam beneficiados pelo anúncio, mas o executivo preferiu não estabelecer um prazo para isso.

A empresa investiu "alguns milhões de reais" na ação, que começou a ser implantada há dois anos, de acordo com o diretor de mercado da Oi, e exigiu mudanças na lógica de serviço dos canais de vendas da empresa e na cultura das centrais de relacionamento com o consumidor.

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