TV digital terá Java como grande aliado

Um dos grandes discursos que impulsionaram o nascimento da TV digital foi o da interatividade. Ouvia-se: "você vai poder assistir a uma novela e, caso goste do vestido da atriz, ou do celular do autor, poderá comprá-los pelo controle remoto". Passado quase um ano e meio da estreia da TV aberta digital, a única coisa que se consegue é uma qualidade de imagem bastante superior se comparada a de uma transmissão analógica. Nada de comprar aquele belo vestido.

Mas isso deve mudar em breve se depender de um velho conhecido dos desenvolvedores: o Java, mais precisamente o Java DTB. A codificação está para se tornar, em caráter definitivo, um dos componentes do middleware Ginga, escolhido pelo Sistema Brasileiro de TV Digital (SBTVD) como padrão para integrar a operação do receptor televisivo ao funcionamento das aplicações, que garantem a interatividade com o telespectador.

Segundo a Sun Microsystems, desenvolvedora do Java DTV, a escolha da especificação do componente do Ginga-J também tem como objetivo livrar as fabricantes de set-top boxes e transmissores dos custos elevados, tornando os equipamentos receptores de sinal digital mais acessíveis.

As linhas de programação do software Ginga-J que, junto do Ginga-NCL, formam o Ginga – são escritas por meio de uma tecnologia de programação reconhecida e melhorada a todo momento pela comunidade open source. Além da Sun Microsystems, há milhares de outras empresas e profissionais atuando conjuntamente para aprimorar constantemente o padrão. No Brasil, por exemplo, o Serpro é uma das organizações que estão engajadas neste processo de inovação e evolução da linguagem.

Outra vantagem da Java DTV é que sua especificação foi criada pela Sun Microsystems em conjunto com um grupo definido pelo Fórum SBTVD. De acordo com a Sun, o Fórum pode, inclusive, optar pela customização da especificação com os outros módulos do Ginga, ou mesmo que outras empresas o façam. O modelo de licenciamento da implementação comercial do middlawe também ficará a cargo do Sistema.

As vantagens do uso da codificação orientada a objetos também são percebidas no numero de programadores que a dominam. Somente no Brasil, são mais de 110 mil desenvolvedores registrados em comunidades especializadas. De acordo com Paulo Riskalla, líder da área de Software OEM da Sun Microsystems para América Latina, com este celeiro criativo trabalhando para criar e melhorar aplicações da TV Digital, a alta tecnologia das emissoras encontrará respaldo funcional à altura quando suas programações chegarem aos usuários.

A perspectiva é que o Brasil seja o segundo mercado de set-up boxes entre os países emergentes e o sexto maior em todo o planeta até 2012, de acordo com a IMS Research.



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