De acordo com a ABR Telecom, entidade que administra o recurso no Brasil, o número de assinantes de telefonia móvel ou fixa que pede para mudar de operadora vem crescendo semana a semana. Até o domingo dia 26 de julho, a ABR já tinha anotado 2,3 milhões de pedidos para mudar de telecom.
O número ainda é baixo se levarmos em conta a base de linhas fixas e móveis instalada no Brasil. Para efeito de comparação, o país possui 157 milhões de celulares ativos e anotou 1,719 milhão de pedidos para portar o telefone móvel.
Um dos fatores que mantém baixo o número total de pedidos é o fato da portabilidade ter chegado há poucos meses nos principais mercados do país.
Na região metropolitana de São Paulo (DDD 11), por exemplo, maior mercado consumidor de serviços de comunicações no Brasil, o recurso só estreou em 2 de março, portanto, há menos de cinco meses. No Rio de Janeiro (DDD 21), o recurso chegou apenas um mês antes de São Paulo.
Cresce número de pedidos semanal de portabilidade |
Para fomentar a concorrência entre as empresas de telefonia, a Anatel determinou que as teles e a ABR diminuíssem a burocracia envolvida no pedido de troca de operadora. Agora, o usuário deve ser capaz apenas de comprovar que é dono da linha que deseja portar e preencher um cadastro com dados como endereço, CPF e telefone.
Na estreia do recurso no país, algumas teles rejeitavam o pedido de portabilidade alegando “inconsistência cadastral”, uma forma de manter o antigo cliente em sua carteira. Com a mudança no grau de exigências para efetuar o pedido, a Anatel espera acelerar a troca de operadoras com a manutenção do número entre as diferentes companhias que atuam no país.
No Brasil, o período máximo que um usuário pode ficar amarrado a uma operadora em função de subsídios na venda de um smartphone é de 12 meses, medida que a Anatel também avalia como importante para estimular a competição. Após um ano, qualquer usuário pode solicitar o desbloqueio gratuito de seu aparelho para uso com qualquer operadora.
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