Crédito poderia dobrar base de pós-pagos
Crédito fácil ampliaria uso de pós-pagos, diz Serasa |
Um estudo do serviço de proteção ao crédito Serasa afirma que mudanças em regras de crediário poderiam duplicar o mercado de celulares pós-pagos no país.
Atualmente, cerca de 80% dos brasileiros que possuem celular têm contratos pré-pagos e menos de 20% têm contratos do tipo pós-pago, mais lucrativo para as operadoras e com tarifas por minuto mais baixas para o usuário.
De acordo com o Serasa, boa parte dos brasileiros das classes C e D gostariam de ter um celular pós-pago, mas encontram dificuldades para comprovar sua renda e obter crédito das operadoras. O Serasa sugere o método de "crédito positivo".
Atualmente, o método mais comum é checar de o usuário tem registros em aberto (inadimplência) no Serasa e checar seu comprovante de renda. O problema é que muitos trabalhadores não atuam na economia formal e não têm como comprovar a renda.
No crédito positivo, o credor pode consultar um banco de dados com os registros das dívidas que o usuário fez na vida e os pagamentos em dia que manteve.
Segundo o Serasa, este método permitiria demonstrar que milhões de brasileiros têm condições de assumir uma conta de celular, o que em até dois anos elevaria de 20% para 36,5% o percentual de celulares sob contrato pós-pago, impulsionando o uso das redes móveis, o faturamento das teles e gerando tarifas por minuto mais baixas para o consumidor.
Nas economias mais ricas do mundo, o percentual de pós-pagos é de 40% dos celulares ativos, diz o Serasa.
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