Tarifação de chamada de voz por minutos no celular está próxima do fim


Tecnologias de banda larga das futuras redes 4G farão com que as operadoras ofereçam pacotes de dados a preço fixo, para uso com voz e internet.

Os donos de celular que já não aguentam pagar pelos minutos excedentes podem descansar tranquilos. A ajuda está a caminho - e virá em alguns anos.

A salvação, nesse caso, serão as novas tecnologias de redes sem fio de quarta geração (4G), como WiMax e LTE. As duas vão possibilitar a oferta de chamadas de voz via IP, em vez de usar a rede celular tradicional.

Isto significa que os usuários não terão qualquer limite na quantidade de minutos; em vez disso, eles pagarão uma taxa única por um plano mensal de dados, que cobrirá serviços de voz e de internet.

"Se você olhar para as comunicações cabeadas dentro de uma empresa, a voz já foi migrada em grande parte para o IP", diz o analista do Gartner, Phil Redman. "Em termos de wireless, as operadoras de celular não tem hoje banda suficiente para oferecer voz sobre IP. Mas, no desenvolvimento futuro da LTE, será tudo sobre IP."

Fase de transição
Redman destaca que as operadoras ainda terão que se apoiar nos planos de minutos durante os estágios iniciais de instalação das redes LTE e WiMax, já que levará algum tempo até que essas tecnologias se tornem onipresentes.

Além disso, usuários que vivem longe das grandes áreas urbanas vão depender da conexão celular para serviços de voz por pelo menos três anos ou mais, depois que as novas redes chegarem.

Mas, uma vez que as redes sem fio IP estiverem funcionando, não fará mais sentido pagar por minutos.

E mesmo se as operadoras ainda quiserem cobrar por minutos, elas irão descobrir que as conexões de banda larga em redes 4G vão atrair, para seus serviços, os usuários de serviços como Skype e TruPhone.

Em outras palavras, as operadoras sem fio estarão migrando para serviços totalmente baseados em IP, quer elas queiram, quer não.

Receita em queda
"Nós já vemos operadoras nas quais a receita com voz está diminuindo, enquanto a receita com dados cresce", conta Phillip Solis, da empresa de pesquisas ABI Research. "Os smartphones estão se tornando menos high end e mais um produto de massa, e os planos de dados estão se tornando mais comuns. As operadoras já começaram a se apoiar menos nas receitas de voz."

Isto coloca um problema à parte para operadoras que, por muito tempo, temeram ganhar o status de "dumb pipes", que só transmitem dados e não oferecem nenhum serviço de valor agregado a seus clientes.

As operadoras têm perdido o sono com a possibilidade de que sua maior fonte de receita no futuro venha de taxas que cobrarão de seus usuários para acessar suas redes.

Apesar de as operadoras ainda poderem fazer dinheiro assim, seria pouco se comparado às somas que elas obtêm hoje. Isso tem levado a uma especulação de que as operadoras poderão oferecer, no futuro, mais serviços baseados em anúncios, onde os usuários baixariam um aplicativo no celular e teriam de assistir a um anúncio de 30 segundos enquanto esperam pelo fim do download, por exemplo.

Mas, independentemente de como as operadoras farão dinheiro no futuro, está bem claro que não será com tarifação de voz. "O fato econômico é que é mais barato fazer voz sobre IP", resume Redman.


(Brad Reed)

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