Nokia 5530 é touch básico, mas nem tanto

Celular musical tem interface divertida e Wi-Fi, porém dispensa 3G e GPS

A nova geração touchscreen da Nokia chegou aos celularesbásicos com o 5530XpressMusic. E o aparelho vai além daqueles concorrentes divertidos com tela sensível ao toque, mas quase sem recursos. Ele manda bem como substituto de iPod, tem o melhor reconhecimento de escrita que já vimos e pode se conectar à internet por Wi-Fi. Só decepciona porque o touchscreen resistivo de 2,9 polegadas não é aquela maravilha para deslizar com o dedo e por ficar devendo 3G eGPS. Seu preço está na média: 699 reais.

Como já dissemos em vários reviews de aparelhos com Symbian, está claro que o sistema operacional precisa de uma recauchutada, pois não parece ter sido desenvolvido especialmente para comandar sem botões. Mas aqui o programa funciona bem. A tela inicial mostra, na barra superior, até 20 contatos com fotos. No centro, ficam as atualizações do e-mail e um player de música. Na parte de baixo, existem quatro atalhos personalizáveis para aplicações, que dão acesso rápido às ferramentas mais utilizadas.

O problema é que nenhum desses widgets é realmente prático, por causa da programação em camadas do Symbian. Para trocar os atalhos, por exemplo, é necessário entrar em Menu > Configurações > Pessoal > Tela inicial > Atalhos. Em seu concorrente Samsung Star, basta arrastar o aplicativo desejado de uma barra lateral para a tela inicial. No entanto, a coisa mais irritante é a necessidade de clicar duas vezes nos links das listas – uma para selecionar e outra para abrir o item desejado. E tudo isso no velho esquema com barras de rolagem, seguindo o estilo do Windows Mobile.

Existem ainda outros recursos interessantes, mas chatos de configurar. Para integrar um contato ao Twitter, por exemplo, é preciso digitar o longo endereço do RSS correspondente na página de configuração da pessoa cadastrada. Imagine o trabalho que daria fazer isso com toda a sua lista de amigos. Detalhe: nesse caso, especificamente, o teclado completo não aparece, obrigando o usuário a escrever por um teclado numérico. Em quase todos os outros aplicativos, como e-mail e navegador, um QWERTY fica disponível quando o aparelho está na horizontal.

Jeitão de frágil



O único botão indispensável para navegar pelas funções do 5530XpressMusic é um sensível ao toque, localizado abaixo da tela, que te leva ao menu principal. Existe também um acima da tela para abrir atalhos de aplicativos de música, vídeo e internet. A tão falada interface háptica é uma frescurinha legal. Ao receber um clique, a tela afunda levemente, passando a impressão de que você realmente está tocando num botão. Além disso, o aparelho dá uma vibrada a cada comando.

Mesmo sendo touchscreen e com design bonitinho, não dá para elogiar o design, por causa do acabamento frágil. Sua tampa sai com muita facilidade, às vezes até quando retiramos a caneta do compartimento especial. Pode ser uma questão subjetiva, mas os concorrentes Samsung Star e LG Cookie aparentam ser mais robustos e bonitos.

Assim como o Nokia 5800, seu irmão maior, o modelo tem um slot na lateral, protegido por uma tampa, para o cartão de memória de 4 GB e para o SIM Card. Tinha tudo para facilitar a sua vida, mas só dificulta: para tirar o microSD, é preciso recorrer ao método de pressioná-lo com uma tampa de caneta. Quanto ao chip, é pior ainda. É necessário remover a tampa e a bateria, depois usar a stylus ou qualquer outro objeto fino para empurrá-lo. O acesso à conexão microUSB também não é dos mais fáceis.

Um celular para curtir



Como o nome já entrega, o 5530XpressMusic manda bem quando o assunto é... música. Mas não traz novidades significativas. Seu player é bem parecido com o dos modelos antigos da Nokia, que mostram a capa do disco somente quando ele está tocando. A escolha das canções é por meio de listas simples. Fora isso, tem um equalizador simples e suporte a rádio FM. Ponto para os alto-falantes com qualidade acima da média para um celular. No mais, vem com um disco da banda Little Joy na memória.

Se o teclado dá mancada em algumas situações, uma boa opção é o reconhecimento de escrita do celular. Ele permite que você desenhe um caractere por cima do outro, agilizando a digitação, inclusive de palavras com acentos. Outras ferramentas que serviriam para deixar o celular mais produtivo, como o navegador e o sistema de e-mails, não são das mais práticas.

Embora a interface tenha os problemas já citados, nossa maior decepção em relação ao aparelho foi com a duração da bateria. Nos testes realizados pelo INFOLAB, ela manteve o celular ligado por apenas 262 minutos, enquanto alguns concorrentes bateram os 500 minutos. Veja o gráfico comparativo abaixo:

Duração da bateria (em minutos)
Barras maiores indicam melhor desempenho em chamadas

Samsung Corby
515

Samsung Star
504

LG Scarlet Phone KB775f
330

Nokia XpressMusic 5530
262

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