Motorola Flipout, um Android contorcionista

Smartphone quadradinho e com teclado QWERTY faz a alegria dos tuiteiros

Marcelo Kura

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O descolado Motorola Flipout é como aquele cara esquisitão, porém gente boa, que todo mundo já conheceu no colégio. Ele chega causando desconfiança, mas aos poucos vai quebrando preconceitos. As "anomalias" do smartphone com Android são o formato de cubo e o teclado giratório – que se abre após um rodopio de 90 graus em torno de si mesmo. A tela achatada também é de se estranhar. No entanto, o aparelho tem visual agradável para redes sociais e bom desempenho. Desbloqueado, ele custa 999 reais.

A primeira impressão de desconforto passada pelo teclado pequeno não se confirma após alguns minutos de uso. Os botões são estreitos, mas facilitam a digitação por causa da leve curvatura. Com as pontas dos dedos, você consegue pressionar rapidamente as teclas corretas, sem se atrapalhar. Dois detalhes positivos são a linha superior com números e os direcionais no canto inferior esquerdo. Caso não queira abrir o teclado físico, o usuário pode trabalhar com o virtual, minúsculo e chatinho de usar.

Com resolução de 320 por 240 pixels, a tela de 2,8 polegadas do smartphone está longe de ser convencional. Ela tem boa sensibilidade, é multitoque e não compromete durante a navegação pelos ícones e atalhos do Android. No entanto, é muito pequena para quem tem pretensões de usar bastante a internet. No browser, fica até difícil de ler os textos em seu tamanho natural ou mesmo clicar nos links sem aplicar bastante zoom. Seria melhor que o navegador ajustasse o conteúdo ao tamanho da tela de forma automática.

Ligadão no Twitter



O Motorola Flipout é o primeiro smartphone testado pelo INFOLAB com sistema Android 2.1 e Motoblur 1.5, a interface da fabricante voltada aos tuiteiros de plantão. Um dos destaques do aparelho é a facilidade com que você consegue acessar redes sociais, com widgets redimensionáveis para visualização e atualização de seus perfis por uma das sete telas iniciais (no Android original, sem o Motoblur, existem apenas três).

Para configurar todas as suas contas de Twitter, Facebook, MySpace, LastFM e demais redes suportadas, basta digitar logins e senhas numa página de cadastro que vai guiando o usuário. As atualizações podem ficar dentro de uma ou várias caixas espalhadas pelas telas de entrada. Elas vêm com ferramentas básicas, como botões de RT e "Curtir".

Se, por um lado, esses quadrinhos de acesso rápido deixam sua vida online ágil, por outro mostra informações que não acabam mais e acabam confundindo. Se você não for um usuário feroz dessas ferramentas, é melhor esquecer a interface personalizada e utilizar programas de gerenciamento comuns do Android, como Seesmic e HootSuite. Assim, sobra mais espaço na home para colocar atalhos e aplicativos diversos.

Desempenho de smartphone top



Por dentro, o Motorola Flipout tem processador Cortex A8, de 600 MHz, o mesmo do Milestone. A memória é de 512 MB, mas um cartão microSD de 2 GB vem junto com o produto. O pacote de conexões é completo, incluindo Wi-Fi, 3G e GPS. Com essa configuração de smartphone top, o aparelho teve bom desempenho nos testes do INFOLAB. Ele suportou sem engasgos vários programas trabalhando simultaneamente.

A câmera de 3,1 megapixels não chega a ser maravilhosa, mas é cheia de recursos interessantes. O modo panorâmico, por exemplo, é fácil e divertido de usar – basta clicar a primeira cena e girar seu corpo juntamente com o aparelho. De forma automática, a câmera tira várias fotos do ambiente para juntá-las depois.

Sempre criticado pela falta de opções de controle multimídia, no Flipout o Android ganhou um reforço interessante, o Connected Media Player, que acessa letras de músicas, capas de discos e até vídeos referentes à faixa que está sendo executada no momento. Porém, esse aplicativo não é tão bonito quanto o desenvolvido pela Sony Ericsson ou vários outros encontrados no Android Market.

Vale destacar duas funções que ajudam a diminuir a gastança com plano de dados. A primeira mostra quantos Kb o usuário baixou num dia e qual foi a banda usada (Wi-Fi ou 3G). A segunda é um botão para ligar e desligar a atualização de redes sociais.

Nessa onda de incrementar o Android, a Motorola também resolveu criar uma loja própria de aplicativos, a Shop4Apps. A fabricante promete programas específicos para determinados aparelhos, além dos desenvolvidos por outras pessoas. Seria um concorrente preocupante para o Android Market? Em princípio, o foco dessa novidade parecem ser jogos gratuitos e pagos, encontrados aos montes nas listas dos mais baixados.

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