Em SP, Mitnick hackeia iPhone ao vivo

Em SP, Mitnick hackeia iPhone ao vivo

Em SP, Mitnick hackeia iPhone ao vivo
O ex-cracker e hoje consultor de segurança, Kevin Mitnik; para ele, roteadores Wi-Fi são dispositivos baratos e descartáveis
Vinicius Aguiari, de INFO Online
Quinta-feira, 30 de setembro de 2010 - 15h34

Kevin Mitnick, o hacker mais famoso da história da tecnologia, fez uma apresentação, hoje, em São Paulo mostrando como se defender de ataques digitais.

Equipado com três laptops (um Macbook, um Dell e um Acer Ferrari) sobre uma bancada e um modem roteador, Mitnick também mostrou como fraudar sistemas.

Nem todas suas tentativas foram bem-sucedidas -- segundo ele, devido à velocidade precária da conexão do hotel-- porém, mesmo assim, capazes de impressionar.

Mitcnik partiu de considerações básicas para a captura de informações, como o uso de Keyloggers (programas que registram as informações digitadas no teclado).

Ele também ressaltou a vulnerabilidade dos roteadores Wi-Fi. "Se uma pessoa precisa invadir uma empresa, ela vai tentar primeiro capturar informações de seu executivo, invadindo o seu modem Wi-Fi doméstico", explicou o ex-hacker, hoje consultor em segurança. Para Mitcnik, roteadores Wi-Fi domésticos são dispositivos "baratos" e "descartáveis".

Em outra demonstração, o ex-cracker alterou o preço de um laptop de 2 700 dólares para meros 5 dólares em uma loja virtual alterando o código HTML da página.

"É uma pena, porque nesse mesmo momento que eu faço essa exibição, milhares de lojas online ainda apresentam essa falha básica", apontou ele.Por último, o americano fez um exemplo de engenharia social ao hacker o iPhone  de uma pessoa da plateia. Em seguida, ele o usou para enviar mensagens SMS de forma remota e sem que o proprietário desconfiasse da prática.

"Nós não estamos seguros ainda hoje. Os desenvolvedores de ataques mudam suas estratégias à todo momento", disse Mitcnik à INFO. "A cada vez que a indústria da segurança desenvolve sistemas mais seguros, os hackers encontram formas inovadoras de frauda-los", apontou ele.

Segundo o ex-cracker, que ficou preso entre os anos de 1995 e 2000 e ficou proibido de usar a internet por três anos após ser solto, a ideologia dos crackers mudou ao longo dos anos.

"Na minha época, nós invadíamos os sistemas motivados pelo desafio e pela curiosidade. Hoje, eles [os hackers] o fazem visando o lucro. Pegue a rede russa de hackers, por exemplo. Eles são uma organização sofisticada e organizada que tem como objetivo roubar informações sobre tecnologia, metadados e pesquisas de grandes empresas, além das informações de milhares de contas bancárias", apontou Mitcnik.

Apesar dos ataques constantes, Mitcnik não afirma que os crackers estão à frente das equipes de segurança. "Eu participo de conferências de segurança ao redor do mundo onde os pesquisadores expõem vulnerabilidades que precisam ser resolvidas. Então, nós temos os pesquisadores encontrando essas falhas e as companhias procurando solucioná-las. Os hackers agem nesse espaço de tempo entre um processo e outro", explicou ele. 

Kevin Mitnick veio ao Brasil a convite da empresa MIPC Informática, especializada em soluções de cloud computing.  

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