Fabricante de iPad e iPhone pretende adotar 1 milhão de robôs

Foxconn aposta nas máquinas para acompanhar demanda, reduzir custos e compensar falta de mão de obra


A Foxconn, fabricante do iPhone e do iPad, ambos da Apple, quer apoiar-se maciçamente em robôs nos próximos anos. A economia obtida com mão de obra poderá, assim, ser empregada em pesquisa e desenvolvimento.

A revelação foi feita pelo CEO Terry Gou em palestra na unidade da empresa em Shenzhen, na China. A Foxconn confirmou partes do conteúdo da apresentação, mas recusou-se a detalhar o nível de automação que pretende aplicar.

No entanto, jornais chineses têm informado que a empresa de Gou pretende instalar 1 milhão de robôs nos próximos três anos para efetuar tarefas rotineiras de montagem. Atualmente a Foxconn utiliza 10 mil robôs.

A Foxconn precisa automatizar mais seu processo de manufatura para lidar com questões como a escassez de mão de obra e a concorrência, avaliou Amy Teng, analista da empresa de pesquisas Gartner.

Reputação
A empresa de Taiwan tem mais de 1 milhão de empregados, boa parte em fábricas na China continental. A Foxconn é uma das maiores produtoras de eletrônicos e, além da Apple, produz para empresas como HP, Sony e Nintendo.

A companhia, contudo, viu sua reputação prejudicada após uma onda de suicídios que teve início nas fábricas da Foxconn na China. No ano passado, foram 18 tentativas de suicídio, que resultaram em 14 mortes (quase todas envolvendo pessoas que pularam dos prédios da companhia), de acordo com grupo Students & Scholars Against Corporate Misbehavior. 

Más condições de trabalho e longos períodos de trabalho têm sido apontados como razões dos suicídios, o que fez com que a Apple enviasse Tim Cook, COO da Apple, para investigar os incidentes. A Foxconn promoveu algumas medidas, como criar um número de telefone que funciona 24 horas por dia para dar suporte aos trabalhadores, além de instalar redes de descanso nas instalações das fábricas.

Em declaração, a empresa afirmou que permite que os funcionários trabalhem no máximo 60 horas por semana, incluindo horas extras, e que a empresa paga os maiores salários do setor. 

No Brasil
A fábrica taiwanesa tem planos para se instalar no país desde novembro de ano passado, contudo, a data vem sendo adiada consecutivamente.

Em entrevista à Agência Brasil em junho deste ano, o ministro da Ciência e Tecnologia Aloizio Mercadante afirmou que a fabricante passou de julho para setembro de 2011 o início das atividades da nova unidade. O motivo seria a dificuldade no recrutamento de engenheiros, além de obras viárias em Jundiaí (SP).

De acordo com a agência de notícias, a Foxconn já havia contratado 175 profissionais, que foram enviados para treinamento na China. Mas ainda seriam necessários mais 200.  "Temos um problema de escassez de mão de obra em algumas áreas", avaliou o ministro, à época.


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