Nexus 7: a máquina de consumir conteúdo do Google

Novo Nexus 7 já vem integrado aos serviços de nuvem do Google - Divulgação

O lançamento do Nexus 7, realizado em julho de 2012, provou que o Google é uma empresa muito paciente. Mesmo com o mercado repleto de tablets com o seu sistema operacional, o Android, a companhia avaliou com cautela a movimentação dos rivais para só então apresentar sua solução oficial para o consumo de conteúdo digital – o rival perfeito para o dispositivo da Amazon, o Kindle Fire.

Não que o iPad, da Apple, não esteja na mira do Google também com esse lançamento, mas a verdade é que os dois possuem diferenças gritantes, e óbvias, que dificultam uma comparação completa. Talvez a companhia liderada por Tim Cook lance um produto de 7 polegadas para explorar essa tendência.

O Nexus foi criado junto com um modelo de negócios similar aos das operadoras de telefonia celular. Muitas vezes, elas abrem mão do lucro com os aparelhos para aumentar sua margem de retorno com serviços prestados, como pacotes de dados e mensagens SMS. No caso do Google, os serviços incluem a venda de vídeos, músicas, livros eletrônicos e aplicativos através de sua loja virtual, a Play. Confira a seguir o review do novo tablete do Google.

Características

Tela - 7 polegadas
Resolução - 1280 x 800 pixels
Processador - 1,2 Ghz quad-core Tegra 3
Memória - 1 GB DDR3
Capacidade - 8 ou 16 GB
Sistema Operacional - Android 4.1(Jelly Bean)
Dimensões - 198,5 x 120 x 10,45 mm
Câmera frontal - 1,2 megapíxel
Câmera traseira - Não oferece
Duração da bateria
- 10 horas
Preço - 199 dólares(8 GB) e 249 dólares(16GB)

Especificações técnicas

O tablet oficial do Google é pequeno, mas não decepciona. Sua tela de 7 polegadas é bem nítida e brilhante, com resolução de 1280 por 800 pixels, e capacidade de apresentar 216 pixels por polegada. Para efeito de comparação, a tecnologia Retina Display da Apple, presente nos iPhones, iPads e computadores da linha MacBook, é capaz de reproduzir, no mínimo, 264 ppi. Em todos os casos, o resultado é a melhora na qualidade de exibição de vídeos, fotos e aplicativos em alta resolução.

Com quatro núcleos e 1,2 Ghz, o processador é um dos trunfos principais do tablet. Aliado à memória RAM de 1 GB e a um chip gráfico de 12 núcleos da nVidia, ele favorece a execução de aplicativos pesados – principalmente jogos – sem exigir muito do hardware. Mesmo com toda essa capacidade, o aparelho conseguiu manter o padrão de mercado em relação à duração da bateria. São cerca de 10 horas de uso contínuo.

O tablete apresenta apenas uma câmera, a frontal, de 1,2 megapixel, utilizada para videoconferências. A câmera traseira, geralmente mais avançada, ficou de fora do projeto. Outro detalhe curioso é a falta de um modelo com antena 3G, o que possibilita apenas a conexão com redes Wi-Fi – o que pode desanimar os usuários que apostam na mobilidade do produto.

Desenho do Nexus 7 transforma o tablet uma alternativa confortável para o usuário



O Google optou por duas versões do Nexus 7, uma com 8 GB e outra com 16 GB de armazenamento interno para programas e conteúdo – ambas sem slot para cartões de memória. As medidas do aparelho são (altura, largura e profundidade): 198,5 x 120 x 10,45 milímetros, com peso de 340 gramas.

Sistema operacional

O Nexus 7 roda a última versão do Android, a 4.1, conhecida como Jelly Bean. Ela traz várias inovações em ralação às suas antecessoras, incluindo uma interface simplificada para facilitar a interação com usuários iniciantes. O serviço de busca por voz também recebeu uma atualização, agora o sistema tem um tempo de resposta mais rápido e é capaz de entender muito bem o português falado no Brasil.

Outra novidade é a presença do Google Now, que funciona como uma espécie de assistente pessoal do usuário, oferecendo informações com base na sua localização geográfica e gostos pessoais. Ele puxa os dados diretamente da conta do Google e dos serviços presentes no smartphone, como o GPS.

Experiência de uso

Os tablets de 7 polegadas não são exatamente novos no mercado, mas o Google se esforçou para lançar um produto diferenciado. Ao segurar o dispositivo na mão pela primeira vez, a sensação é de conforto. Ele se encaixa perfeitamente nas mãos, cortesia do fundo plástico com textura emborrachada.

Seu tamanho é ideal para a leitura de livros digitais. Além disso, o brilho e a definição da tela proporcionam uma ótima experiência na hora de assistir a vídeos, ver fotos ou mesmo utilizar aplicativos que fazem uso dos recursos audiovisuais do aparelho.

O processador é capaz de aguentar os programas e jogos mais pesados sem reclamar – ou esquentar muito. A diferença pode ser notada na interface também, que roda de forma extremamente rápida e sem travar.

James Della Valle

Além de ser rápido, a interface do Nexus 7 responde bem aos comandos



Aparentemente, o Google não gosta de cartões de memória em seus aparelhos. Talvez seja uma influência da Apple. Por exemplo, o smartphone Galaxy Nexus saiu de fábrica sem o slot para o padrão microSD, comum em outros dispositivos da categoria. O Nexus 7 segue o mesmo padrão. Outro problema do aparelho é a falta de uma versão com conectividade 3G, o que limita muito a mobilidade do produto entre casa e escritório – onde as pessoas costumam mudar para a rede Wi-Fi.

Apesar da velocidade e da qualidade da tela, pelo menos nos Estados Unidos, o preço é o maior atrativo do produto. Por 199 dólares, ele apresenta um hardware muito superior ao do seu principal competidor, o Kindle Fire, da Amazon. Isso abre um precedente para a popularização dos dispositivos da categoria que, em média, custam 400 dólares. Se você não liga para o tamanho da tela, essa é a melhor opção do mercado de dispositivos de 7 polegadas.

O que é bom

- Tela de alta resolução é ótima para consumir conteúdo como fotos e vídeos

- Design e tamanho proporciaonam conforto na hora de acessar conteúdo

- Preço torna o aparelho mais acessível, pelo menos fora do Brasil

O que é ruim

- Não possui uma câmera traseira para a captura de fotos e vídeos

- Não traz slot para a utilização de cartões de memória

- Não é capaz de se conectar às redes 3G. Usuário fica preso ao Wi-Fi

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