Blackberry têm mais componentes que provocam alergias do que o iPhone

A batalha entre o Blackberry e o iPhone dura desde o lançamento, em 2007, do telemóvel da Apple, porém, em questões de saúde quem ganha é o segundo smartphone.

Aproximadamente um terço de todos os Blackberry contêm níquel e cobalto, porém nem os iPhones ou outros equipamentos com sistema Android têm presente qualquer um destes elementos passíveis de causarem alergias, segundo um estudo apresentado na reunião cientifica anual do Colégio Americano de Alergia, Asma e Imunologia (ACAAI).

Os sintomas de alergia ao níquel e cobalto podem incluir vermelhidão, inchaço, prurido, eczemas, pústulas, lesões cutâneas e, noutras ocasiões, cicatrizes.

«Os dois metais podem causar uma reacção alérgica incluindo a secura da pele, causando comichão na face, maxilar e orelhas», explica a especialista em alergias Tânia Mucci, principal autora do estudo e membro do ACAAI.

Os modelos flip, telemóveis menos populares, também revelaram níveis de níquel e cobalto, dois metais que são usados frequentemente em artigos como jóias, moedas e inclusivamente maquilhagem, segundo a investigação, publicada nos Anais de Alergia, Asma e Imunologia.

O níquel é um dos metais que mais alergia provoca quando em contacto com os humanos, afectando cerca de 17% das mulheres e 3% dos homens.

«Os pacientes alérgicos a níquel e cobalto devem optar por um equipamento iPhone ou Android para reduzir a probabilidade de ter uma reacção alérgica», disse, por sua vez, o especialista em alergias Luz Fonacier, também membro da equipa de investigação e do ACAAI.

Por outro lado, recomenda aos utilizadores de Blackberry com alergias que evitem conversações prolongadas, mensagens de texto e o manuseamento dos seus equipamentos se começarem a notar os sintomas.