Huawei Ascend P6: um Android muito fino com carinha de iPhone

Capa Huawei L6

Por algum motivo, fabricantes travam uma corrida espacial para lançar smartphones cada vez mais finos. Dizemos "algum motivo" pois realmente não sabemos qual é, pois isso não traz nenhum benefício para o usuário e, muitas vezes, não é sinônimo de beleza. Mais do que isso, compromete a resistência mecânica do aparelho, além de diminuir o espaço para comportar uma bateria de maior capacidade. Entre uma bateria maior e um design inspirado em facas de cozinha, preferimos a bateria.

O Huawei Ascend P6 é diferente, e até alguns meses atrás era o modelo mais fino do mundo com seus 6,18 milímetros (na data de publicação deste artigo o posto era do Vivo X3, com ignorantes 5,75 milímetros). Essa espessura faz um iPhone 5S parecer gordo demais, e escolhemos o iPhone como modelo de comparação devido ao design do P6, que veremos com mais detalhes adiante.

Design

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Huawei Ascend P6
Huawei Ascend P6 slideshow lupa

É impossível olhar para o Ascend P6 e não lembrar de um iPhone. Ele parece um iPhone 4/4S muito mais fino e com tela maior (acreditamos até que, se ele rodasse o iOS, alguns usuários iriam gostam bastante). São 4,7 polegadas e resolução de 720x1280, além de tecnologia LCD e IPS para melhorar os ângulos de visão. O usuário ficará bastante satisfeito nesse quesito, já que resulta na confortável densidade de pixels de 312 pontos por polegada.

A semelhança com um iPhone e espessura bastante fina são duas características que já dizem muito sobre o aspecto geral do P6, mas ele vem com um detalhe importante: sua parte de baixo é arredondada e de plástico, algo em que não vimos muita utilidade até realizarmos nossos testes de câmera. Quando o posicionamos para tirar fotos, esse detalhe se tornou bastante importante pelo conforto maior que fornece às mãos, além do baixo peso de 120 gramas.

Um ponto que nos deixou bastante satisfeitos foi a atualização da Emotion UI, agora na versão 1.6, que eliminou as transições no formato página. Sério, aquilo era muito feio, um ponto bem negativo no Ascend G510 que testamos aqui há algum tempo. Agora as transições são parecidas com as do Android puro, mas, novamente, temos aqui uma outra cópia do iPhone: os ícones são muito parecidos com os do iOS 6, assim como não há um menu onde todos os aplicativos ficam listados. Tudo fica posicionado na tela inicial.

Afirmar que o Ascend P6 "copiou" o iPhone (e o iOS, por tabela) seria um pouco pesado. Algo como "semelhança altamente precisa e rica em detalhes" soaria menos conflitoso. O projetista do Ascend P6 pode usar um iPhone, vai saber? De qualque forma, cópias costumam desvalorizar o produto e não chamar a atenção dos usuários, ainda mais quando se trata de uma cópia de outra plataforma.

Performance

Temos um caso interessante aqui. Quem acompanha os lançamentos de smartphones já percebeu que, via de regra, eles sempre trazem um chip Qualcomm (S4 Pro, Snapdragon 800) – isso corresponde a uns 90% dos modelos mais avançados. Alguns, um pouco hipsters, são equipados com o Tegra 4 da NVIDIA, mas no geral esse é um fator que diferencia muito pouco um modelo de outro (para sermos sinceros, parece que fabricantes se acomodaram e simplesmente escolhem o chip que parece mais potente para a ocasião).

A Huawei seguiu um caminho diferente e projetou seu próprio chip, o K3V2, ao estilo Apple. Fabricado pela HiSilicon, ele é um quad-core rodando a 1,5 GHz com núcleos baseados no Cortex A9, 2 GB de memória RAM de 32 Bits em dual-channel e GPU com 16 núcleos de processamento. O foco, segundo a empresa, é na eficiencia por clock e baixo consumo de energia, além de otimizações internas. 

O resultado? O K3V2 nos pareceu perfeitamente integrado ao Android 4.2 Jelly Bean e à interface Emotion UI, sendo bastante rápido e raramente apresentando travamentos. Em jogos ele também se dá muito bem, mas apresenta drop frames em alguns momentos em títulos hardcore, como Real Racing 3 e Asphalt 8, embora não chegue a travar. O multitarefa também é bastante competente, graças aos 2 GB de memória RAM.

A versão que recebemos suporta somente um chip SIM. O outro slot ficou reservado ao cartão microSD (suporte para até 32 GB). A memória interna de 16 GB está dentro do esperado, sendo regra em qualquer modelo top com Android, e a bateria de 2000 mAh foi o suficiente para aguentar até um dia e meio fora da tomada. Essa é uma excelente notícia, pois raros são os modelos Android que sobrevivem mais de um dia com uma bateria dessa capacidade.

Câmera e extras

A câmera frontal, com 8 megapixels com HDR, filma em Full HD a 30 frames por segundo e possui basicamente a mesma performance de grande parte dos modelos nessa faixa de preços. Nossa surpresa veio com os 5 megapixels da câmera traseira. Alguns modelos mal trazem essa quantidade de pixels na câmera traseira, mas, mesmo assim, ela só filma em 720p. A qualidade de ambas é mediana, mesmo em situações de baixa luz, e o usuário estará bem servido nesse quesito.

Nos extras, sentimos falta do suporte a redes 4G (em qualquer versão) e ao NFC, o que faz do P6 um intermediário, já que são características essenciais em modelos top de linha:

  • GPS com A-GPS e GLONASS
  • Bluetooth 3.0 (com a versão 4.0 por aí há tanto tempo)
  • Rádio FM
  • Wifi b/g/n
  • DLNA
  • Driver de áudio Dolby Digital, que melhora um pouco o áudio quando utilizado com fones de ouvido

Na embalagem temos o Ascend P6, fones de ouvido, carregador de tomada, cabo micro USB (que são idênticos ao do iPhone. Já dissemos que ele se parece com um iPhone alguma vez?) e manuais.

Conclusão

O Huawei Acend P6 pode ser encontrado por cerca de R$ 1.400, preço compatível com os recursos que oferece. Infelizmente, ele peca em não ser um modelo 4G, além da ausência do NFC, então ele não poderia ser muito mais caro do que isso. Considerando seu conjunto e a nossa péssima infraestrutura 4G, ele se torna um modelo interessante para quem quer um smartphone rápido, com tela de qualidade de boa autonomia de bateria e está cansado de Galaxies, Optimus e Xperias.

O maior defeito do P6 é ser extremamente parecido com o iPhone. Em nossa opinião, é melhor ter um design que poderia ser considerado feio por alguns do que imitar a concorrência. Smartphones devem ser originais para terem a fidelidade do usuário, devem ter identidade e, principalmente, devem ser identificados como únicos. No caso do P6, porém, o usuário pode até gostar da semelhança com o iPhone, a princípio, mas dificilmente se tornará fã de uma marca que copia até a interface de outro modelo. São coincidências demais para considerarmos  semelhanças acidentais.

Vantagens

  • Bom desempenho para qualquer tarefa;
  • Atualização garantida da Huawei para a versão 4.4 do Android, a KitKat;
  • Autonomia de bateria acima da média;
  • Tela de tamanho ideal e de boa qualidade;
  • Câmeras dentro do esperado;
  • Áudio com qualidade Dolby Digital.

Desvantagens

  • Como dissemos acima, o usuário estará comprando um iPhone e levando um Android (só faltou sincronia com o iCloud);
  • Ausência de 4G e NFC;
  • O modelo dual-chip não possui slot para cartões microSD.

Matéria completa: http://canaltech.com.br/analise/smartphones/Huawei-Ascend-P6-um-Android-muito-fino-com-carinha-de-iPhone/#ixzz2mdqu2Ils
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