WhatsApp azul" e versões para desktop: golpes ou realidade?

WhatsApp


A compra do WhatsApp continua dando o que falar, mesmo uma semana após seu anúncio oficial. E não, toda essa atenção nem sempre tem a ver com o valor exorbitante, de US$ 16 bilhões, pago pelo Facebook, com as quedas sofridas em seu primeiro final de semana após a aquisição ou com a possibilidade do serviço ser integrado à rede social de alguma maneira. Pelo contrário, a notícia já vem sendo utilizada para espalhar informações falsas ou disseminar malwares.

A Trend Micro, por exemplo, emitiu alerta nesta quarta-feira (26) sobre um email falso que já está circulando por aí e promete o lançamento de uma versão para o WhatsApp para computadores. De acordo com a mensagem, a mudança seria um dos primeiros projetos sob a gestão do Facebook e já estaria até mesmo em fase de testes.

A notícia, animadora para muitos, vem acompanhada de um link para download desse Beta. Só que, em vez do aplicativo de mensagem, o usuário está baixando um malware dedicado ao roubo de informações bancárias e capaz de acessar as senhas salvas no navegador e enviá-las para um servidor remoto. De acordo com a firma de segurança, o golpe parece ser destinado diretamente aos brasileiros, já que apresenta informações e telas de confirmação em português.

Segundo a Trend Micro, o nível de sucesso desse golpe ainda é baixo, mas tem aumentado de maneira preocupante. A empresa informa que cerca de 3% dos usuários que receberam a mensagem acabaram realizando o download do aplicativo, que também envia mais emails para a lista de contatos do infectado e pode resultar em uma disseminação maior da praga.

Malware WhatsappCaptura do email que vem sendo enviado pelos criminosos

As orientações para evitar esse tipo de coisa são sempre as mesmas: não clicar em links enviados por email a não ser que tenha certeza absoluta de que aquele download é legítimo. Além disso, é importante manter antivírus e firewalls sempre ativados e atualizados, de forma a garantir uma camada extra de proteção.

É importante lembrar que, pelo menos até o momento, não existe nenhuma confirmação sobre a existência de uma versão do WhatsApp para desktops. Pode até ser que ela exista um dia, levando em conta a concorrência de apps como o Viber ou o Telegram, mas até então, a única palavra do Facebook sobre sua mais nova aquisição é que tudo continua como está e nada será modificado no futuro próximo.

Isso vale também para mensagens que circulam principalmente pela rede social, afirmando que o mensageiro será integrado ao Facebook Messenger ou, ainda, ganhará opções automatizadas para compartilhamento de imagens na linha do tempo da rede social. Nada foi falado sobre nenhuma destas questões e a segunda, principalmente, constitui uma quebra gritante da privacidade de seus usuários.

A “evolução” do WhatsApp?

Quem usava o saudoso MSN em meados dos anos 2000 deve se lembrar do Plus, um aplicativo que permitia diversas alterações no funcionamento do messenger, como emoticons diferentes, maior personalização de cores e modificações que tornavam o aplicativo mais prático e divertido de se usar. Ao que parece, esse saudosismo motivou a criação de uma versão semelhante, só que agora no mundo mobile.

Chamado de WhatsApp+, o aplicativo não disponível na loja online Google Play vem sendo chamado pelos usuários também de “WhatsApp azul”. Devido à cor, claro, sua existência também vem sendo atribuída à negociação com o Facebook, uma informação que não é correta. Não existe nenhum tipo de relação entre a rede social e o aplicativo.

O WhatsApp+ é obra do desenvolvedor Osama Ghareeb, que é especialista em modificar ou crackear aplicativos oficiais para o Android. É justamente por esse motivo que muitas de suas obras não estão disponíveis na Google Play Store, já que essa prática não é permitida segundo as normas de uso da empresa. Segundo o contador disponível no site oficial, a versão azul do mensageiro já teve mais de quatro milhões de downloads.

Além do WhatsApp+, Ghareeb também é responsável pelo lançamento de uma versão modificada do aplicativo oficial do YouTube. Além da tão pedida possibilidade de reproduzir vídeos em segundo plano, como se fosse um player de música, o app permite o download dos clipes diretamente para a memória do aparelho, além de conversões para formatos como MP4 e MP3.

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Ghareeb não respondeu aos pedidos de entrevista enviados pelo Canaltech, mas em seu perfil no Twitter, afirma que sua versão do WhatsApp é legítima e não traz nenhum risco para quem a utiliza. Trata-se meramente de uma modificação, que adiciona novas funções e vem “crackeada”, ou seja, não exige o pagamento que é de praxe após o primeiro ano de utilização do aplicativo.

São diversas as mudanças trazidas pelo WhatsApp+, como a possibilidade de modificar cores do próprio nome, dos balões de conversa e da interface do aplicativo, desativar a compressão de imagens enviadas e aumentar o tamanho máximo de upload de arquivos para até 50 MB. Além disso, o app permite o envio de dados anteriormente não permitidos, como músicas.

Ainda, opções de privacidade avançadas permitem que o usuário desative a notificação que indica sua presença online naquele momento e a desativação em massa de notificações. Dá para, por exemplo, silenciar todas as mensagens de grupo momentaneamente ou fazer o mesmo com os contatos individuais, de forma que as mensagens sejam recebidas sem que o celular dê nenhuma indicação de que isso aconteceu.

Para realizar a instalação, é preciso baixar o WhatsApp+ a partir do site oficial e carregá-lo no celular a partir de um cartão SD. Para executar, também é preciso acessar o menu de configurações do Android e permitir que apps de fontes não oficiais sejam rodados no aparelho. Também é preciso desinstalar a versão oficial do mensageiro antes de realizar o processo.

As fontes disponíveis sobre o assunto na internet são poucas e, em sua maioria, blogs que disponibilizam o download da aplicação. Não existem informações sobre o WhatsApp+ representando um risco à segurança de seus usuários, mas na mesma medida, também não existem relatos de problemas relacionados a ele. O processo, como indica o próprio Google, deve ser feito pela conta e risco dos próprios usuários e não é recomendado.





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