Vivo e TIM têm 72% dos usuários de celulares 4G no Brasil

A concentração no novo mercado de telefonia celular de quarta geração (4G) acionou um sinal de alerta na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que passou a acompanhar o segmento mais de perto para entender o que está acontecendo. A oferta de planos foi iniciada no ano passado por meio das licenças de serviço na faixa de 2,5 gigahertz (Ghz), compradas pelas operadoras em junho de 2012.

Vivo e TIM têm 72% dos usuários da tecnologia 4G, segundo dados de janeiro deste ano. A Vivo é líder, sozinha, em 13 Estados mais o Distrito Federal, se forem considerados os dados por unidade da federação, de dezembro. Em alguns Estados, a Vivo atende a quase 100% dos usuários do novo padrão tecnológico. Ela tem, por exemplo, 84% do mercado no Espírito Santo.

A TIM ocupava a liderança no mercado 4G em 11 Estados, em dezembro. A maior concentração foi registrada no Paraná, com 65% dos acessos da nova tecnologia no fim do ano passado. Oi e Claro respondem por fatias mais tímidas. Juntas, as duas operadoras tinham, em janeiro, 28% do mercado nacional de 4G.

Mesmo diante dos sinais de concentração no 4G, o superintendente de Competição da Anatel, Carlos Baigorri, considera que não é o momento de intervir. Segundo ele, a agência constatou que não há qualquer "barreira artificial" que tenha tornado a disputa desleal entre as companhias.

"Não percebemos qualquer concentração danosa. Este aparente desequilíbrio é explicado pelas diferentes estratégicas assumidas pelas operadoras, algumas se mostraram mais eficientes", disse Baigorri. Ele comanda a área técnica criada na recente reestruturação da Anatel. A superintendência tem como uma de suas funções identificar a existência de aspectos anticoncorrenciais no setor de telecomunicações. Segundo ele, havendo algum tipo de comportamento prejudicial à competição, o órgão irá agir - a exemplo de medidas tomadas no mercado de transporte de dados no atacado.

"É muito prematuro fazer análise isolada do 4G. Hoje, o crescimento da base se dá basicamente pelo estímulo à venda das novas versões de aparelhos que vêm com a nova tecnologia", afirmou o presidente da consultoria Teleco, Eduardo Tude. Ele considera que a avaliação do mercado de banda larga móvel deve, necessariamente, abranger a terceira geração (3G). Tude avalia que a Claro, por exemplo, não despontou no segmento de 4G por ainda querer colher os frutos de investimentos na redes 3G. Ele ressalta que esta é a operadora que possui a maior parte dos clientes ativos na plataforma 3G, e não na geração tecnológica anterior (2G).

Por meio da assessoria, a Claro informou possuir a maior cobertura 4G do país, com presença em 76 cidades. A prestadora segue uma estratégia semelhante à da Vivo. A duas empresas informaram que possuem 100% dos clientes da nova tecnologia em planos pós-pago.

Questionada, a TIM respondeu que bastam os clientes terem um aparelho e um chip da operadora compatível com a rede 4G para terem acesso à nova tecnologia. Segundo a operadora, os planos de serviço são os mesmos do padrão anterior, sem cobrança adicional. A tele informou que, "em breve", lançará planos pré-pago para 4G.

O diretor da Vivo Christian Gebara afirma que os clientes migraram da 3G, ao buscarem aparelhos com tecnologias mais avançadas. Os clientes, segundo ele, são atraídos pelos planos de internet que chegam a ser até dez vezes mais rápidos que o padrão anterior.

Sócio da consultoria Orion e ex-ministro das Comunicações, Juarez Quadros considera que a presença do 4G no país ainda é muito limitada. Segundo ele, havia expectativa que a nova tecnologia crescesse de forma mais acentuada para ajudar a desafogar as redes 3G. "O uso do 4G poderia representar, em tese, um alívio para o 3G, que está com a qualidade do serviço sofrível", observou.

Quadros afirma que as operadoras estão cumprindo basicamente o cronograma de implantação dos serviços exigido pela Anatel, focando os investimentos nas obrigações de cobertura e qualidade exigidas pela agência. Segundo ele, o ritmo de entrega de equipamento e instalação de estações de transmissões pelos fornecedores está aquém da expectativa.

O presidente da Teleco considera que o padrão 4G continuará crescendo, mas 2014 será o ano do 3G. "Esta será a principal tecnologia de celular no Brasil este ano. Isso porque o número de terminais 2G será finalmente superado e os preços de smartphones 3G ainda são os mais acessíveis para a massa de usuários no país", disse. Em janeiro, a base de clientes 4G representou 1,5% do segmento da banda larga móvel do país.




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