Lance da Sprint pela T-Mobile reforça onda global de fusões


Dan Hesse, da Sprint: incertezas sobre comando da empresa combinada

A forte onda de fusões de empresas de telecomunicações que está em curso na Europa continua a crescer também nos Estados Unidos. Ontem, agências de notícias internacionais informaram que a Sprint Corp, da companhia japonesa SoftBank, teria fechado um acordo para aquisição da T-Mobile US por cerca de US$ 40 por ação. Se confirmado, o negócio unirá a terceira e a quarta maior operadora de telefonia do mercado americano. A transação poderia envolver de US$ 30 bilhões a US$ 50 bilhões.

A notícia não é boa para a AT&T e Verizon, que passarão a enfrentar um concorrente muito mais forte. As informações são de que a Sprint vai oferecer 50% do pagamento em ações e 50% em dinheiro. A Deutsche Telekom, da Alemanha, que detém 67% da T-Mobile, ficaria com uma participação de 15% a 20% na nova empresa combinada.

Por mais que os chefes da Sprint e da T-Mobile tentem demonstrar que o negócio traria vantagens para os consumidores, os órgãos reguladores americanos não "engolem" os argumentos. Para fechar a transação, as duas companhias terão de ser muito mais convincentes.

As incertezas derrubaram as ações das duas companhias ontem, na Nyse, a bolsa de Nova York. A ação da T-Mobile foi cotada em US$ 33,49, queda de 2,3% em relação a quarta-feira. O papel da Sprint recuou 4,04%, para R$ 9,02.

Em Frankfurt, o papel da Deutsche Telekom foi valorizado em 0,64%, para € 12,49. O papel da SoftBank também fechou em alta de 0,32%, para 7.817 ienes na bolsa de Tóquio. Em volume, o crescimento foi de 9,6%, o que beneficiou seus concorrentes naquele mercado: KDDI e NTT CoCoMo.

A SoftBank tem procurado promover o crescimento da Sprint por meio de consolidação, seguindo a tendência do setor.

Nenhuma das empresas envolvidas quis comentar o assunto. Há cerca de um mês, o executivo-chefe da Sprint, Dan Hesse, disse em uma entrevista à Bloomberg Television que não se incomodaria se não fosse o profissional a comandar uma empresa combinada. "Ainda tenho muitas coisas a fazer na vida", afirmou.

O que não deve faltar são empresas oriundas de fusões para serem administradas. Entre os recentes negócios estão o acordo fechado pela americana Verizon para comprar a participação da britânica Vodafone na joint venture que mantinha na Verizon para serviços móveis nos Estados Unidos. O acordo foi fechado por US$ 130 bilhões. A Comcast e a Time Warner Cable também anunciaram uma fusão, e a AT&T comprou a DirecTV, que atua no mercado brasileiro por meio da subsidiária Sky, por US$ 48 bilhões.

O mercado tem expectativa ainda de que outros negócios sejam fechados. A presença da AT&T no Brasil tem colocado a imaginação dos analistas para trabalhar. É difícil de considerar que a AT&T mantenha a operação da Sky apenas com TV por assinatura e o recente negócios de banda larga. Por isso, as atenções têm se voltado para a Nextel, da NII Holdings, que tem uma rede de serviços móveis, embora pequena, para a TIM, da Telecom Italia, e a GVT, da francesa Vivendi.

O presidente da GVT, Amos Genish, é o que mais resiste em falar de venda da companhia. Mas a tele é saudável e tem sido cobiçada pelo grupo italiano

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