Xiaomi espera vender 60 milhões de smartphones em 2014







No último dia 15 de maio, Lei Jun, executivo de tecnologia da chinesa Xiaomi, levou milhares de conterrâneos ao delírio no Centro de Convenções Nacional da China, em Pequim. O motivo: o anúncio de novos produtos da marca e as ousadas metas para conquistar o mercado mundial em 2014. Jun afirmou, sem cerimônia, que com a nova linha a companhia espera fazer a Apple sentir “alguma pressão”. As informações são do site Business Week.

O crescimento da Xiaomi é o mais rápido no setor de tecnologia do mundo. A empresa já é a sexta maior fabricante de celulares e a terceira na China, perdendo apenas para a Samsung Eletronics e a Lenovo Group, segundo pesquisa da Canalys. O potencial e o crescimento da empresa também são gigantes. Em 2013 a chinesa vendeu 18,7 milhões de smartphones, quase apenas através do próprio site, gerando uma receita de US$ 5 bilhões. Para este ano a primeira meta de venda era de 40 milhões de smartphones, número que foi elevado para 60 milhões por Lei Jun. Para alcançar o mercado mundial, a Xiaomi não aposta apenas no seu smartphone, mas no desenvolvimento de tecnologias para outras plataformas como tablets, HDTVs, roteadores e outros.

A empresa impressionou os próprios executivos com a marca de mais de 50 milhões de pessoas usando o sistema operacional MIUI, de sua propriedade. Entre os produtos divulgados, o Mi Pad é uma das apostas da empresa para concorrer com o iPad mini, principalmente por utilizar o sistema Android e oferecer aos consumidores um preço muito mais acessível que a opção da Apple.

Entre as estratégias para alcançar a meta de crescimento, a empresa aposta no espaço que dá para os consumidores mandarem ideias e aperfeiçoar os aparelhos de acordo com as demandas. O foco da empresa ainda não está no marketing propriamente dito, uma vez que destina apenas 1% da sua receita para esta área (a Samsung, por exemplo, destina 5,4% ao marketing).

No mercado chinês, a empresa conta com grande apoio popular e da mídia, devido a sua característica nacionalista, o que descarta, em partes, a necessidade do grande investimento em marketing. Neste cenário, ela opta por estar presente nas redes sociais, por exemplo. A China é a grande fatia do mercado da Xiaomi, que pretende fazer a parcela mais expressiva de suas vendas dentro do próprio país.

No entanto, para seu crescimento em outros mercados, a fabricante aposta no preço como grande diferencial. O Mi 3, por exemplo, custa 1.699 yuan, ou US$ 270, enquanto o iPhone custa mais que o dobro deste valor.

Mas a crença da empresa em crescimento não se apoia apenas na paixão dos chineses pela marca e pelo seu preço competitivo. Os investimentos em tecnologia de ponta para se tornar mais aceita no mercado são cada vez maiores, seus novos produtos utilizam processadores novos do mercado (como os da Nvidia) e também design desejado pelos clientes, com modelos leves e finos, mas com um hardware forte.

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