LG Smart+ TV com WebOS: o fim das Smart TVs com sistemas lentos e ineficientes






O que uma televisão tem que oferecer para chamar a atenção no meio da multidão? Grande parte das TVs atualmente trazem a resolução Full HD com um preço relativamente acessível, tamanhos de tela que passam facilmente das 30 polegadas e tecnologias de imagem suficientes para atender à maioria das pessoas. Tudo bem que alguns fabricantes ainda utilizam telas TFT com baixa qualidade de cores e uma qualidade de construção duvidosa, mas a ideia geral é basicamente a mesma.

LG, Samsung, Sony e Philips são os principais players desse mercado, mas no fim das contas muitos usuários acabam escolhendo entre um modelo e outro pelo preço. Cada uma delas utiliza uma tecnologia diferente em suas telas, mas todas são boas o suficiente para que não seja o principal fator de compras, em especial quando a diferença de preços entre um modelo e outro é muito grande. Onde diferenciar uma e outra? O sistema operacional é um bom ponto de partida, e é por isso que a Smart+ TV da LG merece um pouco mais de atenção.

Ela é a primeira a trazer o WebOS, sistema operacional que inicialmente foi projetado para smartphones e tablets. Em uma época onde ainda não havia Blackberry OS e nem o Windows Phone 8, ele era uma das principais opções frente ao Android e iOS – em especial em relação ao Android, que ainda não contava com uma versão otimizada para tablets. O WebOS foi descontinuado não por ser um sistema ruim, mas devido à falta de aplicativos que sustentassem a plataforma, problema que a maioria dos novos sistemas enfrentam, e que realmente acaba significando o sucesso ou o fracasso de uma plataforma.

Pois bem. A LG comprou o WebOS, mas não para usar em sua linha móvel, já que ela já tem um bom posicionamento com o Android. A ideia é tentar oferecer uma nova experiência de uso em sua linha de televisões. Grande parte dos fabricantes utiliza sistemas proprietários em seus televisores, e geralmente a implementação deles não é lá aquelas coisas, e isso acaba estragando a experiência. Alguns modelos mais básicos da Philips, por exemplo, demoram quase 20 segundos para trocar o input de uma entrada HDMI para outra, e isso é bem chato.

Esse "problema" é resolvido de uma maneira brilhante no WebOS: tudo é tratado da mesma forma, do aplicativo do Netflix até os inputs de vídeo. Basta acionar o menu para ter acesso a todas as opções, divididas em abas, e aqui o Magic Remote da LG ganha um papel bem mais importante do que em outras versões da fabricante. Ele funciona como um "mouse de televisão", trazendo uma boa precisão a uma boa distância e permitindo uma interação muito mais funcional com as abas disponíveis.




Galeria de Produto TV LG WEB OS slideshow lupa
Codecs/ formatos suportados

Áudio:
Dolby Digital (AC3)
EAC3
DTS
MP3
AAC
HE-AAC
PCM

Imagem:
JPEG
JPS
MPO

Vídeo:
DivX HD

A parte interessante dessa abordagem é a forma como o multitarefa é executado aqui. Bastam dois cliques para acessar qualquer recurso, fugindo do modelo utilizado até então de ter que entrar em um menu principal para selecionar uma outra opção. Inclusive, a troca é bastante rápida, o que nos faz especular sobre a configuração da Smart+ TV, que até então não foi anunciada pela LG.

Essa fluidez nos faz acreditar que há um processador quad-core com pelo menos 1 GB de memória RAM, já que os apps provavelmente ficam abertos. O WebOS também ajuda nessa equação, uma vez que já foi projetado para rodar com vários núcleos, e embora seja um chute, o fato da LG ter dado bastante atenção nesse quesito de experiência de uso é uma excelente notícia, assim como colocar, além da porta Ethernet, o Wifi embutido de fábrica sem a necessidade de dongle.

Voltando ao WebOS, ele tem um ponto bastante interessante para quem está acostumado a buscar vídeos e filmes na própria televisão: a unificação da pesquisa. Se você procurar, por exemplo, "Breaking Bad" ou "Mad Man", ele buscará em todas as lojas disponíveis e retornará os que encontraram resultados, seja no Youtube, Crackle ou Netflix (a Amazon não funciona no Brasil até a data de publicação deste artigo). O mesmo para vídeos, como "George Carlin: Back in Town" ou "Louis CK: Oh My God".
Conexões:
03 Portas HDMI
03 Portas USB 2.0
01 RF
01 S/PDIF Out
01 Conexão AV
01 Conexão Video Componente
01 Conexão RJ-45 padrão Ethernet 10/100
01 RS232

O visual da Smart+ TV é bem parecido com o que a LG usa em suas linhas mais avançadas, com bordas extremamente finas nos cantos da tela, fazendo com que ela pareça um pouco menor do que realmente é, afinal estamos falando de um modelo de 55 polegadas. A base de metal complementa o design, fazendo com que ela aparente estar suspensa, mas acreditamos que fica ainda melhor se a TV realmente estiver fixada à parede, sem os pés. Para fechar o quesito visual, temos o logo da LG abaixo da tela.

A qualidade da imagem fica muito pŕoxima da Cinema 3D SmartTV LM8600, também da LG, que analisamos aqui há algum tempo, o que por si só já é um mérito e tanto. A televisão vem com 3D (com 4 óculos já inclusos na embalagem), painel IPS, resolução Full HD e praticamente todos os recursos utilizados nela, com exceção do DualPlay, que permite que dois jogadores vejam imagens diferentes em títulos que suportam essa tecnologia – algo já esperado, uma vez que a frequência de atualização parece ser de 120 Hz.

No quesito som temos o velho "problema" da maioria das televisões: ao mesmo tempo em que ele é suficiente para cobrir uma sala média com bastante qualidade, ainda assim está longe da imersão e fidelidade sonora mesmo dos home theaters mais baratos. Há duas caixas de som na parte de baixo de 20 watts de potência ideais para usar como "áudio backup", já que quem pretende assistir filmes em alta resolução em 5.1 canais dificilmente ficará satisfeito com o som da Smart+ TV.
Conclusão: à prova de futuro?

Assim como qualquer novidade do mercado que traga algum recurso novo que não está presente em concorrentes, o preço da LG Smart+ TV com WebOS não é nada baixo. O modelo que testamos, com 55 polegadas, tem o preço oficial de R$ 5.499, com preços semelhantes para outros modelos de tamanhos diferentes: R$ 2.199 (39 polegadas), R$ 2.699 (42 polegadas), R$ 3.399 (47 polegadas), R$ 3.999 (50 polegadas), R$ 7.499 (60 polegadas) e R$ 9.499 (65 polegadas). Vale a pena? Há dois pontos a se considerar.

O primeiro deles é o próprio conceito de SmartTV, já que o principal diferencial aqui é o WebOS, correto? Isso até você conectar um sistema de som e passe a utilizar o sistema dele, já otimizado para vários canais de áudio, ou mesmo um videogame. Em ambos os casos, e em muitos outros, a SmartTV+ da LG passa a ter um papel passivo, apenas exibindo as imagens geradas por um outro dispositivo, perdendo os benefícios do WebOS, algo válido para qualquer SmartTV.

O segundo, e aqui estamos fazendo uma previsão do que irá acontecer nos próximos anos, é o anúncio do Google de uma versão do Android voltada especificamente para televisões. Ainda não há nada de concreto, mas será que o WebOS sobreviverá ao seu lançamento? Vale considerar que o WebOS pertence à LG, o que dá abertura para outros fabricantes concorrentes utilizarem o Android para conquistar mercado, o que pode significar om fim do WebOS...de novo.

Vantagens:
WebOS leve e fluido (e bem melhor do que qualquer sistema proprietário que vimos até o momento)
Excelente qualidade de imagem
Design acima da média
Som de qualidade (para uma televisão)

Desvantagens
Preço oficial consideravelmente alto;
Ao conversar com um outro dispositivo, como Receiver ou videogame, ele perde o seu principal diferencial

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