GVT é decisiva para futuro da Telecom Italia no Brasil


Telefónica e Telecom Italia apresentam à Vivendi hoje, junto com suas ofertas pela GVT, o valor do futuro de seus negócios no Brasil. Até agora, está claro que isso vale, no mínimo, cerca de R$ 20 bilhões, valor implícito da GVT, empresa que nasceu no Paraná como uma companhia espelho da Brasil Telecom (agora Oi) em ambas as propostas.

Para os italianos, a união com a GVT é o único caminho que permite uma sobrevivência da operação brasileira por um prazo mais longo. Caso sejam vencidos, a expectativa é que a Telecom Italia acabe vendendo a TIM Brasil.

Desde que a Telefónica lançou a proposta pela GVT, o valor da operação italiana caiu de R$ 30 bilhões para R$ 27,6 bilhões.

Já para a Telefónica, a vitória da Telecom Italia significaria mais uma vez adiar essa consolidação, além do risco de perder esse ativo ou de gastar mais no futuro. Entretanto, não comprometeria sua permanência no país. Apenas aumentaria suas possibilidades.

O grupo espanhol é o potencial comprador da GVT desde a criação da empresa. Pouco antes da Vivendi adquirir a companhia, fundada pelo executivo israelense Amos Genish, por R$ 7,5 bilhões, os espanhóis chegaram a propor cerca de R$ 5 bilhões pelo negócio. Depois, disputaram com os franceses e elevaram a oferta até R$ 6,7 bilhões. A Vivendi acabou levando a GVT em 2009. Hoje a GVT traria benefícios extras à Telefónica. Não apenas porque a empresa teve forte expansão nestes pouco mais de 4 anos, mas pela integração completa da Vivo, feita em 2010.

Para a Telefónica, seria a chance de expandir pacotes completos de telefonia para além do rico estado de São Paulo.

A decisão do grupo espanhol de oferecer uma parte do pagamento pela GVT em ações da Telefônica Vivo, a despeito do grande potencial de alavancagem da companhia, indica que este seria apenas o primeiro movimento.

Tudo indica que a companhia de César Alierta partirá para cima da TIM Brasil - ainda que 'tenha' de abrir mão de parte da operação para suas concorrentes. O que mais reduz as margens do setor é a elevada competição.

Certamente, adiar esse movimento para um futuro indeterminado, traz o risco de que o gasto total que hoje seria de R$ 50 bilhões fique muito maior.

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