Huawei aumenta participação no mercado de smarphones e quer ainda mais




A Huawei está ganhando força no mercado global de smartphones. Mesmo sem ser muito conhecida entre os norte-americanos, a empresa tem mostrado um movimento ascendente em mercados emergentes, onde ainda ocorre uma substituição dos celulares comuns por smartphones.

Com o mercado chinês cada vez mais saturado, apresentando uma desaceleração do crescimento, a Huawei tem apresentado uma rápida expansão em mercados como a África, Oriente Médio e América Latina. Isso resultou em um crescimento na sua quota de mercado no último ano, deixando a empresa como terceira maior fabricante de smartphones do mundo. A participação da companhia cresceu de 4,3% para 6,9%.

Mesmo que ainda esteja atrás de gigantes como Samsung (com 25% do mercado) e Apple (12%), a empresa tem sido bem sucedida em suas empreitadas, principalmente devido à relação estreita com as operadoras de telefonia móvel em todo o mundo, graças ao fornecimento de equipamentos de rede. O objetivo da empresa é, agora, transformar o mercado de smartphones em outro importante segmento da marca.

Segundo Richard Yu, chefe do grupo de negócios de consumo da Huawei, em entrevista para o The Wall Street Journal, a investida em dispositivos móveis teve início há cerca de 10 anos a pedido das operadoras de telecomunicações que não encontravam no mercado aparelhos capazes de suportar a terceira geração de redes móveis. Com isso a empresa fez aparelhos rótulo-branco, que eram vendidos sob os nomes das próprias operadoras. No entanto, havia uma competição com outros fabricantes de menor custo e qualidade que seguiam o mesmo tipo de negócio. Yu afirma que a iniciativa não foi boa para a empresa, surgindo então a proposta de usar a própria marca.

O executivo explica que há muitos fabricantes e que alguns fornecedores estão desaparecendo. Em contrapartida, a Huawei está crescendo, com aumento do número de embarques e também em receita e lucro. No ano passado foram embarcados 52 milhões de smartphones da marca e a meta para este ano são 80 milhões de aparelhos. Entre as vantagens que a Huawei possui sobre as concorrentes está a experiência na construção de redes em todo o mundo, tanto em banda larga fixa como de banda larga móvel o que, segundo Yu, faz com que a empresa possa criar dispositivos móveis que funcionem melhor quando conectados às redes. Para ele, a empresa consegue suportar melhor as recentes tecnologias de rede do que as concorrentes, e este é um diferencial importante.

Quando o assunto é sistema operacional, Yu afirma que a Huawei não tem o objetivo de desenvolver um sistema próprio. Segundo ele, o desenvolvimento em si é fácil, no entanto, é necessário pensar no ecossistema em volta do software. A empresa construiu um software de interface próprio, mas baseado no Android. O investimento da companhia na área tem aumentado entre 20% e 30% a cada ano, mas Yu assume que não é possível fazer tudo sozinho.

Na entrevista ao WSJ, ele diz que se preocupa com o fato do Android ser a única opção, mas não há outra escolha, segundo ele, que destaca o bom relacionamento com o Google. Ele explica que já houve tentativas com o Windows Phone, no entanto, ele não se mostrou rentável. Sobre o Tizen, sistema operacional desenvolvido pela Samsung, Yu afirma que não acredita que ele seja bem-sucedido.

A Huawei não está ansiosa para realizar aquisições. Para Yu, compras de ativos para aumentar a quota de mercado sem um investimento em I&D não resulta nos melhores produtos ou preferência por parte dos consumidores.

O executivo ainda destacou a importância do mercado corporativo para a Huawei e o crescimento do segmento, com Apple e Samsung também investindo nos clientes corporativos. Segundo ele, este público privilegia a segurança e eficiência, o que é um negócio importante para a Huawei.

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