Oi fará oferta para tentar comprar a operadora TIM

Oi

Não é de hoje que ouvimos notícias sobre uma possível venda da TIM para outras empresas. Telefônica/Vivo e até a europeia Vodafone, que está prestes a desembarcar no Brasil, já teriam feito suas ofertas para adquirir a operadora. Agora, chegou a vez da Oi ser alvo de rumores de que também está em negociações para comprar a TIM.
De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, a Oi contratou o banco BTG Pactual para viabilizar uma oferta e adquirir a participação da Telecom Italia na TIM, unidade brasileira do grupo italiano. A proposta para adquirir a companhia ainda será elaborada e apresentada à empresa. Caso seja aceita pela Telecom Italia e seus acionistas, só então deverá ser aprovada por um órgão regulador. Hoje, a Portugal Telecom possui o controle da TIM com uma participação acionária de 67% da entidade, cujo valor de mercado é o equivalente a R$ 18,4 bilhões.
Em documento divulgado para acionistas nesta terça-feira (26), a Oi afirma que "quer desenvolver alternativas para viabilizar proposta para a aquisição da participação da Telecom Italia SpA na TIM Participações S.A.". Com o anúncio, as ações da Oi dispararam na abertura do pregão desta quarta-feira (27) e os papéis da operadora chegaram a subir mais de 10% na Bolsa de Valores de São Paulo. Por volta das 10h30, as ações das duas operadoras avançavam mais de 6%.
As ações da Portugal Telecom também estão em alta. "Esta valorização surge depois da Oi ter revelado que está preparando uma proposta para comprar uma participação na TIM, o que eleva o potencial de valorização do grupo do qual a PT também fará parte", comentou Paulo Rosa, operador da Godbulling, no Porto.
Caso as negociações sejam mesmo concluídas, é provável que elas não atrapalhem o leilão da faixa de 700 Megahertz (MHz) da internet de banda larga móvel de quarta geração previsto para o mês que vem. Na semana passada, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, reconheceu que o processo de consolidação no setor tem influência sobre o leilão do 4G, mas disse que o governo não mudará os prazos porque "isso não é problema nosso".

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Em julho de 2014, a Oi possuía 18,5% do mercado, com mais de 51 milhões de clientes. A Tim, por sua vez, tinha uma fatia de 26,93%, com mais de 74,3 milhões de linhas ativas no Brasil. A união das duas corporações criará um grupo de 100 milhões de clientes e receita da ordem de R$ 14 bilhões.
Entre as principais operadoras de telefonia móvel do país listadas na bolsa, a Oi é a que apresenta os maiores índices de prejuízos. A companhia encerrou o segundo trimestre deste ano com uma dívida líquida de R$ 46 bilhões, enquanto a Vivo, controlada pelos espanhóis da Telefónica, fechou com apenas R$ 2,52 bilhões. Já a TIM tinha endividamento de R$ 1 bilhão no fim de junho.
No mesmo período, a Oi apresentou prejuízo líquido de R$ 221 milhões, contra R$ 124 milhões em perdas no mesmo período do ano passado. A receita líquida somou R$ 9,02 bilhões entre abril e junho, com leve alta de 0,4% na comparação anual. No Brasil, as receitas do segmento residencial da Oi somaram R$ 2,52 bilhões (queda de 2,3% sobre um ano antes). A TIM, por outro lado, apresentou lucro líquido de R$ 366 milhões no período (recuo de 5,2% em comparação com 2013) e receita bruta de R$ 7,1 bilhões (redução de 3,4%).
Atualização (20h07): em comunicado oficial à imprensa, a Telecom Italia informa que seu Conselho de Administração tomou conhecimento do Fato Relevante da Oi S.A., no qual ela declara que assinou um contrato com o Banco BTG Pactual para analisar alternativas a fim de estabelecer uma oferta de compra das ações da TIM Participações S.A.
Entretanto, a italiana esclarece que "está completamente alheia sobra a iniciativa da Oi S.A., da qual não conhece nenhum elemento".
Telecom Italia

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