CEO da Apple busca inspiração em Steve Jobs



Quando o CEO da Apple, Tim Cook, disse ontem "Mais uma coisa...", repetindo expressão cunhada por Steve Jobs, foi muito aplaudido: relógio inteligente



O evento organizado pela Apple ontem na Califórnia, para mostrar novos produtos, parecia estar chegando ao fim quando o CEO Tim Cook subiu ao palco e disse: "Mais uma coisa...". Muito aplaudido, Cook mostrou, então, o relógio inteligente Watch, que marca a entrada da Apple na nascente categoria de dispositivos de vestir.

Ele usou ontem pela primeira vez a expressão "mais uma coisa...", cunhada pelo cofundador da empresa, Steve Jobs, morto em 2011. A frase, na boca de Jobs, virou sinônimo do espírito de inovação da dona do iPhone. Dita por Cook, mostra que, sob seu comando, a Apple tenta ter um rumo próprio, sem perder a visão de Jobs.

O relógio é a primeira nova categoria de produto na qual a Apple investe desde o lançamento do iPad, em 2010. "Este é um novo capítulo na história da Apple", disse Cook.

Com chegada ao varejo prevista para o começo de 2015, o Watch teve reações distintas em sua estreia. Alguns especialistas destacaram recursos como a interação com a assistente pessoal Siri e a possibilidade de usá-lo para acompanhar trajetos em mapas. Outros criticaram seu preço: US$ 349, valor mais alto que os US$ 250 do Moto 360, da Motorola, lançado na semana passado. "Se fazendo valer do seu forte legado, a Apple já se posiciona com destaque na categoria", disse Bruno Tasco, analista da empresa de pesquisa Frost & Sullivan.

Antes do relógio, a Apple fez ontem dois outros anúncios. Um deles foi o sistema de pagamento Apple Pay. Com apoio de cartões como Mastercard, Visa e American Express, o sistema vai concorrer com serviços como o PayPal, permitindo que o celular e o Watch sejam usados como uma carteira digital.

A tecnologia NFC permite fazer pagamentos encostando o aparelho em um leitor específico. O recurso já é usado pela Nokia e em alguns modelos com sistema operacional Android, do Google, que vem tendo dificuldades para deslanchar o Google Wallet.

A adoção da tecnologia NFC era uma das grandes expectativas com relação às novas versões do iPhone. Também se esperava aparelhos com tela maior. E eles vieram: o iPhone 6 tem tela de 4,7 polegadas e o iPhone 6 Plus, de 5,5 polegadas. Hoje, a Apple usa telas de 4. Com os novos celulares, a Apple se rende à tendência de aparelhos de tela grande, que foi iniciada pela Samsung há cerca de três anos, e busca reconquistar usuários que abandonaram o iPhone, ou que não trocam seu aparelho há pelo menos dois anos.

Os dois celulares chegarão às lojas dos Estados Unidos e mais nove países em 19 de setembro. O 6 terá os mesmos preços praticados com o modelo anterior, o 5S: US$ 199 a US$ 399. Já o 6 Plus custará US$ 100 a mais para cada um dos modelos oferecidos no contrato de dois anos com uma operadora. Nenhum dos aparelhos terá disponível a capacidade de 32 gigabytes (GB) de espaço para armazenar arquivos. Eles serão vendidos apenas com 16 GB, 64 GB e 124 GB.

Como normalmente acontece, o Brasil não está na lista dos primeiros países a receber os novos iPhones. A expectativa é que o lançamento aconteça em novembro, e que os preços sejam os mesmo do 5S: entre R$ 2,8 mil e R$ 3,6 mil. Os valores podem até ser maiores por conta da cotação do dólar.

Até o fim do ano, a fabricante pretender ter os novos iPhones disponíveis em 115 países. O número é maior que os 100 prometidos pela Apple no lançamento do 5S, há um ano e representa mais um item para a lista de promessas que Cook terá que cumprir à frente da companhia.

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