Smartphones com tecnologia 4G pode cair até 42% em 2015

2015 começa desafiador para fabricantes e operadoras de telecomunicações, As empresas projetam queda acentuada no preço dos aparelhos celulares de quarta geração.  Oi e TIM, estimam recuo de 42%  nos modelos sem subsídio da operadora (não atrelados a um plano pós-pago). Estima se que os preços podem chegar a R$ 500 para lançamentos,  no fim de 2014 o 4G custou R$ 1,5 mil. Muitos modelos podem ser encontrados hoje por R$ 700.

A queda de preços de aparelhos com 4G é mais acelerada do que de 3G. Desde 2012, os preços de 3G caíram 40% e os de 4G, 42%.

Recentemente, a TIM estava negociando com fornecedores o 4G Lumia 635 por R$ 499. A alta do dólar pode não só impedir que esse preço seja mantido, mas até aumentar o valor por um período até voltar a declinar. "Será um ano mais duro que 2014, pois a economia como um todo tem patamar de crescimento mais baixo", disse Cristilli.

"Com a alta do dólar não enxergamos tendência de queda de preços de aparelhos em três a seis meses", disse Maurício Romão, diretor de serviços digitais da Vivo. "Não quer dizer que os fabricantes não consigam trazer aparelhos baratinhos, embora seja certo que os smartphones vão crescer de participação em relação aos 'features phones'." Em sua opinião, a queda acentuada será só em 2016.

Quarta maior fabricante de celulares do mundo, segundo a empresa americana de pesquisas Strategy Analytics, a sul-coreana LG sofre o impacto da alta do dólar. Com fábrica em Taubaté, no interior de São Paulo, a subsidiária tem três turnos de produção e depende de componentes importados da matriz, embora não revele em que proporção. "Tudo é diluído pelo volume de produção e pela gestão da empresa para não termos de repassar todos os desafios econômicos ao consumidor", diz o gerente geral de marketing de celulares da LG no Brasil, Fábio Faria. "Procuramos um equilíbrio."

Nos modelos fornecidos às operadoras, a LG sugere preços ao consumidor de R$ 279 para o celular L20, de segunda geração; R$ 749, para o F60; e R$ 2.099 para o G3, ambos de quarta geração.

Mesmo com os desafios, o gerente da LG confirma que o cenário é de redução de preços de aparelhos, mas não revela qual o percentual de queda em seus produtos. A marca tem uma vasta gama de precificação, que vai da série L à G de aparelhos. "Queremos oferecer a melhor tecnologia que o consumidor passa pagar", disse. "Mas dependemos da cobertura [de rede] que as operadoras oferecem." Isso significa que o fornecedor não pode concentrar suas vendas em modelos 4G se as teles continuam a investir pesado na rede 3G, que só há poucos meses superou a 2G em número de celulares.

Esse panorama começa a mudar na China e pode se refletir no resto do mundo, já que o país conta com cerca de 1,2 bilhão de celulares. Roberto Guenzburger, diretor de produtos móveis da Oi, se mostra confiante de que a migração de toda a rede 3G para 4G na China aumentará a demanda de aparelhos com repercussão no Brasil. Daí sua projeção de preços, que situa os celulares 4G em R$ 500 a R$ 550 no começo do ano, e em torno de R$ 400 até o início do segundo semestre. Mas o executivo destaca que para oferecer essas faixas de preços ao consumidor depende de negociação com os fabricantes e do dólar cotado até R$ 2,80.

Leonardo Munin, analista de mercado da IDC Brasil, reconhece que o mercado chinês dita tendências globais. Mas lembra que a migração de rede na China começou no segundo trimestre de 2014. Para mostrar o impacto da mudança, diz que no primeiro trimestre, 4G representava 9% das novas vendas naquele país; no segundo trimestre, 23%; e no terceiro, 47%. Em sua opinião, embora a migração esteja acelerada, é recente e vai demorar para repercutir no Brasil.

"Credito mais a queda de preços aos dispositivos dual SIM 4G", diz Munin. O analista se refere aos celulares que podem receber dois chips de operadoras diferentes. Até agora, só o Galaxy S5 da Samsung tem esse recursos, mas os concorrentes devem lançar seus modelos em 2015. Nas gerações anteriores de celular, 70% no país são dual SIM.

O aparelho dual SIM tende a ser mais caro que o de apenas um chip, single SIM, porque tem mais itens e não é vendido em todos os países, embora seja muito apreciado no Brasil para ligações intrarrede, diz Alexandre Olivari, diretor de SVA da Claro. O modelo é importante para o segmento pré-pago e a operadora negocia o preço com os fornecedores, mas Olivari não sabe ainda quando poderá oferecer aos clientes.

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