Aplicativos financeiros já ameaçamas agências bancárias


Apps financeiros ameaçam agências e podem ser canal nº 1 de bancos
App de orçamento doméstico supera bancos em lojas de Google e Apple.
Maiores bancos brasileiros somam 15,9 milhões de usuários em apps.


Aplicativos financeiros como o 'GuiaBolso' e o de bancos ajudam a organizar despesas pessoais e afastam clientes de agências.

"Eu só vou a banco atualmente para fazer depósito." Pagar contas, checar o saldo, financiamento. Tudo pelo celular. 

(O Brasil foi o país mais em que o download de aplicativos mais cresceu no terceiro trimestre de 2014. Dobrou em relação ao ano passado, segundo a consultoria para tecnologia móvel App Annie. Segundo o Ibope Media, 34% dos internautas brasileiros instalam pelo menos um aplicativo por semana.)

"Eu ando mais devagar do que a molecada. O pessoal mais novo tem essa coisa do aplicativo, dos celulares e tudo mais na própria geração. Eu, não, venho me adaptando, então talvez eu tenha descoberto mais tarde as possibilidades do celular. Descobri o celular há três anos, não como telefone, mas como alternativa para substituir em boa parte do tempo o computador”, conta.

A automatização das receitas e das despesas foi o que encantou Castro no GuiaBolso. “Não precisa chegar no fim do mês e lançar cada uma das despesas”, diz, acrescentando que o app “poupou a programação da planilha, os lançamentos que eu tinha de fazer individualmente”.
O empresário Iberê Castro é adepto dos apps financeiros: 'Eu só vou a banco atualmente para fazer depósito'.

Bancos
O aplicativo acessa os dados da conta bancário apenas para categorias em uma plataforma acessível os gastos realizados e informar detalhes do saldo. A agilidade foi responsável para o app deixar para trás serviços para smartphone dos mais populares bancos brasileiros. Isso não quer dizer, porém, que os apps das instituições financeiras estão às moscas. Pelo contrário.

Ao todo, informaram ao G1 contar com 15,9 milhões de clientes: Banco do Brasil (9 milhões), Itaú-Unibanco (3 milhões), Caixa Econômica Federal (1,7 milhão), Santander (1,7 milhão) e HSBC (550 mil).

Agências em risco
Os bancos já perceberam que clientes como o empresário Castro não é uma exceção. São a regra. E uma regra cada vez mais abrangente. No HBSC, as transações via app, cerca de 200 milhões por ano, já são três vezes o número das realizadas nas agências. A expectativa é que seja o maior canal do banco já em 2015, após superar no meio do ano o internet banking, que por ora faz 312 milhões de operações por ano.

De acordo com o BB, ainda que a consulta de saldo e extratos ainda dominem as ações dos clientes, aumenta o número de outras operações mais complexas e que requerem a movimentação da conta, como pagamento, transferência de valores, recarga de celular pré-pago e até investimentos e contratação de crédito.

No Itaú-Unibanco, maior banco privado do Brasil, os aplicativos já são o quarto canal de atendimento do banco. Em 2014, realizou 11% de todas as transações, à frente do canal telefônico e próximo das operações feitas dentro das agências bancárias, responsáveis por 13%.

As instituições criam suas próprias armas para competir com serviços ágeis como o GuiaBolso e alienígenas sedentos para entrar nesse mundo, como Google e Facebook, além de ameaças já estabelecidas como Snapchat e Facebook, que possuem serviços de transferência de dinheiro. A mais emblemática dessas peças de artilharia é o “Itaú tokpag”. Por meio dele, é possível enviar dinheiro a um dos contatos da agenda telefônica. “Funciona de forma parecida com um WhatsApp, mas em vez de troca de mensagens, é realizada transferência de dinheiro entre pessoas que possuem conta no Itaú”, informa o banco. O HSBC promete para breve a incorporação de biometria ao app, além da captura automática de cheques e de um módulo de gestão financeira. Já a Caixa vai expandir seus serviços para o Windows Phone. Recentemente, o Santander atualizou seu app para poder ser acessado apenas com o CPF.

Os apps financeiros avançam, mas os hábitos de cuidar das finanças têm também de seguir adiante. O empresário Iberê Castro diz que usa o app por “preocupação em manter as contas equilibradas”. “Eu tenho quatro filhos e vivo insistindo para que façam e nenhum deles faz”, brinca.

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