Google avança no mercado das teles

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Usuários de celular, o Google está ligando para vocês. O gigante da internet lançou um serviço de telefonia móvel em grande parte dos Estados Unidos ontem, com uma estratégia que desafia muitas das práticas lucrativas que sustentam esse setor dominado pela AT&T, Verizon Communications, T­Mobile US e Sprint Corp. O Google anunciou que o seu novo serviço, chamado Project Fi, custará US$ 20 por mês para voz e texto, incluindo disponibilidade de Wi­Fi e cobertura internacional em mais de 120 países. O Google vai cobrar US$ 10 por gigabyte de dados usado por mês. O custo médio mensal ficará entre US$ 15 e US$ 20 mais barato que as ofertas das principais grandes concorrentes. Diferente da prática do setor, o Google informou que vai creditar as contas dos clientes que não usarem toda a sua cota de dados em um determinado mês. A medida complica a relação do Google com as operadoras das quais depende para promover e distribuir os telefones que usam o sistema operacional Android e os aplicativos do Google. Mas isso é parte de um esforço crescente da empresa para expandir o acesso à internet e torná­lo mais barato, passos que podem levar a mais clientes para seus outros serviços, como ferramentas de busca e o YouTube. O problema é que o serviço sem fio do Google ainda tem um longo caminho para se consolidar. Inicialmente, é um produto que funciona apenas para usuários convidados e está disponível em apenas para um aparelho ­ o Nexus 6, do Google ­ então os usuários do iPhone não terão acesso a ele. A tecnologia usada pelo Google, de troca de operadoras, não possui um forte histórico comercial e o Google ainda não foi testado como uma operadora de celulares. O Project Fi irá se conectar automaticamente com mais de um milhão de pontos gratuitos de Wi­Fi se estiverem disponíveis. Se não estiverem, ele vai funcionar nas redes da Sprint e da T­Mobile, trocando entre as duas dependendo da qualidade do sinal. O Google assinou contratos com as duas. O serviço está disponível na maior parte dos EUA. O projeto é o exemplo mais recente de como o Google está se expandindo para além do seu altamente lucrativo negócio de buscas on­line e publicidade, particularmente para o fornecimento de acesso à internet. O objetivo mais amplo do Google é incentivar as pessoas a usar mais a internet, especialmente seus próprios serviços. "Mesmo em lugares como os EUA, onde as conexões móveis são quase onipresentes, ainda há horas em que se recorre ao telefone para aquela resposta imediata e não há velocidade suficiente", escreveu num blog na quartafeira Nick Fox, diretor de gestão de produtos da Google que comandou o desenvolvimento do Project Fi, que demorou cerca de dois anos.Duas das principais características do Project Fi deveriam preocupar a indústria de telefonia móvel dos EUA, segundo Craig Moffett, um analista da empresa de pesquisa MoffettNathanson. Por depender de Wi­Fi para algumas conexões, o Google vai cortar custos, disse Moffett. A empresa está passando parte dessa economia aos clientes, com um plano móvel que é mais barato que a maioria dos serviços existentes. O Project Fi custaria US$ 50 por mês para alguém que use três gigabytes de dados por mês, US$ 15 mais barato que um plano comparável da AT&T; US$ 25 mais barato que o da Verizon e US$ 10 abaixo do da T­Mobile. Por enquanto, no entanto, ele disse que o serviço está mais para um produto de "nicho". Ele disse que a Google pode querer agradar as grandes operadoras de telefonia celular porque elas são parceiras da empresa em outras áreas, incluindo o seu negócio maior de celulares Android. "Estamos orgulhosos de viabilizar a entrada do Google na indústria de acesso móvel como provedora de serviço", disse um porta­voz da Sprint. Num post num blog, o diretor­presidente da T­Mobile, John Legere, disse que não houve a menor dúvida quanto a lançar a parceria com a Google no serviço. A AT&T chamou o Project Fi de um produto de nicho. A Verizon não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. A Google tem descrito o Project Fi como uma experiência em pequena escala para estimular novos tipos de serviços móveis e ela espera que empresas existentes o adotem. É algo similar ao Google Fiber, que oferece internet de banda larga a residências e é cerca de 100 vezes mais rápida que a média nos EUA. O serviço só é oferecido em algumas cidades, mas tem levado provedores concorrentes de banda larga como a AT&T e a Comcast a melhorar seus próprios serviços de internet.

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