Wi-Fi HaLow é o novo padrão de rede para a internet das coisas mundiais

A Consumer Electronics Show (CES) deste ano, tras algumas novidades  Esta é uma delas: a Wi-Fi Alliance anunciou nesta segunda-feira (4) o Wi-Fi HaLow, especificação feita para adaptar as tecnologias Wi-Fi à chamada internet das coisas (IoT, na sigla em inglês).

Isso possibilitaria o uso do Wi-Fi HaLow (a pronúncia é “halo”) em uma casa inteligente ou no painel de um carro, por exemplo. A tecnologia também poderia encontrar espaço em áreas como medicina e agricultura. Mas por que criar um novo padrão? Basicamente, porque o Wi-Fi tradicional é feito para dispositivos maiores, que têm maior autonomia de bateria (ou ficam permanentemente conectados na tomada) e, por isso, consomem mais energia, algo banal para um dispositivo minúsculo que fica, por exemplo, no seu pulso.

Além disso, o alcance das bandas de 2,4 GHz e 5 GHz é relativamente limitado em relação à outra frequência compatível com o Wi-Fi HaLow, de 900 MHz. O uso dessa banda, além de quase dobrar o alcance da conexão, oferece um Wi-Fi mais robusto, com melhor penetração em paredes ou outras barreiras que atrapalham a conexão. De quebra, como a rede passa a operar em uma frequência menor, o padrão consome menos energia, podendo funcionar de maneira mais eficiente em wearables, por exemplo.



Como você pode ver no gráfico acima, o alcance do HaLow é bem maior que o oferecido atualmente. Tudo isso considera características similares em termos de autonomia de bateria na comparação com tecnologias atuais, segundo Kevin Robson, vice-presidente de marketing da Wi-Fi Alliance. Uma delas, o Bluetooth, é amplamente utilizada, mas tem alcance significativamente menor (e não se conecta diretamente com o seu roteador).

Apesar das vantagens em relação ao Bluetooth, este ainda deve ser mais rápido na transferência de dados. O Wi-Fi HaLow é feito principalmente para realizar pequenas transferências de vez em quando, e não para carregar uma página da web ou executar streaming de um vídeo, por exemplo. Caso ele seja usado para algo além dessas pequenas transferências, é de se esperar impacto na autonomia da bateria.

Será que o HaLow tem chance frente ao Bluetooth? Segundo Robinson, essa não é a proposta, uma vez que “ninguém espera que a internet das coisas se consolide em uma única tecnologia de conexão”. O propósito do HaLow, portanto, é oferecer uma opção mais eficiente, e não monopolizar os padrões.

Ainda assim, o HaLow não deve chegar tão cedo na sua casa. Para a tecnologia ser implementada, além de a Wi-Fi Alliance conseguir convencer fabricantes a usarem o Wi-Fi HaLow, roteadores e chips para redes sem fio devem ser adaptados para o padrão 802.11ah. Como aponta o The Verge, a novidade deve demorar pelo menos dois anos até ficar disponível para o público final.
A internet das coisas

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