Celular Moto Z virá com chip inferior para o Brasil; Motorola explica



Quem estava ansioso pelo Moto Z, smartphone da Lenovo/Motorola lançado no começo de junho nos EUA, precisa saber que ele será lançado no Brasil com um processador inferior ao do modelo americano.

Quando o UOL esteve em San Francisco para cobrir a Lenovo Tech World, representantes da Motorola garantiram que o Moto Z viria para o Brasil com o Snapdragon 820, mas não mencionaram que seria uma versão mais lenta do mesmo. Enquanto o 820 normal roda com velocidade de até 2,2 GHz, o 820 "Lite" que estará no modelo brasileiro alcança até 1,8 GHz. Ambos são quad-core, isto é, contam com quatro núcleos que dividem o desempenho para cumprir várias tarefas para não resultar em lentidão.

A notícia lembra recentes polêmicas envolvendo lançamentos de celulares premium no Brasil. Lá fora, o Galaxy S7 da Samsung e o G5 da LG rodam com o Snapdragon 820, mas ao serem lançados aqui chegaram com os chips Exynos 8 Octa 8890 e Snapdragon 652, respectivamente. No caso do G5, a tal versão "SE" ainda reduziu a memória RAM de 4 GB para 3 GB.

Renato Arradi, gerente de produtos mobile da Motorola no Brasil, explicou ao UOL que a Motorola trabalha com um portfólio global para seus lançamentos --isto é, todo aparelho lançado sai em todos os países em que a empresa atua-- mas que são necessárias "pequenas variações" de hardware e software para atender a demandas específicas de cada mercado.

No caso do Moto Z, ele diz que o aparelho lançado nos Estados Unidos será o único com o Snapdragon 820 "puro" para atender a uma exigência da Verizon, uma das maiores operadoras de telefonia móvel do país e que tem contrato de exclusividade para este lançamento. "Eles trabalham com 'carrier agregation' [agregação de operadora] para ampliar serviços de voz na rede 4G e de streaming de vídeos e fizeram do 820 um requisito para dar conta dessa demanda", diz.

Para Arradi, o fato do Moto Z sair nos demais países com um chip mais lento, neste caso, não traz impacto para a maioria dos usuários. "Chips quad-core trabalham de maneira independente e na maior parte do tempo, você não usa os processadores na velocidade máxima, pode ter impacto apenas em situações muito específicas. E o chip que roda em 1,8 MHz terá um consumo de bateria um pouco menor que o de 2,2 GHz", justifica.

Para quem usa o celular para games, a diferença de processadores também não impactaria a princípio, visto que tanto o Snapdragon 820 quanto sua versão "Lite" contam com o mesmo chip gráfico na sua arquitetura, o Adreno 530.

O Moto Z brasileiro, prometido para setembro e ainda sem previsão de preço, contará ainda com uma exclusividade no país: uma solução de dual-chip inteligente desenvolvida aqui que saiu nos recentes Moto G4; ela "entende" sozinho a operadora de cada número e escolhe o cartão SIM em função disso. A Motorola ainda adiantou que o modelo que virá para cá será apenas o de 64 GB de memória. O restante da configuração é a mesma do modelo dos EUA, incluindo câmera de 13 MP e 4 GB de RAM.

A empresa também nega que o processador mais fraco seria uma tentativa de baratear o aparelho para lançá-lo no Brasil. "Se isso fosse uma questão, oferecíamos aqui a outra versão com 32 GB e mais barata, à venda nos EUA", diz Arradi.

O Moto Z ainda conta com uma versão "Force", com tela mais resistente, mais megapixels na câmera e bateria maior. A Lenovo/Motorola ainda não confirmou se esse aparelho será lançado no Brasil.

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