Oi pode prejudicar pequenos acionistas

Acionistas da Oi podem amargar prejuízo com papéis
Analistas, no entanto, ressaltam que companhia tem peso e ainda pode se recuperar

Sede da companhia no Leblon. A empresa de telecomunicações operou sob o nome de Telemar até 2007, quando a marca foi atualizada para Oi -

SÃO PAULO - Ao investidor que tem papéis da operadora de telefonia Oi em sua cesta de investimentos não restam muitas opções: ou amarga o prejuízo ou torce para que a empresa se recupere. E quem quiser se livrar das ações terá dificuldades para fazê-lo, já que, conforme ressaltam analistas, dificilmente haverá compradores. No ano, os papéis da Oi acumulam desvalorização acima de 50%.
— O primeiro efeito do pedido de recuperação judicial é uma queda expressiva do valor do papel e nos ADRs, negociados na Bolsa de Nova York. A ação perde liquidez, e o investidor que vender neste momento vai realizar o prejuízo, como se diz no mercado — diz Leonardo Ribeiro, professor de Direito Empresarial e Tributário do Ibmec/RJ.

Para o especialista em investimentos do banco Ourinvest, Mauro Calil, o caso da Oi mostra uma situação que o investidor deve sempre evitar: colocar todos os ovos na mesma cesta.
— O ideal é sempre diversificar as aplicações — explica Calil.
Ele observa que a Oi é diferente, por exemplo, da petroleira OGX, do empresário Eike Batista, que, ao pedir recuperação judicial, deixou milhares de acionistas minoritários no prejuízo. Calil ressalta que a OGX era uma empresa pré-operacional, enquanto a Oi tem uma carteira substancial:
— A Oi tem 70 milhões de clientes, é uma empresa que está operando e pode receber uma injeção de capital de um novo sócio e se recuperar.
‘VENDERIA, E PONTO FINAL’
Calil observa que muitos investidores se beneficiaram dos dividendos pagos pela Oi no passado e, mesmo com a perda de valor da ação neste ano, esse aplicador ainda ficou no lucro. Já o investidor mais novo, que comprou a ação há pouco tempo acreditando na recuperação, só teve prejuízos.
— Nos dois casos, do investidor mais antigo e do mais novo, eu venderia a ação se ela representasse uma parcela pequena do meu portfólio, e ponto final — afirma Calil.


Segundo um levantamento da consultoria Economática, 163 fundos de investimento têm posição em ativos da Oi, no total de R$ 521,6 milhões.
Ribeiro, do Ibmec/RJ, lembra o rebaixamento da Oi pelas agências de classificação de risco:
— Uma nota de crédito muito ruim sinaliza uma situação ruim a longo prazo e a continuidade da falta de liquidez — diz, ressaltando, porém, que as ações podem ganhar fôlego se a Oi for comprada.

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