Análise: Quantum LIV, um fone de ouvido Bluetooth com excelente custo-benefício

Contando com pouquíssimas falhas, podemos dizer que o Quantum LIV repete a boa surpresa que o Quantum Go foi em 2015.
Se tivéssemos que chutar, diríamos que fones de ouvido Bluetooth ficarão cada vez mais comuns daqui para frente. Empresas como a Apple já abandonaram o conector P2, mas o iPhone 7 não foi o primeiro modelo a seguir nessa direção. Marcas como a Motorola saíram na frente, caso do Moto Z. Muitos discordam desse movimento (não sem motivos, vale registrar), mas o fato é que isso cria uma demanda para modelos sem fios. Abre espaço para modelos como o Quantum LIV que vamos conhecer hoje, e temos muitas coisas boas para falar sobre ele, contando com algumas poucas falhas.
Design e qualidade da construção

Focando no aspecto estritamente estético, o Quantum LIV é um modelo bem caprichado. Ele mistura metal e plástico com um resultado ao mesmo tempo sóbrio e elegante. Na parte de baixo do aro, temos uma leve cobertura emborrachada, que está lá mais para fixá-lo melhor na cabeça do que por conforto, propriamente dito. A pressão das conchas já são suficiente para mantê-lo fixo. E, mesmo usando uma espuma de tamanho reduzido, não chegamos a sentir desconforto mesmo depois de horas de uso.






As regiões de metal passam uma sensação de robustez ao Quantum LIV. Ao contrário do que acontece com muitos modelos Bluetooth, não precisamos cuidar dele com "luvas de pelica". Sua construção passa a segurança de que ele durará alguns bons anos de uso, quesito importante para quem gosta de escutar músicas em movimento. Porém, temos uma reserva. O plástico da parte de fora da concha se mostrou resistente a impactos, de fato. Mas não exige muito esforço para arranhá-lo. Ou seja, não passa a sensação de que quebrará, mas certamente terá avarias em pouco tempo.


Na região externa da concha temos o botão de controle principal. Ele é responsável pelo pareamento, ligá-lo/desligá-lo e pausar as músicas. Cada função varia conforme quanto tempo este fica pressionado. Aliás, todos os controles ficam na concha direita de uma forma bastante discreta. Há o controle de volume, microfone embutido e um segundo microfone secundário para isolamento de ruído. Há um terceiro na concha externa dedicado ao isolamento acústico, como veremos mais adiante.
Qualidade de som

Aqui tivemos uma agradável surpresa. Em meio a um mar de modelos de baixa qualidade no mercado, o Quantum LIV brilha ("faz barulho" seria uma expressão mais precisa). O que acontece, na maioria dos casos, é ver fabricantes focando em deixar o visual de seus modelos mais agressivo. Via de regra, a qualidade do som fica em segundo plano. Não é o que acontece aqui. Temos certeza que o LIV não agradará os audiófilos, mas certamente não decepciona que busca um som de excelente qualidade para o dia a dia.





O mais bacana é que o Quantum LIV não foca excessivamente nos graves, fingindo ter uma qualidade maior do que realmente tem. Os graves e os agudos são bem equilibrados, ainda que os médios fiquem um pouco apagados. Dentro de sua faixa de preços, porém, ainda mais por ser um modelo Bluetooth (comumente mais caros), ele realmente surpreende. Vale destacar que isso não chega a ser uma característica exclusiva desse modelo. Modelos que trazem níveis médios de boa qualidade são bastante raros. Muitas vezes, excessivamente caros.


Risco causado por um leve arrasto em uma superfície de madeira.
Vale a pena baixar músicas em qualidade máxima em apps como o Spotify e o Deezer. A diferença de qualidade é perceptível, mostrando que o Quantum LIV tem um excelente decodificador interno. O mesmo vale para o amplificador, já que, no volume máximo, o som fica bem alto (mesmo), a ponto de machucar o ouvido. No quesito qualidade de som, é difícil ver alguém decepcionado com ele.
Isolamento acústico e autonomia de bateria

O isolamento acústico do Quantum LIV é tanto ativo quanto passivo. Colocando-o na cabeça, mesmo desligado, já há uma diminuição expressiva dos ruídos externos. Quando ligado, a tecnologia CVC 6.0 entra em ação. O microfone do lado esquerdo, abaixo do botão Power, faz um bom papel cortando completamente os ruídos externos. Não é necessário colocá-lo em um volume alto para que ele entre em ação. Aliás, depois de usá-lo alguns dias, você se acostuma a ver pessoas mexendo os lábios enquanto fala. Elas ficam meio frustadas quando percebem que você não está escutando. Mas, bom, isso quer dizer que o sistema funciona.



A Quantum promete até 20 horas de reprodução de música com o LIV, ou 300 horas em stand-by. Não chegamos a medir precisamente, mas é fácil acreditar que ele chega à essa marca com facilidade. Durante 5 dias consecutivos, usando-o por aproximadamente 3 horas por dia, ele ainda tinha carga sobrando. Essa é uma excelente marca. Em nossos testes, o carregamos mais por prevenção do que por qualquer outra coisa. Ou seja, una o isolamento acústico com a alta autonomia para termos um excelente candidato para quem costuma voar com frequência. Especialmente quando o seu assento está perto da turbina.



Sinceramente, não sabemos de onde veio esse risco.

Na embalagem temos também o cabo USB-micro USB para carregamento e um cabo P2-P2. Mesmo que a bateria acabe, ainda é possível continuar a usá-lo com cabo.
Conclusão

Encontramos o Quantum LIV pelo preço sugerido de R$ 399. Contando com pouquíssimas falhas, podemos dizer com tranquilidade que ele repete a boa surpresa que o Quantum Go foi em 2015. Um conjunto completo com preço acessível que "mostrou ao que veio", encarando de frente concorrentes sem medo. Contando com um pequeno portfólio de produtos ainda, cada um dos lançamentos da Quantum mostra um enorme planejamento prévio. Se a empresa continuar assim, certamente tem um futuro brilhante, surpreendendo o consumidor que está acostumado a produtos superfaturados por aqui.





Essencialmente, temos somente duas críticas. Na verdade, uma crítica e uma recomendação para um futuro Quantum LIV 2. A crítica é, como dissemos, a fragilidade do plástico da parte externa da concha em relação à riscos. Como dissemos, ela não se mostrou frágil a impactos, mas a facilidade com que apresenta riscos é algo que deve ficar registrado. Em segundo lugar, vale registrar que ele dobra, algo importante para caber na mochila. Porém, não vem com uma bolsa de proteção, acessório que seria extremamente bem-vindo em futuras versões.

De qualquer forma, considerando o seu preço, podemos dizer que "esperávamos menos". Raros são os produtos que realmente superam expectativas, e o Quantum LIV é certamente um desses.

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