Oi tem nova estratégia para fugir da falência


Aumento de capital é cogitado entre as opções para manter as operações nos próximos meses.

Os últimos dias foram intensos para a Oi. Depois de um balanço comercial preocupante, que mostrou crescimento na dívida, a operadora sofreu até mesmo uma notícia falsa de intervenção da Anatel e alertou à agência que só deve ter dinheiro para operar até fevereiro de 2020.

Entre as cartadas para lidar com a pressão, a Oi procura bancos para o levante de R$ 2,5 bilhões no mercado. De acordo com as fontes ouvidas, a empresa ainda não tem ideia de como fará a captação desses recursos, necessários para sua operação nos próximos meses.

No debate, discutem aumento de capital para nova emissão de ações ou dar dívidas com garantias estruturadas. Entretanto, há uma demora para definição do processo e isso coloca tudo em risco para a operadora, cujo o financeiro já se encontra em situação frágil.

Carlos Brandão, diretor financeiro, afirmou nos últimos dias que a companhia estuda todas as alternativas. Entre elas, a emissão de debêntures (títulos da dívida) e aumento de capital em até R$ 2,5 bilhões para os acionistas.

O controle atual é dos fundos internacionais. A pressão fará com que o conselho administrativo da Oi bata o martelo nos próximos dias.

A Oi segue na tentativa de levantar dinheiro com a venda de ativos que não são mais estratégicos para sua operação. Entre eles, a venda da participação na angolana Unitel, além de imóveis e data center.

Mas as incertezas seguem. A participação da Unitel, por exemplo, é avaliada em US$ 850 milhões, mas os controladores, com preferência na compra, tentam abaixar o valor.

Já os imóveis também não devem ser vendidos com tanta rapidez, pois são ativos que estão em nome do governo federal. Outra solução descartada é uma possível fusão com a TIM.

A Telecom Itália, dona da operadora, também tem dívidas que impossibilitam a transação. Um movimento desse tipo só poderia ser feito com a entrada de um investidor financeiro, depois da Oi se livrar da recuperação judicial.

Uma solução cogitada é o novo marco regulatório das Teles, esse sim poderia beneficiar a Oi. De acordo com o projeto, que se arrasta desde 2016, as empresas podem migrar do regime de concessões para o de autorizações, com preços livres.

A operadora é a que mais depende do serviço fixo, portanto, seria diretamente beneficiada. Atualmente, a não definição dos bens reversíveis e da migração supracitada atrapalha. Com o novo marco, a Oi poderia traçar uma nova estratégia

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