G1 testou o Atrix, celular que vira notebook

Acessório transforma aparelho em computador portátil.
Smartphone roda o sistema Android 2.2 e filma em alta definição.

Gabriel dos AnjosDo G1, em São Paulo
Atrix tem processdor dual-core de 1 GHz (Foto: Gabriel dos Anjos/G1)Atrix tem processdor dual-core de 1 GHz
(Foto: Gabriel dos Anjos/G1)
A Motorola anunciou na terça-feira (12) a chegada do smartphone Atrix às lojas do Brasil, a partir da sexta-feira (15). O G1 teve acesso ao aparelho com o sistema operacional Android 2.2 que faz vídeos em alta definição e possui uma base para transformá-lo em notebook.
Confira a análise das principais novidades do smartphone.
Tela
Primeiramente, o que se destaca é o tamanho da tela. São 4 polegadas, o que não chega a ser exageradamente grande ou difícil de segurar. A altura total do aparelho é cerca de 11,8 cm, com 6,4 de largura e 1 cm de espessura.

Câmera
Por padrão, a câmera vem ajustada para fotos em widescreen e, com isso, a resolução cai para 3,8 MP. Para obter os 5 MP deve-se ajustar para a opção "Grande", que é o tamanho, por exemplo, para imprimir fotos em 24 x 30 cm.

Ao tocar na tela em modo de fotos, abre-se o menu para alternar para a câmera frontal; modo filmadora; modos de flash; ajuste de efeitos e escolha do tipo de cena (automático, macro, noturno, esporte, retrato, paisagem). Esse menu de configuração, assim como o de ajustes, não gira, ficando apenas na posição horizontal, um desconforto para o usuário que quiser tirar fotos ou filmar na vertical. A parte boa: vem com flash duplo de LED e filma em alta definição (HD, 720p).

Usabilidade
Ao contrário dos modelos Defy e Milestone 2, o botão para ligar/desligar e também para travar a tela, mudou de formato e ligeiramente de posição. Ele fica em baixo relevo na parte superior da tampa traseira e passou a contar com um leitor de impressões digitais. Entretanto, esse novo recurso apenas substitui o arrastar o botão do cadeado que aparece na tela para desbloqueá-la. Ainda continua sendo preciso apertar um botão físico para acendê-la. E essa funcionalidade, que inclui o cadastramento das digitais no aparelho, nem é apresentado durante os passos de configuração quando ele é ligado pela primeira vez, como acontece com a da conta do MotoBlur e com a da rede Wi-Fi, por exemplo.
Sem essa informação, dificilmente o usuário perceberá que existe o recurso, que é acessado através da opção "Configurações / Localização e segurança / Alterar bloqueio de tela".
Entrando no modo para fazer o registro das impressões, é mostrado um guia visual explicando como se deve passar o dedo e quais dedos de qual mão. É importante seguir os passos na ordem correta e prestar atenção às imagens e às mensagens informando o dedo exato que deve ser cadastrado. São três vezes para cada indicador, começando pelo direito.
Botão para ligar e desligar também serve para destravar a tampa traseira (Foto: Gabriel dos Anjos/G1)Botão para ligar e desligar também serve para travar a tela e tem leitor de digitais (Foto: Gabriel dos Anjos/G1)
Ná prática, a experiência do novo botão é mais incômoda que as soluções dos outros aparelhos. Mesmo o usuário podendo realizar a ação com apenas uma mão, ele tem que segurar firme de cada lado do aparelho e, com o dedo indicador, pressionar o botão, quase forçando como se fosse dobrá-lo e depois passar o dedo nele.

Para abrir a tampa traseira para ter acesso ao compartimento da bateria e dos cartões de memória e SIM Card (chip) também não é algo muito simples à primeira vista: é preciso usar as duas mãos, apoiando, no meio, com o polegar e puxando, em cima, com o indicador, enquanto segura as laterais com a outra mão. Algo que a Motorola deveria melhorar se quiser agradar no quesito "experiência do usuário".
Lapdock
Sem dúvida, o grande chamariz e inovação do Atrix é o acessório "Lapdock", uma plataforma que transforma o celular em um notebook. Um ponto alto da solução de escritório móvel. Porém, estará disponível -inicialmente- apenas pela operadora Claro, sendo que a compra é feita em conjunto com o smartphone, não podendo ser vendida separadamente.
Uma vez encaixado, o aparelho transfere a imagem para a tela da base (Foto: Gabriel dos Anjos/G1)Uma vez encaixado, o aparelho transfere a imagem para a tela da base (Foto: Gabriel dos Anjos/G1)
Para o aparelho ganhar a função de notebook, basta encaixá-lo à base. Feito isso, automaticamente a tela da plataforma se acende e o smartphone passa a rodar o sistema "Webtop", próprio para essa plataforma. Esse ambiente operacional conta com uma função que permite acesso à tela do aparelho, semelhante a uma janela de máquina virtual num PC. E mais, caso o usuário receba uma chamada telefônica, o aparelho entra em modo de viva-voz e um microfone posicionado no touchpad permite conversar sem a necessidade de removê-lo ou inclinar-se em sua direção.

Na parte inferior da área de trabalho do Webtop aparecem ícones que dão acesso a várias funções, como agenda, mensagens e à central de lazer, que exibe o conteúdo multimídia como filmes e fotos do aparelho. Destaca-se, ainda, a inclusão do navegador Firefox, que não é o "Firefox para Android", mas uma versão personalizada pela Motorola do Firefox 3.6.16 para desktops.

A estação de trabalho conta com bateria própria e sua fonte de alimentação também carrega aparelho, evitando-se, assim, a necessidade de dois carregadores. Nos testes percebeu-se que o Atrix estando com a carga da bateria abaixo de 15% a solução não funciona.

A base conta ainda com duas portas USB e opção para aumentar e diminuir o brilho da tela e também o volume dos auto-falantes. O teclado não é ABNT, não conta com cedilha ou qualquer acentuação. Para conseguir os sinais gráficos do português, é necessário, por exemplo, teclar aspas seguido da letra: ´ a, faz "á".

Fina e leve a lapdock pode ser facilmente transportada e guardada sem ocupar muito espaço quando não estiver sendo usada. É uma boa alternativa para se levar em voos no lugar dos geralmente pesados, ou não tão leves, notebooks "de verdade".
Lapdock do Motorola Atrix (Foto: Gabriel dos Anjos/G1)Ao conectar-se à Lapdock o aparelho roda o sistema Webtop. Porém, somente com carga a partir de 15%
(Foto: Gabriel dos Anjos/G1)
Preços na Claro




Pós-pago

Só o aparelho: R$ 599 no plano Sob Medida R$ 220
Aparelho + Lapdock: R$ 999 no plano Sob Medida R$ 220
Sugestão de pacote de dados de 500 MB

Pré-pago
Só o aparelho: R$ 1.999
Aparelho + Lapdock: R$ 2.699
Preços na TIM




Os clientes Tim poderão adquirir o Atrix em 12 parcelas de R$ 160 a partir da segunda quinzena de abril. Conforme a operadora, os consumidores que optarem pelo Tim Liberty – que oferece chamadas ilimitadas locais e DDD ilimitados para outros números Tim – pagarão R$ 199 mensais por um ano, valor que já contempla a franquia com desconto (R$ 39) e a parcela do aparelho.

Dock veicular
Pela TIM o dock veicular, suporte para fixar o aparelho no para-brisa, acompanha o aparelho sem custo adicional. Vai incluído, também, o cabo HDMI para conectar o Atrix à TV.
Preços na Vivo




O smartphone poderá ser adquirido por valores entre R$ 1.200 e R$ 1.800. Com o Plano Vivo Smartphone 60, com 50 MB de dados o aparelho custa R$ 1.400, gerando ao cliente desembolso mensal de R$ 223. Por enquanto a operadora não comercializa a lapdock.
 

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