TIM cobra ajuda do governo para expansão
Vinicius Aguiari, de INFO OnlineTerça-feira, 26 de outubro de 2010 - 12h56
Na última keynote da primeira manhã de FutureCom, o presidente da TIM, Luca Luciani, fez um panorama do mercado de banda larga móvel e fixa e serviço de voz no Brasil.
Segundo o executivo, neste momento, o país apresenta uma oportunidade de crescimento única no mundo. "Neste momento, o Brasil precisa de uma infraestrutura sólida de telecomunicações para continuar a crescer. Nós temos a responsabilidade de cooperar com esse crescimento e não deixá-lo frear. Hoje, existe no Brasil uma demanda reprimida incrível tanto por pacotes de dados como por voz", revelou o executivo.
Para Luciani, uma das molas propulsoras desse crescimento é a nova Classe C brasileira, que agrega cerca de 113 milhões de pessoas. Segundo a TIM, somente EUA, China e Japão são mercados maiores que o Brasil neste momento.Porém, apesar da demanda, o acesso ainda é baixo devido aos custos dos planos e à falta de oferta de banda larga em algumas regiões do país. Hoje, o tráfego de dados em celulares e smartphones são responsáveis por apenas 16% da receita das teles.
Por outro lado, o brasileiro fala cem minutos por mês ao celular. Em países como Estados Unidos e Índia, o índice chega a 300 minutos/mês por usuário, segundo números da TIM.
O preço também não é o mais atrativo. Enquanto o preço do minuto de voz no Brasil fica em torno de 10 centavos de dólar, na Índia e na China ele custa 1 centavo de dólar. Nos Estados Unidos, o mesmo minuto sai por 4 centavos.Para tentar suprir essa demanda reprimida, a TIM tem tentado equiparar o preço do minutos em seus planos com o valor de um minuto DDD, disse o executivo.
Luciani também cobrou maior participação do Governo por meio de incentivos fiscais e do aumento da capacidade do espectro a fim de levar o serviço para regiões do país ainda não atendidas. "Ninguém pode entrar na Amazônia sozinho. Para isso, temos que nos associar, seja por meio de parcerias público-privado seja por meio de parcerias privado-privado", finalizou ele.
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