O Nokia N97 encara o iPhone e o Android?

Smartphone arrebenta nos recursos, mas fica devendo uma interface moderna

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N97
  • Nokia
    Pesquisa INFO de Marcas - Reputação: Excelente
  • Prós: Design bonito e resistente, teclado confortável, 32 GB de memória interna e câmera de 5,4 megapixels
  • Contras: O sistema operacional é ultrapassado para a interface touch screen, em comparação com os principais smartphones do mercado
  • Conclusão: Se levarmos em conta somente os recursos, é o melhor smartphone da atualidade. Mas ele fica devendo uma interface mais moderna
  • Avaliação técnica: 8,6
  • Preço: 1 900 reais
Preço no Mercado Livre

Ficha técnica
  • GSM/HSDPA > Wi-Fi > GPS > Symbian S60 5ª edição > 434 MHz > 32 GB > Câmera de 5,4 MP > Duração da bateria: 408 minutos

Jeitão de iGoogle



Justiça seja feita, algumas coisas estão bem legais nessa versão do Symbian. A tela principal tem vários widgets personalizáveis. Você pode trocá-los de lugar e colocar notícias logo na cara, por exemplo. Porém, essa interface não parece feita para atalhos, e sim para RSS, bem ao estilo do iGoogle. E-mails, feeds e informações sobre a temperatura ficam muito bem na telinha. Novidades da Amazon e chamadas para Associated Press e Bloomberg também podem ser colocadas ali. Já o acesso aos aplicativos é mais intuitivo pelo bom e velho menu da Nokia, com o botão físico prateado localizado abaixo do display. Veja, abaixo, como é a cara do software.



Saindo da tela principal e dos menus, a maioria dos aplicativos está muito bem adaptada à interface do N97. O Facebook é um ótimo exemplo – sua divisão por abas facilita a navegação e permite ao usuário deslizar o dedo sobre a tela para rolar a página. É pena não ter essa liberdade em todos os cantos do sistema operacional, que não permite rolar listas com esse movimento. O AccuWeather é outro programa para aproveitar bem os recursos touch screen. Ele informa a temperatura em diversas cidades do mundo e tem visual simples, mas bonito. As telas abaixo mostram isso.


Além de touch, é widescreen



Se a tendência foi criada pela HTC, por enquanto quem melhor fez um aparelho juntando touch screen e teclado físico foi a Nokia. Primeiro, porque o acabamento do N97 é impecável. As peças que fazem a tela deslizar são bem mais resistentes que as do primeiro Android e não fazem barulho durante o movimento. A carcaça toda emborrachada proporciona uma pegada excelente. Ele não é tão fino quanto o iPhone, mas cabe tranquilamente no bolso. E o teclado físico emborrachado, embora não seja dos maiores, tem botões bem espaçados. Em poucos segundos você já está adaptado a ele e sai digitando com velocidade.

A segunda bola dentro da Nokia para fazer o aparelho funcionar bem quando está na horizontal foi colocar nele uma tela de 3,5 polegadas com proporção de 16 por 9, ou seja, widescreen. Como ela tem brilho acima da média e resolução de 640 por 360 pixels, é uma maravilha para assistir filmes e navegar pela internet com o smartphone “deitado”. No YouTube, com dois toques sobre o vídeo, você enxerga o clipe em tela inteira. Outra aplicação que cai muito bem nesse display é o Nokia Maps. É possível navegar pelas cidades com a maior liberdade, deslizando os dedos no sentido horizontal. A tela não é capacitiva, e sim resistiva, pois precisa funcionar também com a caneta. Mesmo assim, ela responde muito bem.


recursos e a configuração do hardware, não é exagero dizer que o Nokia N97 é o smartphone mais completo da atualidade. Por ser o primeiro aparelho da marca a apostar na combinação de teclado QWERTY deslizante e tela sensível ao toque, ele já teria credenciais para brigar com iPhone e Android. Mas, além da lista obrigatória para um gadget dessa categoria, que inclui Wi-Fi, 3G, Bluetooth e GPS, o modelo parte para o apelo com seus 32 GB de memória interna e uma fantástica câmera de 5,4 megapixels. Se você achou tudo isso tentador, muita calma nessa hora. Afinal, um grande celular não é composto somente por sua lista de especificações, certo?

Passamos uma semana testando o novo monstrinho da Nokia, já com software em português. Mas essa ainda não é a versão que vai para as lojas no segundo semestre (os apressados podem correr ao Mercado Livre e arrematá-lo por 1 900 reais). Falta acertar apenas alguns detalhes de adaptação para o nosso idioma, como a acentuação de palavras. Em linhas gerais, o aparelho é fantástico, com interface melhorada em relação à de seus antecessores da série N. Só uma coisa poderia melhorar nos componentes: o processador, de apenas 434 MHz. Para se ter uma ideia, o iPhone 3GS tem chip de 620 MHz. O clock mais baixo provoca certa lentidão quando há muitos aplicativos abertos.

Após avaliarmos o conjunto da obra, tiramos uma conclusão: mesmo tão poderoso, o N97 ainda não está no mesmo nível de seus grandes rivais. E tudo porque o Symbian S60, aqui em sua quinta versão, tem cara de ultrapassado perto dos sistemas operacionais da Apple e do Google. Ou vai dizer que uma interface que exige barra de rolagem e canetinha stylus é o suprassumo da inovação? O esforço na personalização da tela principal valeu a pena, mas deixou muitas informações juntas e confusas. E, para chegar às aplicações nos menus internos, às vezes você precisa de vários cliques. Agora, o maior problema ainda são os programas com letras pequenas, como o navegador, embora o zoom com o dedo e o direcional físico ajudem muito. As telas abaixo mostram situações em que o usuário precisa do botão.


Em caso de roubo, trave



Além dos recursos proporcionados pela interface touch screen, outras coisas merecem citação. Uma delas é a função Remote Lock, que bloqueia o N97, se você mandar uma mensagem SMS com um código criado previamente. Isso pode ser útil, no caso de um roubo. O sensor de movimento também tem outra utilidade, além de girar a tela para acompanhar a posição do aparelho. Quando o telefone toca e você o posiciona com a tela para baixo, ele entra em modo silencioso, para não ficar berrando no meio de uma reunião.

No quesito diversão, pouca coisa mudou em relação aos antigos aparelhos da série N. Aliás, a Nokia poderia ter caprichado nas galerias de fotos e vídeos, já que essas coisas são tão legais de se usar com um smartphone sensível ao toque. O único recurso mais avançado nesse sentido é a câmera mesmo, que produz fotos excelentes, até quando o ambiente não está muito iluminado. Afinal, lentes Carl Zeiss e flash duplo de LED ajudam muito. Outra coisa legal é o transmissor FM. Ele permite transferir o áudio diretamente do aparelho para o rádio, usando uma frequência livre. É bom para carros sem um player com Bluetooth ou conector para tocadores de MP3.

O destaque final vai para a bateria. Em nosso teste com chamadas de voz, o aparelho aguentou bravamente por 6 horas e 48 minutos minutos, um dos melhores resultados entre os smartphones touch screen. Levando em consideração seus principais concorrentes, mostrados no gráfico abaixo, ele perde somente para o Samsung Omnia, que conseguiu o espetacular resultado de 10 horas e 32 minutos.

Duração da bateria (em minutos)
Barras maiores indicam melhor desempenho em chamadas

Samsung Omnia
632

Nokia N97
408

HTC Magic
381

Apple iPhone 3G
294

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