Vendas da Huawei aumentam 19%
A chinesa Huawei, famosa por seus roteadores e equipamentos de rede, apresentou seus resultados financeiros do primeiro semestre do ano. E os números agradaram: a empresa teve alta de 19% nos ganhos, faturando 21 bilhões de dólares no período, e os executivos prevêem margem de 18.3%.
Tradicionalmente a companhia sempre focou na fabricação de equipamentos de rede e telecom, mas nos últimos anos tem diversificado suas vendas principalmente em setores de grande crescimento, como o de smartphones, atingindo a posição de um dos maiores fabricantes do mundo.
A empresa vivenciou um crescimento sustentável e de qualidade nos negócios, graças a uma valorização da marca e da venda de dispositivos inteligentes ao redor do mundo", afirmou Cathy Meng, CFO da companhia.
Segundo a empresa de pesquisas de mercado IDC, a Huawei vendeu 13,7 milhões de smartphones no primeiro trimestre de 2014, tornando-se a terceira maior fabricante do mundo - atrás apenas de Samsung e Apple.
Mas a empresa não para por aí e continua buscando crescimento em outros setores, como o de dispositivos vestiveis ou wearables – principalmente smartwatches e outros acessórios voltados para o monitoramento da saúde e prática de esportes.
Além disso, a China tem investido pesado na rede 4G, gerando um grande volume de receitas para a companhia. "Graças aos investimentos crescentes na tecnologia LTE (4G) no mundo todo, a Huawei tem solidificado sua liderança em banda larga móvel", completa Meng.
O crescimento da companhia acontece mesmo apesar de problemas em mercados chave, como o americano. Em 2012, políticos dos EUA afirmaram que a empresa representava uma ameaça para a segurança do país, por conta das alegações de conexões entre a Huawei e o governo e as forças armadas chinesas.
Um dos motivos para as suspeitas vem do fato de que o fundador da empresa, Ren Zhengfei, já serviu no Exército, mas a companhia tem negado repetidamente as acusações, afirmando que a mesma é 100% controlada por seu fundador e funcionários – sem influência do governo chinês.
No início do ano, uma reportagem do The New York Times alegou que a NSA, Agência Nacional de Segurança americana envolvida em um escândalo mundial de espionagem, havia se infiltrado nos servidores da companhia, e como consequência o governo chinês exigiu explicações do governo americano.
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