Relógio de pulso é que a samsung vai focar
Shin Jong-Kyun, CEO da Samsung Electronics, mostrou o Galaxy Gear Fit em fevereiro, em Barcelona - nesta semana, em Berlim, a empresa coreana deve voltar ao tema dos relógios inteligentes
Esquecidos nos últimos anos, os relógios de pulso estão prestes a se tornar o próximo grande campo de batalha entre os fabricantes de produtos eletrônicos.
Não se trata, porém, dos acessórios usados desde o século XIX para marcar as horas. A briga é por uma nova categoria de aparelhos, os relógios inteligentes, ou "smartwatches", que contam funções até agora presentes apenas em PCs, tablets e smartphones, como acesso à internet e a possibilidade de instalar aplicativos.
Nos próximos dias, cinco grandes fabricantes terão novidades nessa área. Asus, LG e Samsung farão eventos na quarta e quinta-feira durante a IFA, feira de eletrônicos que acontece em Berlim. Amanhã, a Motorola organiza um encontro com jornalistas em sua sede, na cidade de Chicago, no qual provavelmente dará mais detalhes sobre o Moto 360, relógio inteligente anunciado no começo do ano. E na terça-feira da semana que vem, a expectativa é que a Apple lance o aguardado iWatch.
Com os mercados de smartphones e tablets começando a dar sinais de desaceleração, os fabricantes precisam investir em novas áreas e os relógios inteligentes parecem ser o primeiro campo de batalha escolhido por eles. Em jogo está um mercado que terá um crescimento de quase quatro vezes em 2014, chegando a uma receita de US$ 2,5 bilhões, o equivalente a 5% do mercado total de relógios. A expectativa é que os dispositivos inteligentes sigam avançando a uma taxa de três dígitos percentuais por um bom tempo, segundo a empresa de pesquisa Smartwatch Group, criada na Suíça neste ano com o objetivo de acompanhar a evolução desse mercado.
Hoje, os relógios inteligentes funcionam basicamente como extensões dos smartphone. Por meio de uma conexão sem fio Bluetooth, eles permitem ver compromissos agendados, mensagens recebidas, a previsão do tempo e também monitorar informações de saúde como número de passos dados e calorias queimadas ao longo do dia. A Samsung quer cortar esse vínculo ao colocar espaço para chip de uma operadora no Gear S.
Um dos grandes desafios para as companhias é criar o desejo nos consumidores. Nos últimos anos, os relógios de pulso perderam espaço para os smartphones que, entre muitas outras funções, também marcam as horas. Quem ainda usa o acessório o faz muito por uma questão de estilo, o que transformou o acessório praticamente em um produto de nicho. E é nesse sentido que algumas marcas pretendem ir.
"Para ser bem-sucedido nesse mundo é preciso ter um apelo de moda. Uma coisa que você veste diz algo sobre você", disse ao Valor, em março, o israelense Lior Ron, vice-presidente de gerenciamento de produtos da Motorola e responsável pelo desenvolvimento do Moto 360.
Diferentemente dos modelos que foram lançados por companhias como Sony, Samsung e iniciantes como a Pebble, que têm um formato quadrado, a Motorola decidiu fazer um equipamento redondo. "Oito entre cada dez relógios são redondos. E nós queríamos fazer, de fato, um relógio", disse Ron. Segundo ele, o Moto 360 chega para resolver o problema que os consumidores têm de tirar o telefone do bolso cerca de 100 vezes por dia para checar as atualizações nas redes sociais, ou simplesmente, olhar as horas. A LG também optou por fazer um aparelho com tela redonda, e ainda incluiu a tradicional coroa que indica os minutos na tela do G Watch R, para deixá-lo ainda mais com a cara de um relógio.
A movimentação das empresas de tecnologia já começa a gerar reações entre os fabricantes tradicionais de relógios. Em entrevista à agência Reuters neste fim de semana, o presidente global da suíça Swatch - dona da marca homônima e também da Tissot, da Longines e da Omega - disse que a companhia pretende lançar um relógio inteligente no ano que vem. De acordo com ele, o desenvolvimento está sendo feito pela própria companhia, mas não está descartada a parceria com outras empresas. "Todas as companhias de tecnologia querem trabalhar conosco e eu não nego que nós estejamos ou possamos colaborar em algumas áreas. Mas nós também podemos fazer muitas coisas por conta própria", disse.
Esquecidos nos últimos anos, os relógios de pulso estão prestes a se tornar o próximo grande campo de batalha entre os fabricantes de produtos eletrônicos.
Não se trata, porém, dos acessórios usados desde o século XIX para marcar as horas. A briga é por uma nova categoria de aparelhos, os relógios inteligentes, ou "smartwatches", que contam funções até agora presentes apenas em PCs, tablets e smartphones, como acesso à internet e a possibilidade de instalar aplicativos.
Nos próximos dias, cinco grandes fabricantes terão novidades nessa área. Asus, LG e Samsung farão eventos na quarta e quinta-feira durante a IFA, feira de eletrônicos que acontece em Berlim. Amanhã, a Motorola organiza um encontro com jornalistas em sua sede, na cidade de Chicago, no qual provavelmente dará mais detalhes sobre o Moto 360, relógio inteligente anunciado no começo do ano. E na terça-feira da semana que vem, a expectativa é que a Apple lance o aguardado iWatch.
Com os mercados de smartphones e tablets começando a dar sinais de desaceleração, os fabricantes precisam investir em novas áreas e os relógios inteligentes parecem ser o primeiro campo de batalha escolhido por eles. Em jogo está um mercado que terá um crescimento de quase quatro vezes em 2014, chegando a uma receita de US$ 2,5 bilhões, o equivalente a 5% do mercado total de relógios. A expectativa é que os dispositivos inteligentes sigam avançando a uma taxa de três dígitos percentuais por um bom tempo, segundo a empresa de pesquisa Smartwatch Group, criada na Suíça neste ano com o objetivo de acompanhar a evolução desse mercado.
Hoje, os relógios inteligentes funcionam basicamente como extensões dos smartphone. Por meio de uma conexão sem fio Bluetooth, eles permitem ver compromissos agendados, mensagens recebidas, a previsão do tempo e também monitorar informações de saúde como número de passos dados e calorias queimadas ao longo do dia. A Samsung quer cortar esse vínculo ao colocar espaço para chip de uma operadora no Gear S.
Um dos grandes desafios para as companhias é criar o desejo nos consumidores. Nos últimos anos, os relógios de pulso perderam espaço para os smartphones que, entre muitas outras funções, também marcam as horas. Quem ainda usa o acessório o faz muito por uma questão de estilo, o que transformou o acessório praticamente em um produto de nicho. E é nesse sentido que algumas marcas pretendem ir.
"Para ser bem-sucedido nesse mundo é preciso ter um apelo de moda. Uma coisa que você veste diz algo sobre você", disse ao Valor, em março, o israelense Lior Ron, vice-presidente de gerenciamento de produtos da Motorola e responsável pelo desenvolvimento do Moto 360.
Diferentemente dos modelos que foram lançados por companhias como Sony, Samsung e iniciantes como a Pebble, que têm um formato quadrado, a Motorola decidiu fazer um equipamento redondo. "Oito entre cada dez relógios são redondos. E nós queríamos fazer, de fato, um relógio", disse Ron. Segundo ele, o Moto 360 chega para resolver o problema que os consumidores têm de tirar o telefone do bolso cerca de 100 vezes por dia para checar as atualizações nas redes sociais, ou simplesmente, olhar as horas. A LG também optou por fazer um aparelho com tela redonda, e ainda incluiu a tradicional coroa que indica os minutos na tela do G Watch R, para deixá-lo ainda mais com a cara de um relógio.
A movimentação das empresas de tecnologia já começa a gerar reações entre os fabricantes tradicionais de relógios. Em entrevista à agência Reuters neste fim de semana, o presidente global da suíça Swatch - dona da marca homônima e também da Tissot, da Longines e da Omega - disse que a companhia pretende lançar um relógio inteligente no ano que vem. De acordo com ele, o desenvolvimento está sendo feito pela própria companhia, mas não está descartada a parceria com outras empresas. "Todas as companhias de tecnologia querem trabalhar conosco e eu não nego que nós estejamos ou possamos colaborar em algumas áreas. Mas nós também podemos fazer muitas coisas por conta própria", disse.
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